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28/04/2023

Mensagem do Papa Francisco para o 60º Dia Mundial de Oração pelas Vocações


                                                                          (30 de abril de 2023 – IV Domingo de Páscoa)

Vocação: graça e missão

Amados irmãos e irmãs, queridos jovens!

É a sexagésima vez que se celebra o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, instituído por São Paulo VI em 1964, durante o Concílio Ecuménico Vaticano II. Esta providencial iniciativa visa ajudar os membros do Povo de Deus a responder, pessoalmente e em comunidade, à chamada e à missão que o Senhor confia a cada um no mundo de hoje, com as suas feridas e as suas esperanças, os seus desafios e as suas conquistas.

Neste ano, proponho-vos refletir e rezar guiados pelo tema «Vocação: graça e missão». É uma preciosa ocasião para redescobrir, maravilhados, que a chamada do Senhor é graça, dom gratuito e, ao mesmo tempo, é empenho de partir, sair para levar o Evangelho. Somos chamados a uma fé testemunhada, que estreita fortemente o vínculo entre a vida da graça, através dos Sacramentos e da comunhão eclesial, e o apostolado no mundo. Animado pelo Espírito, o cristão deixa-se interpelar pelas periferias existenciais e é sensível aos dramas humanos, tendo sempre bem presente que a missão é obra de Deus e não a realizamos sozinhos, mas em comunhão eclesial, juntamente com os irmãos e irmãs, guiados pelos Pastores. Pois este sempre foi o sonho de Deus: vivermos com Ele em comunhão de amor.

Escolhidos antes da criação do mundo

O apóstolo Paulo abre-nos de par em par um horizonte maravilhoso: Deus Pai «escolheu-nos em Cristo antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor. Predestinou-nos para sermos adotados como seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com o beneplácito da sua vontade» (Ef 1, 4-5). São palavras que nos permitem ver a vida no seu sentido pleno: Deus «concebe-nos» à sua imagem e semelhança e quer-nos seus filhos: fomos criados pelo Amor, por amor e com amor, e somos feitos para amar.

No decurso da nossa vida, esta chamada, inscrita nas fibras do nosso ser e portadora do segredo da felicidade, alcança-nos, pela ação do Espírito Santo, de maneira sempre nova, ilumina a nossa inteligência, infunde vigor na vontade, enche-nos de admiração e faz arder o nosso coração. Às vezes irrompe até de forma inesperada. Assim aconteceu comigo em 21 de setembro de 1953, quando, a caminho da festa anual do estudante, senti o impulso de entrar na igreja e me confessar. Aquele dia mudou a minha vida, dando-lhe uma fisionomia que dura até hoje. Mas a chamada divina ao dom de nós mesmos abre estrada gradualmente, através dum caminho: em contato com uma situação de pobreza, num momento de oração, graças a um claro testemunho do Evangelho, a uma leitura que nos abre a mente, quando ouvimos uma Palavra de Deus e a sentimos dirigida precisamente a nós, no conselho dum irmão ou uma irmã que nos acompanha, num período de doença ou de luto… A fantasia de Deus que nos chama é infinita.

E a sua iniciativa e dom gratuito esperam a nossa resposta. A vocação é uma «combinação entre a escolha divina e a liberdade humana», [1] uma relação dinâmica e estimulante que tem como interlocutores Deus e o coração humano. Assim, o dom da vocação é como uma semente divina que germina no terreno da nossa vida, abre-nos a Deus e abre-nos aos outros para partilhar com eles o tesouro encontrado. Esta é a estrutura fundamental daquilo que entendemos por vocação: Deus chama amando, e nós, agradecidos, respondemos amando. Descobrimo-nos como filhos e filhas amados pelo mesmo Pai, e reconhecemo-nos como irmãos e irmãs entre nós. Santa Teresa do Menino Jesus, quando «viu» com clareza esta realidade, exclamou: «Encontrei finalmente a minha vocação! A minha vocação é o amor! Sim, encontrei o meu lugar na Igreja (…): no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor». [2]

Eu sou uma missão nesta terra

Como dissemos, a chamada de Deus inclui o envio. Não há vocação sem missão. E não há felicidade e plena auto realização sem oferecer aos outros a vida nova que encontramos. A chamada divina ao amor é uma experiência que não se pode calar. «Ai de mim, se eu não evangelizar!»: exclamava São Paulo (1 Cor 9, 16). E a I Carta de João começa assim: «O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida [feito carne] (…), isso vos anunciamos (…) para que a nossa alegria seja completa» (1, 1.3.4).

Há cinco anos, na exortação apostólica Gaudete et exsultate, dizia eu a cada batizado e batizada: «Também tu precisas de conceber a totalidade da tua vida como uma missão» (n. 23). Sim, porque cada um de nós, sem exceção, pode dizer: «Eu sou uma missão nesta terra e para isso estou neste mundo» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 273).

A missão comum a todos nós, cristãos, é testemunhar com alegria, em cada situação, por atitudes e palavras, aquilo que experimentamos estando com Jesus e na sua comunidade, que é a Igreja. E traduz-se em obras de misericórdia materiais e espirituais, num estilo de vida acolhedor e sereno, capaz de proximidade, compaixão e ternura, em contracorrente à cultura do descarte e da indiferença. Fazer-nos próximo como o bom samaritano (cf. Lc 10, 25-37) permite-nos compreender o «núcleo» da vocação cristã: imitar Jesus Cristo que veio para servir e não para ser servido (cf. Mc 10, 45).

Esta ação missionária não nasce simplesmente das nossas capacidades, intenções ou projetos, nem da nossa vontade nem mesmo do nosso esforço de praticar as virtudes, mas duma profunda experiência com Jesus. Só assim podemos tornar-nos testemunhas de Alguém, duma Vida; e é isso que nos torna «apóstolos». Reconhecemo-nos então «como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 273).

Temos um ícone evangélico desta experiência nos dois discípulos de Emaús. Estes, depois do encontro com Jesus ressuscitado, confidenciavam um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» ( Lc 24, 32). Podemos ver neles o que significa ter «corações ardentes e pés ao caminho». [3] É o que desejo também para a próxima Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, que aguardo com alegria e que tem como lema: «Maria levantou-se e partiu apressadamente» ( Lc 1, 39). Que cada um e cada uma se sinta chamado a levantar-se e partir apressadamente, com coração ardente!

