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02/12/2022

“Vocação: graça e missão” - 3º Ano Vocacional no Brasil

 

O 3º Ano Vocacional comemora os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no Brasil. É celebrado de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023.

O que se pretende

O objetivo principal é “promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus”.

Inspirado no Documento Final do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” o tema do Ano Vocacional 2023 é “Vocação: Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33).

O tema se fundamenta na afirmação de que “a vocação aparece realmente como um dom de graça e de aliança, como o mais belo e precioso segredo de nossa liberdade”, conforme o nº 78, do Documento Final.

Já o texto bíblico iluminador “Jesus chamou e enviou os que ele mesmo quis” (cf. Mc 3, 13-19) ajuda a aprofundar que a origem, o centro e a meta de toda a vocação e missão é a pessoa de Jesus Cristo. Ouvindo o seu chamado, o seguimos, avançando para águas profundas na intimidade com Deus. Podemos, com sua graça, ir em missão, com o coração ardendo de amor por Jesus, colocar os pés a caminho e trabalhar com ardor incansável a exemplo dos discípulos de Emaús e dos apóstolos, para que o reino de Deus aconteça.

Entrevista com Dom Salm


O bispo de Novo Hamburgo (RS) e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom João Francisco Salm, afirma que: “O 3º Ano Vocacional não é uma campanha, mas evangelização com o espírito da iniciação a vida cristã”. Entrevista com Dom Salm, feita pelo padre Luiz Miguel Modino, assessor de comunicação do regional Norte 1 da CNBB pode ser lida, na íntegra, em Ano Vocacional no Brasil

I Experiência Vocacional-Missionária Nacional "Pés a caminho"

Teve início na quinta-feira, 05 de janeiro, e segue até o dia 17, a I Experiência Vocacional-Missionária Nacional “Pés a caminho”. A atividade missionária acontece na Arquidiocese de Manaus, Amazonas, com a participação de mais de 300 pessoas, entre seminaristas, formadores, bispos, religiosas e jovens vinculados à Juventude Missionária dos 19 regionais da Igreja do Brasil. A iniciativa envolve diversos organismos eclesiais (Pontifícias Obras Missionárias, Pontifícia União Missionária, Juventude Missionária, Conselhos Missionários de Seminaristas, Organização dos Seminários do Brasil) e se insere dentro da dinâmica do 3º Ano Vocacional do Brasil.

O projeto tem como objetivo geral: “oferecer aos participantes a oportunidade de perceber e assumir, na prática, que a experiência missionária, além de ser elemento do processo de crescimento humano e espiritual, é também um valioso e indispensável meio para a formação da mentalidade e do coração missionários do seguidor de Jesus Cristo”.

Após a acolhida, no final da tarde da quinta-feira, 05 de janeiro, o dia seguinte foi dedicado à espiritualidade e à formação, sendo concluído com a convivência e partilha das realidades. A experiência missionária acontece nas comunidades das áreas missionárias, em meio à realidade ribeirinha e de periferia e também em comunidades eclesiais com outro dinamismo, como o protagonismo do laicato, entre os dias 08 e 14 de janeiro. Os dias 15 e 16 serão para a avaliação e retorno ao seminário que acolhe os missionários. O final da manhã do dia 17, será dedicado à conclusão da I Experiência Vocacional-Missionária Nacional “Pés a caminho”.

Subsídios para o  3º Ano Vocacional



Diversos subsídios foram produzidos para a animação deste ano: texto-base, diversos artigos, uma logo, spots, a oração, o cartaz, o hino, o site que pode ser acessado em  https://anovocacional.cnbb.org.br/

O 3º Ano Vocacional pode ser acompanhado também pelo facebook   e,  pelo instagram /anovocacional/.




Oração do ano vocacional 2023

Senhor Jesus, enviado do Pai e Ungido do Espírito Santo,

que fazeis os corações arderem e os pés se colocarem a caminho,

ajudai-nos a discernir a graça do vosso chamado e a urgência da missão.

Continuai a encantar as famílias, crianças, adolescentes, jovens e adultos,

para que sejam capazes de sonhar e se entregar, com generosidade e vigor,

a serviço do Reino, em vossa Igreja e no mundo.

