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01/11/2024

Oração pelos que já fizeram sua Páscoa definitiva

Para meditar

e rezar em casa,

na igreja ou no cemitério,

num funeral, pelos

falecidos.







Por  Ir. Patrícia Silva, fsp

 Animador – Iniciemos com a oração que nos identifica como cristãos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Somos convidados para pensar no mistério da Páscoa definitiva que todos nós, um dia, vamos vivenciar. O "Credo”, pelo qual professamos nossa fé, começa com a afirmação de que cremos em Deus Pai, Filho e Espírito Santo que, por amor, nos criou. E, termina, proclamando: “creio na ressurreição da carne e na vida eterna”. Vamos rezá-lo:

Todos - Creio em Deus Pai, todo-poderoso, criador do Céu e da Terra e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na Vida eterna. Amém!

 Animador: “É preciso superar a visão negativa da morte apenas como termo da peregrinação terrestre das pessoas humanas, para abrir-nos à realidade de quem caminha para a comunhão plena com o Deus da vida, que nos quer para sempre felizes. A "páscoa, ou passagem, da terra para o céu" nos interiorizará numa festa sem fim. Na qual não existirá o ódio, nem a dor, nem a morte”, dizia Dom Luciano Mendes de Almeida.

E Jesus, no Evangelho, também nos deu esta garantia quando afirmou no Evangelho de João:

 

Leitor 1:  “Eu sou a ressurreição e a vida.  Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá” (Jo 11,25). 

Animador: Rezemos pelas pessoas que já faleceram, confiando-as a Jesus, para que vivam esta páscoa definitiva.

(recordar nomes de pessoas que já faleceram e pelas quais se quer rezar)

Animador: Juntos rezemos por todos, como Jesus nos ensinou: Pai Nosso...

Concluindo este momento, colocando em Deus nossa confiança, rezemos o Salmo 23

Refrão (todos):  O Senhor é o meu pastor. Nada me falta.


 -  Em verdes pastagens me faz repousar; para fontes tranquilas me conduz,

   e restaura minhas forças.

Refrão


- Ele me guia por bons caminhos, por causa do seu nome.

  Embora eu caminhe por um vale tenebroso, 

nenhum mal temerei, pois junto a mim estás;

teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo.

Refrão


-  Diante de mim preparas a mesa, à frente dos meus opressores;

Unges minha cabeça com óleo, e minha taça transborda.

Refrão


- Sim, felicidade e amor me acompanham todos os dias da minha vida.

Minha morada é a casa do Senhor, por dias sem fim.

Refrão


Animador: Recebamos, agora,  a  bênção bíblica (Nm 6,24-26).

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

 

TAGS      ORAÇÃO FALECIDOS FINADOS 

 

 

 


31/10/2024

MISSIONÁRIA PAULINA -Sempre além-fronteiras


Irmã Mirian Rotta: 

História de uma Missionária Paulina

Irmã Mirian Rotta é missionária paulina, sem fronteiras. Com alegria, ela transita com o sopro do Espírito da América para a Europa, da Europa para a Ásia, da Ásia para a Rússia e, feliz, celebra o Reino na África.

VEJA ENTREVISTA

Halloween - um poder real bem concreto: o mercado



Ninguém exige tantos sacrifícios como o “deus mercado” - Pe. Libânio

 Virou moda nos últimos anos católicos e evangélicos preocuparem-se com a celebração do Halloween, chamada popularmente de “dia das bruxas”. 

A festa é literalmente demonizada, como uma espécie de adoração ao demônio (demônio como se compreende a partir da visão cristã). Portanto celebrar essa festa seria uma “armadilha” do diabo para enganar as pessoas e fazê-las adorar ao Maligno.

Não vou entrar no mérito da origem da festa, muito mais antiga do que possamos imaginar, remetendo a tradições pré-cristãs. Aqui interessa apenas fazer uma pequena reflexão sobre a “periculosidade” dessa festa. 