Chamados juntos: convocados

O evangelista Marcos narra o momento em que Jesus chamou para junto d’Ele doze discípulos, cada um pelo próprio nome. Estabeleceu-os para estarem com Ele e os enviar a pregar, curar as doenças e expulsar os demónios (cf. Mc 3, 13-15). Assim o Senhor lança as bases da sua nova Comunidade. Os Doze eram pessoas de ambientes sociais e profissões diferentes, não pertencentes às categorias mais importantes. Os Evangelhos referem ainda outras chamadas, como a dos setenta e dois discípulos que Jesus envia dois a dois (cf. Lc 10, 1).

O termo Igreja deriva precisamente de Ekklesía, palavra grega que significa assembleia de pessoas chamadas, convocadas, para formar a comunidade dos discípulos e discípulas missionários de Jesus Cristo, comprometendo-se a viver entre si o seu amor (cf. Jo 13, 34; 15, 12) e a espalhá-lo no meio de todos, para que venha o Reino de Deus.

Na Igreja, somos todos servos e servas, segundo diversas vocações, carismas e ministérios. A vocação ao dom de si próprio no amor, comum a todos, desenvolve-se e concretiza-se na vida dos cristãos leigos e leigas, empenhados a construir a família como uma pequena igreja doméstica e a renovar os diversos ambientes da sociedade com o fermento do Evangelho; no testemunho das consagradas e consagrados, entregues totalmente a Deus pelos irmãos e irmãs como profecia do Reino de Deus; nos ministros ordenados (diáconos, presbíteros, bispos) colocados ao serviço da Palavra, da oração e da comunhão do Povo santo de Deus. Só na relação com todas as outras é que cada vocação específica na Igreja se revela plenamente com a sua própria verdade e riqueza. Neste sentido, a Igreja é uma sinfonia vocacional, com todas as vocações unidas e distintas em harmonia e juntas «em saída» para irradiar no mundo a vida nova do Reino de Deus.

Graça e missão: dom e tarefa

Amados irmãos e irmãs, a vocação é dom e tarefa, fonte de vida nova e de verdadeira alegria. Que as iniciativas de oração e animação pastoral ligadas a este Dia reforcem a sensibilidade vocacional nas nossas famílias, nas paróquias, nas comunidades de vida consagrada, nas associações e nos movimentos eclesiais. Que o Espírito do Ressuscitado nos faça sair da apatia e nos dê simpatia e empatia, para vivermos cada dia regenerados como filhos de Deus-Amor (cf. 1 Jo 4, 16) e sermos, por nossa vez, geradores no amor: capazes de levar a vida a todos os lugares, especialmente onde há exclusão e exploração, indigência e morte. Que deste modo se alarguem os espaços de amor [4] e Deus reine cada vez mais neste mundo.

Acompanhe-nos neste caminho a oração composta por São Paulo VI para o 1º Dia Mundial das Vocações (11 de abril de 1964)

«Ó Jesus, divino Pastor das almas, que chamastes os Apóstolos para fazer deles pescadores de homens, continuai a atrair para Vós almas ardentes e generosas de jovens, a fim de fazer deles vossos seguidores e vossos ministros; tornai-os participantes da vossa sede de redenção universal, (…) abri-lhes os horizontes do mundo inteiro, (…) para que, respondendo à vossa chamada, prolonguem aqui na terra a vossa missão, edifiquem o vosso Corpo místico, que é a Igreja, e sejam “sal da terra”, “luz do mundo” (Mt 5, 13)».

Que a Virgem Maria vos acompanhe e proteja. Com a minha bênção.

Roma, São João de Latrão, no IV Domingo de Páscoa, 30 de abril de 2023.

Francisco


[1] Sínodo dos Bispos – XV Assembleia Geral Ordinária (2018), Documento final Os jovens, a fé e o discernimento vocacional, n. 78.

[2] Manuscrito B, redigido durante o seu último Retiro (setembro de 1896): Opere complete (Roma 1997), 223.

[3] Francisco, Mensagem para o 97º Dia Mundial das Missões (6 de janeiro de 2023).

[4] « Dilatentur spatia caritatis»: Santo Agostinho, Sermão

Comissão para a Comunicação apresenta a atuação no quadriênio 2019-2023



Na manhã de quinta-feira, 27 de abril, a Comissão Episcopal para Comunicação teve uma fala aos bispos na 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A comissão, no último quadriênio, está organizada em quatro grandes grupos, que se apresentaram brevemente:

Pascom

Assessoria de Comunicação da CNBB

Signis Brasil

CEPAC – Comissão Episcopal para a Comunicação Social da CNBB

“Esses grupos movimentam todo aspecto da comunicação da conferência, e tem ajudado a comunicação a avançar”, explicou o bispo auxiliar da diocese de Belo Horizonte e presidente da Comissão para Comunicação, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães.

Os principais assuntos tratados pela comissão foram a publicação do diretório da comunicação da Igreja no Brasil, que foi atualizada incorporando principalmente os ensinamentos e o magistério do Papa Francisco; e a pesquisa sobre influenciadores digitais católicos do Brasil, que será publicada no primeiro semestre deste ano.

“Na pesquisa aprofundamos a incidência dos influenciadores e nos perguntamos sobre a possibilidade de criar influenciadores digitais católicos que de fato colaborem com o caminhar da Igreja no Brasi”, explicou dom Mol.

A motivação da pesquisa é estudar os “influenciadores digitais da fé”, que, na sociedade contemporânea, usam das plataformas digitais para compartilhar mensagens religiosas e espirituais com os seus seguidores, um fenômeno que, segundo dom Mol, precisa ser compreendido por uma equipe interdisciplinar.

“O núcleo de estudos em comunicação e tecnologia reúne pesquisadores de diversas partes do Brasil, e busca compreender o fenômeno dos influenciadores digitais católicos e quais possíveis consequências.”

A pesquisa fez o recorte de influenciadores que têm mais de 1 milhão de seguidores e busca entender o impacto deles a partir dos eixos: comunicacional-cultural, sociopolítico e eclesial. “A pesquisa aponta que é possível promover a formação de lideranças católicas para atuação nas redes… [Portanto] podemos constituir bons evangelizadores digitais e influenciadores digitais católicos”, destaca dom Mol.