Despertai as novas gerações para a vocação aos ministérios leigos,

ao Matrimônio, à Vida Consagrada e aos Ministérios Ordenados.

Maria, Mãe, Mestra e Discípula Missionária,

ensinai-nos a ouvir o Evangelho da Vocação e a responder com alegria.

Amém!

 

29/11/2022

Dom Valdir José de Castro,ssp, é ordenado bispo e toma posse na Diocese de Campo Limpo

Na tarde do sábado, 26 de novembro de 2022, Dom Valdir José de Castro, SSP, recebeu a ordenação episcopal e tomou posse como 3º Bispo da Diocese de Campo Limpo, em missa na Catedral Santuário Sagrada Família, na zona Sul da capital paulista.  


TUDO POR CAUSA DO EVANGELHO

Em seu primeiro pronunciamento como bispo, Dom Valdir rendeu graças a Deus pelo chamado ao serviço episcopal. “Agradeço ao Supremo Pastor, que, não obstante às minhas limitações, me chamou ao ministério episcopal. A Ele eu louvo e rendo ação de graças”, disse. 

Em seguida, Dom Valdir agradeceu a Dom Odilo, aos coordenantes, aos outros bispos presentes, ao clero, membros da Família Paulina, familiares, amigos de perto e longe e ao povo da diocese, que ocupou cada espaço disponível da Catedral. “É bonito quando uma celebração busca unir a Igreja para a gente caminhar junto, fazendo da nossa vida uma grande celebração como diocese.”




Dom Valdir José de Castro é ordenado bispo e toma posse na Diocese de Campo Limpo

E, falando sobre o lema escolhido para seu episcopado – “Omia propter Evangelium (Faço tudo pelo Evangelho)” –, o Bispo explicou sua inspiração: “O Evangelho é, antes de tudo, Jesus, e, na linha e nos passos do apóstolo Paulo e de tantos santos e santas, quero fazer esse caminho de viver e anunciar o Evangelho”. 

Esse lema também está gravado em seu báculo pastoral, entalhado na madeira abaixo das imagens do apóstolo São Paulo, que tem o livro dos Evangelhos em uma das mãos, enquanto a outra segura a mão de Jesus, o Divino Mestre, referenciais da espiritualidade paulina. 

Sem deixar de falar sobre sinodalidade e a comunicação, o novo bispo deu as diretrizes de seu pastoreio: 

  • “É preciso fazer o caminho sinodal de caminhar juntos na missão de evangelizar, valorizando o caminho da comunicação. Não existe caminho sinodal sem comunicação, com o Espírito e entre nós. Precisamos ser ‘artesãos de comunhão’, que cada um de nós possa dar a sua parte, viver a unidade na diversidade.” 

Andrea Rodrigues

Especial para O SÃO PAULO 

27/03/2022

MOMENTO EXTRAORDINÁRIO DE ORAÇÃO EM TEMPO DE EPIDEMIA (Papa Francisco)



MOMENTO EXTRAORDINÁRIO DE ORAÇÃO

EM TEMPO DE EPIDEMIA


PPRESIDIDO PELO PAPA FRANCISCO

Adro da Basílica de São Pedro  

Sexta-feira, 27 de março de 2022

«Ao entardecer…» (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho, que ouvimos. Desde há semanas que parece o entardecer, parece cair a noite. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados «vamos perecer» (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos.

Rever-nos nesta narrativa, é fácil; difícil é entender o comportamento de Jesus. Enquanto os discípulos naturalmente se sentem alarmados e desesperados, Ele está na popa, na parte do barco que se afunda primeiro... E que faz? Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus a dormir). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).

Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N’Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De facto, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados.

A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.

Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Senhor, lanças-nos um apelo, um apelo à fé. Esta não é tanto acreditar que Tu existes, como sobretudo vir a Ti e fiar-se de Ti. Nesta Quaresma, ressoa o teu apelo urgente: «Convertei-vos…». «Convertei-Vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12). Chamas-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo: o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida. É a força operante do Espírito derramada e plasmada em entregas corajosas e generosas. É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras.