A expressão halloween “All Hallows Eves”, literalmente “véspera de todos os santos”, remonta a uma adaptação de uma antiga festa céltica ao ambiente homogeneamente cristão medieval.  No ambiente católico All Saints Day, “Dia de Todos os Santos” era e ainda é celebrado no dia 1 de novembro, provavelmente também já tendo em conta fazer uma contraproposta cristã à festa de origem pré-cristã.

No ambiente pós-reforma, desaparece a festa do “Dia de Todos os Santos”, mas culturalmente sobrevive o Halloween. Porém, essa festa culturalmente pré-cristã é um problema espiritual ou apenas uma jogada de marketing? 

Então, essa é a questão: tem muitos religiosos afirmando que nesse dia se invocam as forças das trevas, que os satanistas fazem adorações ao diabo, que as crianças ficam suscetíveis ao poder do mal, etc. As origens dessas informações são, em geral, oriundas de religiosos bem exaltados. Gente que usa como argumento a opinião de exorcistas, de ex-satanistas e outras fontes bastante questionáveis e, assim, demonizam aquilo que não faz parte da tradição cristã. 

Particularmente penso que muito mais do que o diabo o que está por trás do Halloween, celebrado em todo o mundo, seja um poder real bem mais concreto: o mercado. Aliás, como dizia o Pe. Libânio ninguém exige tantos sacrifícios como o “deus mercado”. 

Num ambiente cristão, demonizar uma festa é algo perigoso. No passado demonizou-se celebrações e pessoas e isso gerou dor e morte. Basta imaginar que a festa de Halloween, também é chamada de dia das bruxas e que a bruxa, no imaginário popular está ligada ao demônio. Por conta dessa ligação entre a bruxaria e o demônio, milhares de mulheres foram perseguidas, torturadas e mortas nos ambientes cristãos. 

Demonizar o diferente causa muitos estragos. Basta ver como hoje ainda há cristãos que demonizam as religiões de origem africana a partir dos mesmos preconceitos, considerando suas entidades como demônios. Contudo, penso que Halloween é uma jogada de marketing e que não faz parte do nosso modo de ser brasileiro. No entanto, a cultura está em processo continuo de evolução e talvez, no futuro, essa será uma festa assimilada por nós. 

Pe. Leonardo Lucian Dall’Osto.

30/10/2024

Páscoa definitiva do Pe. Gruen




Faleceu Padre Wolfgang Gruen, SDB, no dia 30 de outubro de 2024, quarta-feira, em Belo Horizonte (MG), aos 97 anos de idade, dos quais 80 anos como Salesiano de Dom Bosco e quase 71 anos como Presbítero da Igreja.

Padre Wolfgang Gruen, SDB 

Padre Wolfgang Gruen, SDB, nasceu em 29 de abril de 1927, em Niederfinow, Brandemburgo - Alemanha, filho de Erich Gruen e Herta Gruem, uma família de origem católica e de ascendência judaica. Durante sua infância, a ascensão de Hitler e as políticas antissemitas e totalitárias forçaram a família a buscar refúgio em outros países. 

Inicialmente, mudaram-se para a Itália, mas, ao observar a aliança entre Hitler e Mussolini, seu pai optou por transferir a família para a Inglaterra, priorizando a liberdade religiosa. Ainda durante sua permanência na Inglaterra, Wolfgang iniciou sua trajetória na Congregação Salesiana, entrando para o aspirantado em Londres, em 1938. 

Em 1940, depois de obter autorização, a família emigrou para o Brasil, onde se estabeleceu definitivamente. Já no Brasil, fez a primeira profissão religiosa em 31 de janeiro de 1944, em Pindamonhangaba (SP). 

Entre 1944 e 1949, estudou Filosofia no Instituto Salesiano de Pedagogia e Filosofia em Lorena (SP) e, entre 1950 e 1953, completou os seus estudos no Instituto Teológico Pio XI, em São Paulo (SP), onde aprofundou seu interesse pelo ensino religioso e pelas ciências humanas. 