Relatório CNBB na Mídia

O assessor interino de comunicação da CNBB, Willian Bonfim, falou sobre o trabalho realizado pela assessoria de Comunicação da CNBB nos últimos quatro anos. O assessor apresentou aos bispos o relatório CNBB na Mídia – maio de 2019 a abril de 2023, elaborado pela Interclip – monitoramento de mídia, que aponta um crescimento de 147% na presença da CNBB na mídia laica nos últimos quatro anos.

Willian também relatou sobre o Plano Estratégico de Comunicação adotado na última gestão sob orientação da presidência da CNBB que traçou como estratégia fazer uma transição de um trabalho focado em assessoria de imprensa para um trabalho de comunicação e uma presença mais qualificada nas redes sociais. O plano também incluiu a modernização   da marca da CNBB, em parceria com professores especialistas em designer da PUC Minas, apresentada e aprovada na última assembleia geral e que já entrou em vigor. 

Signis Brasil

Angélica Lima, secretária geral da Signis Brasil, falou aos bispos sobre o trabalho a associação católica internacional, com reconhecimento pontifício, que faz a articulação entre todos os veículos de comunicação católica do país, especialmente rádios e TVs. A secretária explicou que a Signis congrega veículos de comunicação católicos brasileiras, inclusive com criação de pautas conjuntas, e intercâmbio entre a produção de pequenos e grandes veículos.

Ela destacou a aproximação que a Signis tem tido com a Comissão para Comunicação da CNBB, cumprindo o desejo da sinodalidade. “A Signis se propõe a isso, que veículos, tanto impresso, internet, quanto rádio e TV, caminhemos juntos, dando voz à Igreja”, falou Angélica.

Pascom Brasil

Na sequência, Adielson Agrelos, da Pascom do Regional Leste 1, falou em nome da coordenação nacional, sobre alguns aspectos importantes da pastoral: seu fortalecimento nacional, especialmente no período da pandemia num serviço prestado à Igreja no Brasil, o destaque que a pastoral tem dado à articulação com os regionais; a Escola de Nacional de Comunicação da Pascom Brasil, realizada em parceria com a PUC Minas, que formou a primeira turma no ano passado; e a difusão do Guia de Implantação da Pascom, disponível no site da Pascom Brasil. 




27/04/2023

Mensagem da CNBB ao Povo Brasileiro

 


A “Mensagem da CNBB ao povo brasileiro” elaborada e aprovada pela quase totalidade dos 326 bispos ativos e parte dos 157 bispos eméritos brasileiros presentes na 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi apresentada pelo arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, durante a Coletiva de Imprensa desta sexta-feira, 27 de abril, no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida.

Acesse a íntegra abaixo:

Aparecida - SP, 28 de abril de 2023

MENSAGEM DA CNBB AO POVO BRASILEIRO

“Ele é a nossa paz: de dois povos fez um só, em sua carne derrubando o muro da inimizade que os separava” (Ef. 2,14) Animados pelo amor do Pai, pela luz do Senhor ressuscitado e com a força do Espírito Santo, nós, bispos católicos, nos reunimos em Aparecida para a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB. Fizemos isso como pastores em comunhão com os presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, cristãos leigos e leigas. Sentimo-nos acompanhados pela oração de nosso povo, representado visivelmente pela multidão de peregrinos de todo o Brasil, que rezaram conosco nas celebrações eucarísticas. Maria, Mãe de Jesus, a Senhora Aparecida, esteve perto de nós, acolhendo-nos, cuidando de nossos trabalhos e intercedendo por nós.

Esses dias na casa da Mãe Aparecida foram uma oportunidade para experimentarmos a comunhão a partir da riqueza de nossas diversidades. Quem nos une é Cristo e, por ele, esperançosos e comprometidos, renovamos nossa opção radical e incondicional com a defesa integral da vida que se manifesta em cada ser humano e em toda a criação.

A renovação desse compromisso com a vida dá-se num tempo marcado por grandes desafios que, longe de nos desanimarem, estimulam a Igreja na promoção do Reino de Deus. Nossas comunidades estão respondendo, com solidariedade fraterna, às consequências das tragédias socioambientais; com compromisso cidadão na defesa da democracia e, com responsabilidade social, ao drama da fome que nos assola. Com alegria, reconhecemos que esse é o autêntico e eficaz testemunho de que o mundo necessita, à luz da Palavra de Deus, pois não temos ouro nem prata, mas trazemos o que de mais precioso nos foi dado: Jesus Cristo ressuscitado (cf. At. 3,6).

Essa alegria é consequente e, por isso, nos faz enxergar também os sofrimentos presentes na sociedade. Nossa atenção se volta especialmente para o que estamos vivendo: “uma terceira guerra mundial em pedaços” (Papa Francisco, em 13 de setembro de 2014, ao lembrar o início da Primeira Guerra Mundial,), evidenciada no solo ucraniano, mas também em outras regiões do planeta. Além do flagelo das guerras, muitas outras situações nos preocupam, como os autoritarismos, as polarizações, as desinformações, as desigualdades estruturais, o racismo, os preconceitos, a corrupção, a banalização do mal e das vidas, as doenças, a drogadição, o tráfico de drogas e pessoas, o analfabetismo, as migrações forçadas, as juventudes com poucas oportunidades, as violências em todas as suas dimensões, o feminicídio, a precarização do trabalho e da renda, as agressões desmedidas à “casa comum”, aos povos originários e comunidades tradicionais, a mineração predatória, entre tantas outras, que fragilizam o tecido social e tencionam as relações humanas.

Certa cultura da insensibilidade nos conduz a essas situações extremas. A degradação da criação e o descaso com os mais pobres e abandonados estão presentes, por exemplo, na criminosa tragédia ocorrida com o povo Yanomami. O mesmo ocorre com muitos dos povos das florestas, das águas e do campo, submetidos a graves e duras realidades que os expõem à globalização da indiferença.

Reconhecemos a importância da resistência histórica do movimento indígena, cujo fruto se traduz na chegada de suas lideranças a diversos postos de decisão no governo federal e em alguns governos estaduais. Contudo, essa presença não pode ser apenas figurativa. Há uma imensa necessidade de se adotarem providências e ações concretas em defesa desses povos. Não podemos mais aceitar em nossa história o descaso com os povos originários. Acreditamos que o julgamento da tese do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal, no próximo mês de junho, seja decisivo para que suas terras sejam reconhecidas como legítimas e legais. Temos esperança que essa definição venha a ser um passo importante para a garantia dos direitos constitucionais.