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» O início da fé é reconhecer-se necessitado de salvação. Não somos autossuficientes, sozinhos afundamos: precisamos do Senhor como os antigos navegadores, das estrelas. Convidemos Jesus a subir para o barco da nossa vida. Confiemos-Lhe os nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos – como os discípulos – que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins. Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais.

O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar. O Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor. No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. Da sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, reconhecer e incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42, 3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança.

Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de omnipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. Significa encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade. Na sua cruz, fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança.

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Queridos irmãos e irmãs, deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de vos confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus. Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetir-nos: «Não tenhais medo!» (Mt 14, 27). E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós» (cf. 1 Pd 5, 7).


11/02/2022

Ciranda da Comunicação 2022

 

PROGRAMAÇÃO






CIRANDA DA COMUNICAÇÃO 2022

Lives sobre o tema do Dia das Comunicações: 

ESCUTAI e 

os 12 desafios da Assembleia Eclesial




JANEIRO – Dia 24 - segunda-feira – 11h

ESCUTAR a Mensagem do Papa Francisco e promover um encontro pessoal com Jesus Cristo encarnado na realidade do continente (Desafio 11).

Mediadora: Edla Lula

(61)9991-5946

Convidado: Silvonei José, do Vatican News

+39 328 364 5762

Participação: Ir. Maria Inês Vieira Ribeiro, mad, presidente da CRB

(61)8451-0248

Antonio Cardoso – compositor e intérprete da música-tema da Ciranda deste ano.

(14)98149-4492

 

FEVEREIRO – Dia 24 -  quinta-feira – 20h

ESCUTAR,  reconhecer e valorizar o papel dos jovens na comunidade eclesial e na sociedade como agentes de transformação (Desafio 1).

Mediação: Ir. Maristela Ganassini

(55)9727-0388

Convidada: Verônica Michele Gonçalves, secretária nacional da PJ

 (89)9414-3421


MARÇO – Dia 24 -  quinta-feira – 20h

ESCUTAR e Acompanhar as vítimas de injustiças sociais e eclesiais com processos de reconhecimento e reparação.(Desafio 2). Ouvir o grito dos pobres, excluídos e descartados. (Desafio 7)

Mediação: Edla Lula

(61)9991-5946

Convidado: Henrique Peregrino, comunidade da Trindade, em Salvador (BA), 15 anos da revista Aurora da Rua. Elias

(71)8829-4935

 

ABRIL – dia 24 – domingo – 20h

ESCUTAR e promover a participação ativa das mulheres em ministérios, órgãos governamentais, discernimento e tomada de decisões eclesiais. (Desafio 3)

Mediação: Edla Lula

(61)9991-5946

Convidadas:  GISA Maia

(71)9266-2702

 

MAIO

Participação na Semana da Comunicação da PASCOM

ESCUTAI as pessoas que vivem a sinodalidade, nas Igrejas

 

JUNHO – Dia 24 – Sexta-feira – 20h

ESCUTAI os leigos em espaços de transformação social, cultural, política e  eclesial

Mediação: Ir. Helena Corazza,fsp

(11)999232-5012

Convidado: Daniel Seidel – Comissão Brasileira de Justiça e Paz

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AGOSTO – dia 24 – Quarta-feira – 20h

ESCUTAI  e Reformar os itinerários formativos dos seminários, incluindo temas como ecologia integral, povos nativos, inculturação e interculturalidade e pensamento social da Igreja. (Desafios, 8).

Mediação: Ir. Clotilde Azevedo, ap

(61)8122-1366

Convidado: Frei Tailer Douglas Ferreira, osa

(31)9397-2199

 

SETEMBRO – Dia 24 – Sábado – 20h

ESCUTAI Jesus Cristo encarnado na realidade do continente, nos pobres, excluídos, descartados, invisíveis.

Mediação: Bira, sj

(61)8117-2400

Maria Lúcia Fattorelli, CBJP, Brasília

(61) 8187-1477

marialuciafattorelli@gmail.com

contato@auditoriacidada.org.br 

E SITE: https://auditoriacidada.org.br

 

OUTUBRO – Dia 24 – segunda-feira – 20h

ESCUTAI a ecologia integral em nossas comunidades a partir dos quatro sonhos da Querida Amazônia; os povos nativos e afrodescendentes na defesa da vida, da terra e das culturas.