Foi ordenado presbitero 08 de dezembro de 1953, em São Paulo (SP). Além de sua formação religiosa, Padre Gruen concluiu a Licenciatura Plena em Letras Anglo-Germânicas (1969-1972). 

Em 2006, recebeu o título de Doutor honoris causa em Teologia e Ciências Bíblicas pela Università Pontificia Salesiana de Roma (UPS), em reconhecimento às suas contribuições para o ensino religioso e os estudos bíblicos. 

Ao longo de sua vida, P. Gruen construiu uma carreira acadêmica notável. Foi professor da primeira graduação em Ciências da Religião no Brasil, introduzida na década de 1970, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

Sua abordagem inovadora do Ensino Religioso, desvinculada da catequese, tornou-se um marco. Influenciado por pensadores como Hugo Assmann, Paulo Freire, Hubertus Halbfas, Paul Tillich e outros teólogos, ele propôs um modelo de Ensino Religioso com enfoque antropológico, que dava centralidade à busca humana por sentido e se distanciava de uma perspectiva estritamente confessional. 

Essa proposta, voltada à educação básica pública, trazia uma visão aberta e crítica, que considerava as necessidades de uma sociedade plural e secular. 

Além de sua carreira no ensino superior, Padre Gruen exerceu papel relevante no Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, onde contribuiu para a regulamentação do Ensino Religioso no estado. 

Sua atuação ampliou o entendimento da disciplina, promovendo um Ensino Religioso que, em suas palavras, "oferecesse abertura para a diversidade cultural e religiosa". Autor de diversas obras, uma de suas publicações mais conhecidas é "O Tempo Que Se Chama Hoje", em que condensa o Antigo Testamento em uma linguagem acessível e profunda. 

O livro, destinado ao estudo em grupo, catequese e uso pessoal, convida o leitor a "entrar no espírito do Antigo Testamento", fornecendo esquemas, mapas e pontos para revisão. Seguramente, Padre Gruen compunha a “segunda geração" de salesianos: aqueles que, embora não tenham conhecido Dom Bosco, conviveram com salesianos da primeira geração, que, por sua vez, tiveram contato direto com o santo fundador dos Salesianos.

Ele sempre se recordava com carinho de figuras como o padre Eneias Tozzi, ex-aluno de Dom Bosco e seu primeiro inspetor no Salesian Colege em Londres, e do padre Frederico Gioia, com quem se confessava semanalmente no colégio Santa Rosa de Niterói. 

Padre Gruen sempre será lembrado por sua coerência na opção preferencialmente pelos mais pobres, tendo se dedicado pastoralmente ao atendimento espiritual e no socorro aos clamores dos mais pequeninos do Reino. Com efeito, sua trajetória, marcada pelo desejo de educar e pela busca incessante pelo entendimento das religiões, deixou um legado duradouro na educação religiosa e na Ciência da Religião, promovendo uma visão que ainda inspira educadores e estudiosos no Brasil e no exterior. 

COMUNIDADES SALESIANAS EM QUE RESIDIU / TRABALHOU

1954 - 1959 Comunidade São João (São João Del Rei - Colégio)

1960 - 1961 Comunidade São José (São João Del Rei - EA P Sacramento)

1962 - 1972 Comunidade São João (São João Del Rei - Colégio)

1973 Comunidade São João Bosco (São João Del Rei - Estudantado Filosófico)

1974 Comunidade São João Bosco (Belo Horizonte)

1975 - 2010 Comunidade Santo Tomás de Aquino (Belo Horizonte)

2011 - 2012 Comunidade São Domingos Sávio (Belo Horizonte)

2013 - 2021 Comunidade São José (Belo Horizonte)

2022 Comunidade Beato Miguel Rua (Belo Horizonte)

MInistério da Visitação - Ir. Patricia Silva

Venerável Ibiapina - Advogado dos pobres e peregrino da caridade

  O Papa Francisco, em 31 de março de 2025, declarou Venerável o Brasileiro, natural de Sobral, no Estado do Ceará, José Antônio Maria Ibiap...