Esses problemas têm origem na opção por um modelo econômico cruel, injusto e desigual. Por trás da palavra “mercado” existe um sistema financeiro e econômico autônomo, que protagoniza ações inescrupulosas, destrói a vida, precariza as políticas públicas, em especial a educação e a saúde, adota juros abusivos que ampliam o abismo social, afeta a cadeia produtiva e reduz o consumo dos bens necessários à maioria do povo brasileiro.

Às vésperas do dia 1º de maio, saudamos os trabalhadores e as trabalhadoras de nosso País, com as palavras do Papa Francisco: “O mundo do trabalho é prioridade humana, é prioridade cristã, a partir de Jesus trabalhador. Onde há um trabalhador, ali há o olhar do amor do Senhor e da Igreja. Lugares de trabalho são lugares do povo de Deus” (Encontro com Trabalhadores em Gênova, Itália, 2017). Diante das mudanças do mundo do trabalho, percebemos que promessas de crescimento econômico, geração de empregos, melhores condições de trabalho, aumento de renda, redução da carga horária, mais tempo de descanso e convivência social, enfim, condições mais saudáveis de vida, continuam sendo desafios sem soluções. A crescente informalidade das relações trabalhistas reduz a segurança social e impede o acesso ao mínimo para a sobrevivência. O trabalho análogo à escravidão, presente em todo o território nacional, é uma chaga social que precisa ser energicamente combatida pelos poderes constituídos e por toda a sociedade.

As constatações desses tempos difíceis não podem nos limitar, nem servir para que as soluções sejam adiadas. As estruturas do Estado, os poderes da República, as autoridades públicas, as lideranças sociais, as organizações religiosas, os meios de comunicação, as plataformas e as redes sociais, cada um e cada uma, com sua competência, devem apoiar-se reciprocamente para o bem do País. Precisamos criar um “espaço de corresponsabilidade capaz de iniciar e gerar novos processos e transformações. Sejamos parte ativa na reabilitação e apoio das sociedades feridas” (Fratelli Tutti, 77). Assumindo nosso dever social, não podemos deixar de cobrar dos governos, legitimamente eleitos, o protagonismo que lhes foi confiado, uma opção clara e radical pela vida, desde a concepção até à morte natural, passando inevitavelmente pelos direitos sociais e humanos. Chamamos a atenção para a importância da vacinação, especialmente para das crianças. No cuidado com a vida, nenhuma seletividade pode ser tolerada e será sempre, por nós, denunciada.

Conclamamos toda a sociedade brasileira a construir um amplo projeto de reconciliação e pacificação, a partir de um diálogo franco e aberto, que possibilite superar o que nos afasta, com o objetivo de assegurar o que nos une: o país, o seu povo e a criação. O ponto de partida dessa construção se dá nas famílias, comunidades, relações sociais, profissionais, eclesiais e políticas, através da amizade social que promove a cultura do encontro. Como comunidade de fé, cremos que sua concretização passa necessariamente pelas nossas orações. Rezemos, pois, como nos pede o Papa Francisco, pelo fim das guerras, dos conflitos e das violências. Somos “caminhantes da mesma carne humana, como filhos desta mesma terra que nos alberga a todos, cada qual com a riqueza da sua fé ou das suas convicções, cada qual com a própria voz” (Fratelli Tutti, 8).

Reafirmamos nossa profunda confiança no povo brasileiro. Não tenhamos medo. A esperança é a nossa coragem! Sejamos semeadores de mudança, de solidariedade e de vida. Pelo amor do Cristo vivo e ressuscitado, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, invocamos a bênção de Deus sobre o povo brasileiro, suas famílias e comunidades.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte - MG Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre - RS - 1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva Arcebispo de Cuiabá - MT - 2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado Bispo auxiliar do Rio de Janeiro - RJ Secretário-Geral

Papa Francisco fala sobre as Mulheres

 

Mulheres a serviço na 60ª AGCNBB

"A Igreja é uma mulher. A Igreja. Não é a igreja 'a'. Ela é uma mulher. E na administração normal da Igreja faltavam mulheres. Agora há secretárias de dicastério, a vice-governadora do Vaticano é uma mulher..." 

"Uma experiência pessoal: os relatórios mais maduros que eu recebia para conferir a ordenação como sacerdotes aos seminaristas eram elaborados por mulheres dos bairros onde eles iam trabalhar na paróquia. 

"Na nomeação há três anos, nos seis cargos dos leigos, nomeei cinco mulheres e um homem, isso não se sabe. E começou a funcionar melhor. Porque a mulher sabe administrar noutro tipo de coisas. A mulher tem uma maneira de executar as coisas diferente da nossa porque raciocina de outra maneira, tem maternidade, que é diferente." 

(Papa Francisco, em entrevista à  CNN Portugal, 05-09-2022). 

Dom Sérgio da Rocha no Conselho de Cardeais (C9)


No dia 7 de março de 2023, o Papa Francisco renovou o Conselho dos Cardeais, uma novidade do atual pontificado criado no dia 28 de setembro de 2013. Entre os novos membros está o arcebispo de Salvador (BA), cardeal Sergio da Rocha, que participou da primeira reunião do organismo a nova formação de nove cardeais (C9), realizada no Vaticano dias 24 e 25 de abril de 2023. Dom Sergio participou do início da 60ª AG CNBB e durante a realização da Assembleia viajou ao Vaticano para a reunião. Retornou ao encontro dos bispos.

O Conselho, segundo dom Sergio, constitui-se primeiramente num espaço de diálogo e discernimento junto do Papa. “Naturalmente, prestando um serviço ao sucessor de Pedro, mas buscando justamente a comunhão em vista da missão”. Mais informações: CNBB

Representante da CNBB junto ao Celam


Cardeal Paulo Cezar Costa é escolhido representante da CNBB junto ao Conselho Episcopal Latino Americano (Celam)

O arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, foi escolhido pela 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) como o representante brasileiro no Conselho Episcopal Latino Americano e Caribenho (Celam). A escolha foi feita na manhã desta quinta-feira, 27 de abril, nono dia do encontro do episcopado, em Aparecida.

Os bispos também elegeram o suplente de dom Paulo no organismo continental: o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e presidente da Comissão Doutrina da Fé, Dom Joel Portella Amado. 