Mediação: Ir. Cristiane Melo, fsp

(11)99217-0716

Sugestão: Afonso Murad, fms

(31)9139-6273

 

NOVEMBRO – Dia 24 – quinta-feira – 20h

ESCUTAI as comunidades eclesiais sobre a conversão pastoral

Mediação: Alessandro Gomes (Signis Brasil) – São Romero, Patrono da Signis

presidencia@signis.com.br

(27)99644-8070

 

Convidado: Frei Luiz Carlos Susin

51 9974-2391

 

 

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MEDIADORES/AS

Ir. Cristiane  Melo,fsp

Ir. Maristela Ganassini

Ir. Helena Corazza,fsp

Edla Lula

Bira,sj

Júnior

Ir. Neusa Santos

Alessandro Gomes (Signis Brasil) – São Romero, Patrono da Signis

presidencia@signis.com.br

 

28/01/2022

56º Dia Mundial das Comunicações Sociais - Mensagem do Papa Francisco

  Escutar com o ouvido do coração


Queridos irmãos e irmãs!

No ano passado, refletimos sobre a necessidade de «ir e ver» para descobrir a realidade e poder narrá-la a partir da experiência dos acontecimentos e do encontro com as pessoas. Continuando nesta linha, quero agora fixar a atenção noutro verbo, «escutar», que é decisivo na gramática da comunicação e condição para um autêntico diálogo.

Com efeito, estamos perdendo a capacidade de ouvir a pessoa que temos à nossa frente, tanto na teia normal das relações quotidianas como nos debates sobre os assuntos mais importantes da convivência civil. Ao mesmo tempo, a escuta experimenta um novo e importante desenvolvimento em campo comunicativo e informativo, através das várias ofertas de podcast e chat audio, confirmando que a escuta continua essencial para a comunicação humana.

A um médico ilustre, habituado a cuidar das feridas da alma, foi-lhe perguntada qual era a maior necessidade dos seres humanos. Respondeu: «O desejo ilimitado de ser ouvidos». Apesar de frequentemente oculto, é um desejo que interpela toda a pessoa chamada a ser educadora, formadora, ou que desempenhe de algum modo o papel de comunicador: os pais e os professores, os pastores e os agentes pastorais, os operadores da informação e quantos prestam um serviço social ou político.

Escutar com o ouvido do coração

A partir das páginas bíblicas aprendemos que a escuta não significa apenas uma percepção acústica, mas está essencialmente ligada à relação dialogal entre Deus e a humanidade. O «shema’ Israel – escuta, Israel» (Dt 6, 4) – as palavras iniciais do primeiro mandamento do Decálogo – é continuamente lembrado na Bíblia, a ponto de São Paulo afirmar que «a fé vem da escuta» (Rm 10, 17). De fato, a iniciativa é de Deus, que nos fala, e a ela correspondemos escutando-O; e mesmo este escutar fundamentalmente provém da sua graça, como acontece com o recém-nascido que responde ao olhar e à voz da mãe e do pai. Entre os cinco sentidos, parece que Deus privilegia precisamente o ouvido, talvez por ser menos invasivo, mais discreto do que a vista, deixando consequentemente mais livre o ser humano.

A escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. Ela permite a Deus revelar-Se como Aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor. Deus ama o homem: por isso lhe dirige a Palavra, por isso «inclina o ouvido» para o escutar.

O homem, ao contrário, tende a fugir da relação, a virar as costas e «fechar os ouvidos» para não ter de escutar. Esta recusa de ouvir acaba muitas vezes por se transformar em agressividade sobre o outro, como aconteceu com os ouvintes do diácono Estêvão que, tapando os ouvidos, atiraram-se todos juntos contra ele (cf. At 7, 57).

Assim temos, por um lado, Deus que sempre Se revela comunicando-Se livremente, e, por outro, o homem, a quem é pedido para sintonizar-se, colocar-se à escuta. O Senhor chama explicitamente o homem a uma aliança de amor, para que possa tornar-se plenamente aquilo que é: imagem e semelhança de Deus na sua capacidade de ouvir, acolher, dar espaço ao outro. No fundo, a escuta é uma dimensão do amor.