Dom Valdir José de Castro, bispo de Campo Limpo (SP), foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação


 O bispo de Campo Limpo (SP), dom Valdir José de Castro, foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB. A eleição ocorreu nesta quinta-feira, 27 de abril, durante a 60ª Assembleia Geral da CNBB.  

Após a confirmação do resultado, dom Valdir se aceita a incumbência confiada pela Assembleia Geral. E respondeu:

“Agradeço a confiança dos votantes e aceito como serviço à Conferência e também por amor ao carisma da Comunicação”, disse.

Biografia

Dom Valdir José de Castro nasceu em 14 de fevereiro de 1961 em Santa Bárbara d’Oeste, diocese de Piracicaba (SP). Estudou Filosofia na Universidade de Caxias do Sul (RS), de 1981 a 1983, e Teologia no Instituto Teológico de São Paulo, de 1984 a 1987. 

Obteve a Licenciatura em Espiritualidade na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma (1992-1994) e frequentou o curso de Jornalismo na Universidade de Caxias do Sul (RS), de 1996 a 2000. Em seguida, especializou-se em Comunicação na Faculdade Cásper Líbero em São Paulo (2001-2004) e fez doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012-2016). 

Ele fez sua profissão religiosa em 11 de fevereiro de 1981 na Sociedade de São Paulo e foi ordenado sacerdote em 12 de dezembro de 1987. 

No Instituto religioso foi mestre de Noviços (1997-2001); diretor geral do Apostolado Paulino em São Paulo (2001-2006); provincial da Província da Argentina, Chile e Peru (2007-2011); provincial da Província de São Paulo (2012-2015). 

De 2015 a 2022, dom Valdir foi superior geral da Sociedade de São Paulo em Roma, tornando o sétimo sucessor do fundador Beato Tiago Alberione e o primeiro não italiano a assumir o cargo. 

Em setembro de 2022, dom Valdir foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo de Campo Limpo (SP). Em 29 de setembro do mesmo, o Papa Francisco o nomeou também como novo membro do Dicastério para a Comunicação. 

A Comissão para a Comunicação da CNBB 

A Comissão tem como atribuição animar e articular os regionais da CNBB, com os meios e processos de comunicação, levando em consideração a cultura gerada pela revolução das novas tecnologias. A atribuição se concretiza em projetos que visam a formação, espiritualidade, articulação e produção dos agentes da Pastoral da Comunicação, e em encaminhamentos específicos. 




 

DOM GREGÓRIO PAIXÃO É ELEITO PARA PRESIDIR A COMISSÃO EPISCOPAL PARA A CULTURA E A EDUCAÇÃO DA CNBB

 


A 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegeu nesta quinta-feira, 27 de abril, o bispo de Petrópolis, no Rio de Janeiro, dom Gregório Paixão, para presidir a Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação.

Perguntado se aceitava o ofício confiado pelo episcopado, dom Gregório respondeu:  

“Confiando em Deus e na ajuda e intervenção de São Bento e dos irmãos que trabalham na comissão, eu aceito!”

Biografia

Dom Gregório nasceu em Aracaju, Sergipe, em 03 de novembro de 1964 e foi batizado com o nome de Leozírio da Paixão Neto. Seus estudos de Filosofia e Teologia foram feitos na Escola da Congregação Beneditina do Brasil entre os anos de 1987 e 1992. Foi ordenado presbítero em 21 de março de 1993 na cidade de Salvador (BA) onde treze anos mais tarde foi nomeado bispo auxiliar daquela arquidiocese pelo Papa Emérito Bento XVI. Sua ordenação episcopal aconteceu em 29 de julho de 2006 e desde o dia 10 de outubro de 2012 é o bispo da diocese de Petrópolis (RJ).

Dom Gregório realizou seus estudos de pós-graudação na Holanda, sendo o mestrado em Antropologia na Universidade Aberta de Amsterdã, na Holanda, da qual foi professor convidado de 1998 a 2006, e o doutorado em Antropologia Cultura, pela Open Universiteit van Amsterdam.

Antes do episcopado, dom Gregório lecionou Língua Grega, Metodologia do Trabalho Científico, Homilética, Economia e Administração Paroquial na Faculdade São Bento na Bahia e ministrou diversos cursos ligados à área de Antropologia, Sociologia e Teologia em diversas universidades brasileiras. No Mosteiro de São Bento da Bahia, exerceu quase todos os ofícios monásticos, como o de bibliotecário (1985); assistente do mestre de noviços (1986-1987); mestre de Coro (1992-2006); Organista (1984-2006); professor de Sagrada Escritura e Santa Regra (1992-2006); mestre de noviços (1992-1994); ecônomo (1992-2003); responsável pela restauração histórica (1995-2006); arquivista (1985-2000); vice-prior (1992-1995); diretor do Colégio São Bento (2000-2005); diretor do Instituto Teológico São Bento (2004) e diretor da Faculdade São Bento da Bahia (2005-2006). Diretor da Revista Análise e Síntese (2002-2006); prior (1995-2003). Trabalhou para a arquidiocese de Salvador como vice-presidente do Instituto Feminino da Bahia e Conselheiro (2001-2006) e no Conselho Econômico da Arquidiocese (2002-2006).

Já como bispo, realizou os seguintes serviços: bispo auxiliar de Salvador (BA), de 2006 a 2012; bispo referencial da Conferência dos Religiosos do Brasil (BA/SE), de 2007 a 2011; secretário do regional Nordeste 3 (BA/SE), de 2007 a 2012; membro da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social, de 2007 a 2011; diretor social da Fundação Dom Avelar, de 2006 a 2012; membro Titular do Conselho de Cultura do Estado da Bahia, de 2007 a 2012; membro titular do Instituto Feminino da Bahia, de 2004 a 2012; membro do Conselho Arquidiocesano de Bens Culturais e Arte Sacra, de 2007 a 2008; desde 2009 é membro do Repertório Internacional da Iconografia Mundial Titular do RIdIM/Brasil; desde 2012 é membro da Comissão para o Tratado Brasil-Santa Sé; e desde 2013 é o bispo referencial para a Pastoral da Educação e Cultura do regional Leste 1 da CNBB. Atualmente, foi eleito vice-presidente do regional Leste 1 da CNBB.