Por isso Jesus convida os seus discípulos a verificar a qualidade da sua escuta. «Vede, pois, como ouvis» (Lc 8, 18): faz-lhes esta exortação depois de ter contado a parábola do semeador, sugerindo assim que não basta ouvir, é preciso fazê-lo bem. Só quem acolhe a Palavra com o coração «bom e virtuoso» e a guarda fielmente é que produz frutos de vida e salvação (cf. Lc 8, 15). Só prestando atenção a quem ouvimos, àquilo que ouvimos e ao modo como ouvimos é que podemos crescer na arte de comunicar, cujo cerne não é uma teoria nem uma técnica, mas a «capacidade do coração que torna possível a proximidade» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 171).

Ouvidos, todos temos; mas muitas vezes mesmo quem possui um ouvido perfeito, não consegue escutar o outro. Pois existe uma surdez interior, pior do que a física. De fato, a escuta não tem a ver apenas com o sentido do ouvido, mas com a pessoa toda. A verdadeira sede da escuta é o coração. O rei Salomão, apesar de ainda muito jovem, demonstrou-se sábio ao pedir ao Senhor que lhe concedesse «um coração que escuta» ( 1 Rs 3, 9). E Santo Agostinho convidava a escutar com o coração (corde audire), a acolher as palavras, não exteriormente nos ouvidos, mas espiritualmente nos corações: «Não tenhais o coração nos ouvidos, mas os ouvidos no coração» [1]. E São Francisco de Assis exortava os seus irmãos a «inclinar o ouvido do coração» [2].

Por isso, a primeira escuta a reaver quando se procura uma comunicação verdadeira é a escuta de si mesmo, das próprias exigências mais autênticas, inscritas no íntimo de cada pessoa. E não se pode recomeçar senão escutando aquilo que nos torna únicos na criação: o desejo de estar em relação com os outros e com o Outro. Não fomos feitos para viver como átomos, mas juntos.

A escuta como condição da boa comunicação

Há um uso do ouvido que não é verdadeira escuta, mas o contrário: o espionar. De fato, uma tentação sempre presente, mas que neste tempo da social web parece mais assanhada, é a de procurar saber e espiar, instrumentalizando os outros para os nossos interesses. Ao contrário, aquilo que torna boa e plenamente humana a comunicação é precisamente a escuta de quem está à nossa frente, face a face, a escuta do outro abeirando-nos dele com abertura leal, confiante e honesta.

Esta falta de escuta, que tantas vezes experimentamos na vida quotidiana, é real também, infelizmente, na vida pública, onde com frequência, em vez de escutar, «se fala pelos cotovelos». Isto é sintoma de que se procura mais o consenso do que a verdade e o bem; presta-se mais atenção à audiência do que à escuta. Ao invés, a boa comunicação não procura prender a atenção do público com a piada sem valor visando ridicularizar o interlocutor, mas presta atenção às razões do outro e procura fazer compreender a complexidade da realidade. É triste quando surgem, mesmo na Igreja, partidos ideológicos, desaparecendo a escuta para dar lugar a estéreis contraposições.

Na realidade, em muitos diálogos, efetivamente não comunicamos; estamos simplesmente à espera que o outro acabe de falar para impor o nosso ponto de vista. Nestas situações, como observa o filósofo Abraham Kaplan [3], o diálogo não passa de duologo, ou seja um monólogo a duas vozes. Ao contrário, na verdadeira comunicação, o eu e o tu encontram-se ambos «em saída», tendendo um para o outro.

Portanto, a escuta é o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação. Não se comunica se primeiro não se escutou, nem se faz bom jornalismo sem a capacidade de escutar. Para fornecer uma informação sólida, equilibrada e completa, é necessário ter escutado longamente. Para narrar um acontecimento ou descrever uma realidade numa reportagem, é essencial ter sabido escutar, prontos mesmo a mudar de ideia, a modificar as próprias hipóteses iniciais.

Com efeito, só se sairmos do monólogo é que podemos chegar àquela concordância de vozes que é garantia duma verdadeira comunicação. Ouvir várias fontes, «não parar na primeira » – como ensinam os especialistas do oficio – garante credibilidade e seriedade à informação que transmitimos. Escutar várias vozes, ouvir-se – inclusive na Igreja – entre irmãos e irmãs, permite-nos exercitar a arte do discernimento, que se apresenta sempre como a capacidade de se orientar numa sinfonia de vozes.