O bispo de Petrópolis possui ainda vários livros lançados, tais como: O Panteão Nagô. Aspectos Hagiográficos do Candomblé da Bahia. Elementos Místicos e Históricos (1992); São Bento. Um Mestre para o Novo Tempo (1996); Para Rezar com os Anjos (1997); A Vida Monástica e o Terceiro Milênio (1998); “Homo Digitalis”. Pros y contra de uma Antropologia de La Técnica en El Umbral Del Nuevo Milênio (1998); Cem Fábulas de La Fontaine (2001); Como Ensinar o seu filho a Estudar (2001); The Date of Jesus Christ’s Crucifixion, publicado nos Estados Unidos (2004); Benedetto. L’Eredità Artística, publicado na Itália (2007); Benediktiner und Kunst in Brasilian. Kultur und Geschichte eines europäischen Erbes, publicado na Alemanha (2007); Terço dos Homens. Manual Completo e Explicativo (2007); Os Beneditinos e a Arte no Brasil (2007); O Livro de Jonas (2008); Dietário (1582-1815) do Mosteiro de São Bento da Bahia: Edição Diplomática (2009); O Mosteiro de São Bento da Bahia (2011).

Novo presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso, dom Teodoro Mendes Tavares


 A 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegeu, nesta quinta-feira, 27 de abril, o novo presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da entidade. Estará à frente o bispo de Ponta de Pedras (PA), dom Teodoro Mendes Tavares. 

Após a confirmação do resultado, dom Teodoro foi perguntado pelo primeiro vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, se aceita a incumbência confiada pela assembleia geral. E respondeu:

ntes de mais, agradeço a confiança depositada em mim e, considerando a importância da causa do ecumenismo e diálogo religioso, aceito para prestar esse serviço para a conferência.”

Biografia

Dom Teodoro nasceu em 7 de janeiro de 1964, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, um pequeno país africano que tem o Português como idioma oficial. Em 1984, aos vinte anos, ingressou na Congregação dos Missionários do Espírito Santo, tendo feito sua profissão religiosa em 1986.  

Sua ordenação presbiteral aconteceu em 11 de junho de 1993 e, em novembro de 1994, foi enviado como missionário ao Brasil, para trabalhar na prelazia de Tefé, no Amazonas. O então padre Teodoro trabalhou por 16 anos nessa prelazia e, nesse período, exerceu inúmeras funções. 

O Papa Bento XVI o nomeou, em dia 16 de fevereiro de 2011, bispo auxiliar da arquidiocese de Belém do Pará. Foi ordenado bispo no dia 8 de maio de 2011 na Ilha de Santiago, por dom Alberto Taveira Corrêa. Em 10 de junho de 2015, o Papa Francisco, o nomeou bispo coadjutor de Ponta de Pedras, no Arquipélago do Marajó, no Pará. Em 23 de setembro de 2015, o Papa Francisco, o nomeou bispo diocesano de Ponta de Pedras.

O Ecumenismo é uma área na qual dom Teodoro tem especialização. Em 1995, obteve o título de mestre em Ecumenismo pelo Trinity College, em Dublin. Foi bispo referencial para o Ecumenismo no regional Norte 2, professor de Ecumenismo e Diálogo inter-religioso, além de responsável pela Pastoral Ecumênica da arquidiocese de Belém e da Pastoral das Comunidades Rebeirinhas. Também possui pós-graduação em Desenvolvimento, com especialização em Estudos Franceses Modernos.

Para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Vilsom Basso


 Dom Vilsom Basso, bispo da diocese de Imperatriz no Maranhão, foi eleito para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O bispo presidiu a Comissão por um mandato, tendo sido eleito durante a 60ª Assembleia-Geral. Em resposta à pergunta se aceita a missão, o prelado respondeu: “Primeiro lugar quero agradecer à confiança dos senhores bispos e por amor à Igreja e às Juventudes, digo sim!”.

Biografia e trajetória eclesial

Dom Vilsom Basso, SCJ, nasceu em 16 de fevereiro de 1960. Fez sua profissão religiosa na Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus. É o bispo diocesano de Imperatriz, no Maranhão. Seu lema episcopal é “Ecce Venio Domine” (“Eis-me aqui, Senhor”).

Dom Vilsom fez seus estudos de filosofia em Brusque, e de teologia, em Taubaté. Possui especialização em Planejamento Pastoral pela Universidade de Bogotá (Colômbia). Foi Ordenado presbítero em 1985. No estado do Maranhão, foi vigário nas paróquias de Santa Inês e Alto Alegre, e pároco em Santa Luzia e no santuário Nossa Senhora da Conceição, em São Luís. Posteriormente atuou como vigário paroquial do santuário São Judas Tadeu, em São Paulo, e como formador em Cagayan de Oro, nas Filipinas.

Em março de 2010 foi nomeado bispo de Caxias do Maranhão, por ordem do papa Bento XVI, recebendo a ordenação episcopal no dia 30 de maio daquele mesmo ano a partir das mãos de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger. No dia 19 de junho de 2010, foi empossado como o quarto bispo daquela diocese.

Ainda enquanto padre foi assessor do então Setor Juventude da CNBB. Como bispo, foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, durante a 53ª Assembleia-Geral daquela Conferência. No dia 19 de abril de 2017, foi nomeado bispo da diocese de Imperatriz, no Maranhão, transferido da diocese de Caxias pelo Papa Francisco.

 

26/04/2023

Dom Bruno Elizeu Versari vai presidir a Comissão Episcopal para a Vida e a Família

 


A 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegeu o bispo de Campo Mourão (PR), dom Bruno Elizeu Versari, para presidir a Comissão Episcopal para a Vida e a Família até 2027. Membro da Comissão e referencial no Regional Sul 2 durante o quadriênio de 2019 a 2023, dom Bruno foi eleito na tarde desta quarta-feira, 26 de abril.  

Ao ser perguntado se aceita o ofício confiado pelo episcopado, dom Bruno respondeu:  

“Eu agradeço os votos, espero corresponder e digo sim!”

 Biografia

Dom Bruno Elizeu Versari nasceu no dia 30 de maio de 1959, na cidade de Cândido Mota (SP). Ainda na sua infância, a família migrou para o Paraná. No ano de 1980, marcado pelo testemunho de São João Paulo II, entrou no Seminário Propedêutico em Maringá. Estou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, e Teologia no Instituto Teológico Paulo VI, em Londrina, entre os anos 1984 e 1987. Foi ordenado presbítero em 3 de janeiro de 1988, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Floresta (PR). 


No exercício do seu ministério presbiteral atuou como vigário; colaborou na formação dos seminaristas no Seminário de Filosofia Nossa Senhora da Glória, em Maringá; pároco; ecônomo arquidiocesano; vigário geral; membro do Colégio de Consultores e do Conselho de Presbíteros; e diretor da Rádio Colméia de Maringá. 

Dom Bruno tem especialização em Educação Especial; pós-graduação em Teologia Bíblica, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Maringá, e em Teologia Bíblica – Novo Testamento, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Maringá. 

No dia 19 de abril de 2017, foi nomeado bispo coadjutor da diocese de Campo Mourão. Recebeu a ordenação em 25 de junho do mesmo ano, tomando posse em 9 de julho de 2017. Meses depois, em 6 de dezembro de 2017, com a aceitação da renúncia de dom Francisco Javier ao governo pastoral de Campo Mourão, dom Bruno assumiu oficialmente a função de bispo diocesano. 

Em 2019, foi escolhido pelo Conselho Permanente da CNBB membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. No período, colaborou na produção e revisão dos materiais produzidos pela Comissão, foi responsável pelo acompanhamento administrativo da Secretaria Nacional da Pastoral Familiar (Secren/CNPF) e aplicou na diocese o Itinerário Vivencial de Acompanhamento Personalizado para o Sacramento do Matrimônio sendo ele mesmo o catequista de dois casais de noivos.  

Os bispos do Brasil seguem reunidos em sua 60ª Assembleia Geral, até a próxima sexta-feira, 28 de abril, em Aparecida (SP). 

A Comissão 

A Comissão Episcopal para a Vida e a Família tem como atribuição promover e defender a vida em todas as suas etapas e dimensões e os valores da pessoa, do matrimônio e da família. Ela também é a responsável pela organização e estrutura da Pastoral Familiar no Brasil. Sua missão é a evangelização e a promoção integral da pessoa e da família, através da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), da Secretaria Executiva Nacional da Pastoral Familiar (SECREN) e do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (INAPAF). 

 

Dom Giovane Pereira de Melo foi reeleito para presidir a Comissão Episcopal para o Laicato

 


Dom Giovane Pereira de Melo foi reeleito no primeiro escrutínio para presidir a Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no quadriênio 2023-2027. Dom Giovani foi nomeado e tomou posse como primeiro bispo da diocese de Araguaína (TO), criada em 31 de janeiro de 2023 e instalada, canonicamente, no último 15 de abril, durante a missa solene na catedral provisória de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Sobre a pergunta, feita pelo presidente da CNBB, dom Walmor Azevedo de Oliveira, se aceita conduzir a comissão, dom Giovani deu a seguinte resposta: “Querido dom Walmor, queridos irmãos bispos, para continuar servindo o povo de Deus, de modo particular os cristãos leigos e leigas, agradeço o carinho dos irmãos e acolho esse serviço”.

Biografia e trajetória eclesial

Natural Salinas (MG), dom Giovane nasceu em 16 de janeiro de 1959. Estudou Filosofia na Faculdade Católica de Mato Grosso e Teologia no Instituto Teológico, em Campo Grande (MS). Dom Giovane é especialista em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Mato Grosso e mestre em Teologia Pastoral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo (SP).

Ordenado presbítero em 24 de março de 1990, na diocese de Rondonópolis (MT), foi vigário, coordenador diocesano de Pastoral e represente dos Presbíteros do regional Oeste 2 da CNBB junto à Comissão Nacional de Presbíteros (1993-1997). Também atuou como reitor do Seminário Maior Jesus Bom Pastor da diocese de Rondonópolis, em Várzea Grande (MT); presidiu a OSIB regional e coordenou o Serviço de Animação Vocacional (SAV) do regional Oeste 2 da CNBB (1999). Foi professor do Studium Eclesiástico Dom Aquino Correa (Sedac).

Em 2006, deixou a reitoria do seminário maior em Várzea Grande e assumiu como pároco a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Rondonópolis, desempenhando também a coordenação diocesana de pastoral e a assessoria às diversas pastorais, movimentos e serviços.

No dia 4 de março de 2009, foi nomeado pelo papa Bento XVI, bispo da diocese de Tocantinópolis (TO). Foi ordenado para o episcopado pela imposição das mãos de dom Juventino Kestering, no dia 8 de maio daquele ano, com o lema: “Cuidarei do rebanho de Deus a mim confiado” (Ez 34,11).

Dom Giovane foi bispo referencial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), no Regional Norte 3 da CNBB, e membro da Comissão Episcopal para o Laicato, entre 2015 e 2019, sendo o responsável pelo acompanhamento do Setor CEBs em âmbito nacional.

Fortalecimento do Laicato na Igreja no Brasil

Em 7 de maio de 2019, durante a 57ª Assembleia Geral da CNBB, dom Giovane foi eleito presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB.  Na Comissão, contribuiu na elaboração dos Parâmetros Básicos para a Formação do Laicato, publicado na Coleção Sal e Luz, nº 4, da Edições CNBB.

O bispo também é responsável pela criação e consolidação do Grupo de Trabalho (GT) das Expressões Carismáticas Católicas e Laicais no Brasil, aprovado na reunião do Conselho Permanente da  CNBB, em 17 de junho de 2021.

Dom Giovani foi nomeado e tomou posse como primeiro bispo da diocese de Araguaína (TO), criada em 31 de janeiro de 2023 e instalada, canonicamente, no último 15 de abril, durante a missa solene na catedral provisória de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Araguaína.

Eleito presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada , dom Ângelo Ademir Mezzari

 


Foi eleito nesta quarta-feira, 26 de abril, durante a 60ª Assembleia Geral da CNBB, realizada em Aparecida (SP), o novo presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Trata-se do bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP), dom Ângelo Ademir Mezzari.  

Em resposta à pergunta se aceita a missão confiada pelo episcopado brasileiro, feita pelo segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Mário Antonio da Silva, dom Ângelo respondeu:

“Eu quero agradecer a confiança da Assembleia da CNBB. Eu sou um bispo da pandemia, e sou um bispo das assembleias virtuais. Essa é a primeira assembleia presencial, já que ano passado eu estava no curso para novos bispos. Conhecendo a caminhada e tendo participado bastante, sobretudo nesses organismos, eu hoje, também por fidelidade ao meu carisma como rogacionista, no Ano Vocacioal e nessa mensagem tão bonita do Papa, ‘Vocação, graça e missão’, eu me coloco à disposição e aceito essa nova missão”, disse.