Entretanto para quê enfrentar este esforço da escuta? Um grande diplomata da Santa Sé, o cardeal Agostinho Casaroli, falava de «martírio da paciência», necessário para escutar e fazer-se escutar nas negociações com os interlocutores mais difíceis a fim de se obter o maior bem possível em condições de liberdade limitada. Mas, mesmo em situações menos difíceis, a escuta requer sempre a virtude da paciência, juntamente com a capacidade de se deixar surpreender pela verdade – mesmo que fosse apenas um fragmento de verdade – na pessoa que estamos a escutar. Só o espanto permite o conhecimento. Penso na curiosidade infinita da criança que olha para o mundo em redor com os olhos arregalados. Escutar com este estado de espírito – o espanto da criança na consciência dum adulto – é sempre um enriquecimento, pois haverá sempre qualquer coisa, por mínima que seja, que poderei aprender do outro e fazer frutificar na minha vida.

A capacidade de escutar a sociedade é ainda mais preciosa neste tempo ferido pela longa pandemia. A grande desconfiança que anteriormente se foi acumulando relativamente à «informação oficial», causou também uma espécie de «info-demia» dentro da qual é cada vez mais difícil tornar credível e transparente o mundo da informação. É preciso inclinar o ouvido e escutar em profundidade, sobretudo o mal-estar social agravado pelo abrandamento ou cessação de muitas atividades econômicas.

A própria realidade das migrações forçadas é uma problemática complexa, e ninguém tem pronta a receita para a resolver. Repito que, para superar os preconceitos acerca dos migrantes e amolecer a dureza dos nossos corações, seria preciso tentar ouvir as suas histórias. Dar um nome e uma história a cada um deles. Há muitos bons jornalistas que já o fazem; e muitos outros gostariam de o fazer, se pudessem. Encorajemo-los! Escutemos estas histórias! Depois cada qual será livre para sustentar as políticas de migração que considerar mais apropriadas para o próprio país. Mas então teremos diante dos olhos, não números nem invasores perigosos, mas rostos e histórias de pessoas concretas, olhares, expectativas, sofrimentos de homens e mulheres para ouvir.

Escutar-se na Igreja

Também na Igreja há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos. É o dom mais precioso e profícuo que podemos oferecer uns aos outros. Nós, cristãos, esquecemo-nos de que o serviço da escuta nos foi confiado por Aquele que é o ouvinte por excelência e em cuja obra somos chamados a participar. «Devemos escutar através do ouvido de Deus, se queremos poder falar através da sua Palavra» [4]. Assim nos lembra o teólogo protestante Dietrich Bonhöffer que o primeiro serviço na comunhão que devemos aos outros é prestar-lhes ouvidos. Quem não sabe escutar o irmão, bem depressa deixará de ser capaz de escutar o próprio Deus [5].

Na ação pastoral, a obra mais importante é o «apostolado do ouvido». Devemos escutar, antes de falar, como exorta o apóstolo Tiago: «cada um seja pronto para ouvir, lento para falar» (1, 19). Oferecer gratuitamente um pouco do próprio tempo para escutar as pessoas é o primeiro gesto de caridade.

Recentemente deu-se início a um processo sinodal. Rezemos para que seja uma grande ocasião de escuta recíproca. Com efeito, a comunhão não é o resultado de estratégias e programas, mas edifica-se na escuta mútua entre irmãos e irmãs. Como num coro, a unidade requer, não a uniformidade, a monotonia, mas a pluralidade e variedade das vozes, a polifonia. Ao mesmo tempo, cada voz do coro canta escutando as outras vozes na sua relação com a harmonia do conjunto. Esta harmonia é concebida pelo compositor, mas a sua realização depende da sinfonia de todas e cada uma das vozes.

Cientes de participar numa comunhão que nos precede e inclui, possamos descobrir uma Igreja sinfônica, na qual cada um é capaz de cantar com a própria voz, acolhendo como dom as dos outros, para manifestar a harmonia do conjunto que o Espírito Santo compõe.

Roma, São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2022.

Francisco

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