Biografia 

Nascido em Sanga do Engenho, município de Nova Veneza, atualmente Forquilhinha (SC), em 2 de abril de 1957, dom Ângelo ingressou no Seminário Rogacionista Pio XII, em Criciúma (SC), em fevereiro de 1969, onde completou Ensino Fundamental e Médio. Em 1976, fez um ano obrigatório de serviço militar em Tubarão (SC) e Joinville (SC). Fez o noviciado canônico em Bauru (SP), em 1980, e emitiu a primeira profissão religiosa, no dia 31 de janeiro de 1981. Professou os votos perpétuos na Congregação no dia 29 de janeiro de 1984, em Criciúma. 

Fez os estudos para licenciatura em Filosofia (1977-1978) na Faculdade Nossa Senhora Medianeira, em São Paulo, e para o bacharelado em Teologia (1981-1984) no Instituto Teológico Pio XI, também na capital paulista. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 22 de dezembro de 1984, na sua terra natal.  


Após a ordenação sacerdotal, continuou seus estudos, obteve o bacharelado em Comunicação Social e Jornalismo na Universidade Federal do Paraná (1986-1989). Em 2003, obteve o Mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, com uma tese sobre “Revelação e Comunicação”. 

Na Congregação Rogacionista, dom Ângelo foi formador nos seminários de Filosofia e Teologia (1985-1998), atuou na pastoral vocacional, na assistência social, na educação e comunicação. Foi, ainda,  diretor e redator da Revista Rogate de Animação Vocacional e diretor presidente do Instituto de Pastoral Vocacional (IPV). Foi conselheiro da Província Rogacionista São Lucas (Brasil, Argentina e Paraguai) por três mandatos (1989-1998), superior provincial por dois mandatos (2002-2010) e superior geral por seis anos, em Roma (2010 a 2016). 


Na Igreja do Brasil, colaborou principalmente no âmbito da pastoral vocacional, em particular, junto à atual Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, entre 1990 e 2010. Participou ativamente da realização dos congressos vocacionais do Brasil. Também exerceu os cargos de diretor tesoureiro da União Cristã Brasileira de Comunicação (UCBC) entre 1983 e 1988, e foi Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (COMAS), em São Paulo, de 2000-2002. 


Em 8 de julho de 2020, foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo. Foi ordenado no dia 19 de setembro do mesmo ano e acolhido no dia 4 de outubro. Ele é responsável pela Região Episcopal Ipiranga. 

A Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada 

A Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada (CMOVC) tem como objetivo despertar, discernir, cultivar, animar, promover e acompanhar as Vocações, os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Igreja no Brasil. 

Sua missão é oferecer aos batizados, condições para a vivência da sua vocação específica através da do Serviço de Animação Vocacional-Pastoral Vocacional (SAV-PV), bem como acompanhar a formação para o Ministério Ordenado, por meio da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB). 


 

O novo presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB é Dom Hernaldo Pinto Farias


Dom Hernaldo fala à 60ª AG CNBB | Victória Holzbach/CNBB Sul 3

 A 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegeu nesta quarta-feira, 26 de abril, o novo presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB. Dom Hernaldo Pinto Farias, bispo de Bonfim (BA), foi o escolhido para conduzir os assuntos de Liturgia no quadriênio (2023-2026).

Ele já atuou como consultor da Comissão, durante o processo de tradução da Terceira Edição do Missal Romano. “Por acreditar numa liturgia que nasceu do Concílio Vaticano II, eu aceito!” disse em resposta à pergunta “se aceita a missão”, feita pelo presidente da CNBB, dom Walmor Azevedo de Oliveira. 

 Biografia e trajetória eclesial

Dom Hernaldo Pinto Farias nasceu em 24 de junho de 1964, em Vitória da Conquista (BA). Completou seus estudos em Filosofia nas Faculdades Associadas do Ipiranga e no Instituto Teológico São Paulo (ITESP), ambos em São Paulo. Obteve a Licenciatura em Teologia Dogmática com especialização em Liturgia na Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Em seguida, obteve a Licença e o Doutorado em Liturgia Sagrada no Pontifício Ateneo Sant’Anselmo, em Roma. 

Religioso da Congregação do Santíssimo Sacramento, fez sua profissão religiosa em 25 de janeiro de 1988. Em 18 de julho de 1992, recebeu a ordenação sacerdotal. Durante o seu ministério sacerdotal, foi vigário paroquial nas seguintes paróquias: Santa Ifigênia, em São Paulo (SP); São Benedito, em Fortaleza (CE), Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Belo Horizonte (MG); Santuário da Adoração, em Sete Lagoas (MG); e Coração Eucarístico de Jesus, em Caratinga (MG). 

Na Congregação, ocupou os cargos de formador; ecônomo provincial; conselheiro provincial; superior provincial da Província de Nossa Senhora de Guadalupe, que compreende as comunidades Sacramentinas presentes no Brasil, Argentina e Chile; membro do Centro Eucarístico de Roma; e membro da Comissão de Finanças internacional da Congregação, com sede em Roma. 

No campo acadêmico, foi professor de liturgia em várias faculdades, institutos, seminários e centros de formação; professor dos cursos de formação litúrgica da Conferência dos Religiosos no Brasil (CRB) e em várias dioceses e paróquias do Brasil; coordenador do Centro Litúrgico Dom Clemente Isnard, em São Paulo. Também foi membro do Diretório da Associação dos Liturgistas no Brasil (ASLI) e consultor da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Episcopal do Brasil entre 2011 e 2013. 

Foi nomeado bispo para a diocese de Bonfim em 17 de julho de 2019. A ordenação foi em 15 de setembro, sendo ordenante principal o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo. Dom Hernaldo tomou posse na diocese de Bonfim em 6 de outubro do mesmo ano.  No Regional Nordeste 3 da CNBB, é bispo referencial das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) e da Pastoral da Criança.  

Sobre a Comissão para a Liturgia 

A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem por atribuição promover, fortalecer e acompanhar a vida litúrgica da Igreja no Brasil e o seu processo de renovação e inculturação, à luz do Concílio Vaticano II. É ela a responsável por incentivar a formação e a organização da pastoral litúrgica nas dioceses através dos regionais da entidade, bem como a elaborar subsídios para a animação da vida litúrgica, referentes à pastoral, à música e ao espaço litúrgico.  

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