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17/03/2024

São Patrício - 17 de março

Oração de São Patrício

São Patrício:  Apóstolo da Irlanda; Taumaturgo

Nascimento Banwen (Inglaterra)

Morte 17 de março de 461 (74 anos), Down, Irlanda

Veneração por:

Igreja Católica

Igreja Anglicana

Igrejas Orientais

Principal templo Catedral de São Patrício (Nova Iorque).

Festa litúrgica 17 de março

Atribuições pregar o cristianismo na Irlanda; fundar a primeira diocese irlandesa; ser o primeiro a incetivar a confissão particular;

A pequena localidade galesa de Banwen (Grã-Bretanha) é frequentemente referida como seu lugar de nascimento, embora haja hipóteses sobre este fato.

Quando tinha dezesseis anos foi capturado e vendido como escravo para a Irlanda a piratas pagãos irlandeses, de onde escapou e retornou à casa de sua família seis anos mais tarde, iniciando então sua vida religiosa.

Posteriormente retornou à ilha de onde fugira para pregar o evangelho. Quando voltou para sua terra natal, Patrício sonhou com as crianças irlandesas implorando para que ele levasse a elas o evangelho: "Imploramos que você venha e caminhe entre nós uma vez mais." Como achava que não tinha a compreensão adequada da fé, Patrício voltou para a França a fim de estudar em um mosteiro. Por volta do ano 432, ele voltou à Irlanda.

Para explicar como a Santíssima Trindade era três e um ao mesmo tempo utilizava o trevo de três folhas, tornando-se parte da cultura Irlandesa. Foi incentivador do sacramento de confissão particular, tal como conhecemos hoje, visto que antes o mesmo era realizado de forma pública. Um século mais tarde essa prática se propagou na Europa.

A crença popular atribui a São Patrício o desaparecimento das cobras da ilha onde fica a Irlanda, sendo a razão de em algumas gravuras do santo ele aparecer esmagando esses animais com um cajado. Mas algumas evidências científicas sugerem que a Irlanda pós-Era Glacial não era habitada por serpentes, devido à posição geográfica.

Muito reverenciado nos Estados Unidos devido ao grande número de imigrantes irlandeses. Em Manhattan, Nova Iorque, há uma catedral com o seu nome, sede da arquidiocese da metrópole. No dia 17 de março há diversas comemorações na Irlanda e nos Estados Unidos, conhecidas como paradas de São Patrício, onde ocorrem festejos e desfiles em memória do santo, sendo essa a principal forma de afirmação do orgulho dos imigrantes e descendentes de irlandeses na América.

Há duas versões de cruzes associadas com São Patrício.

Uma é a cruz pátea



                    A Cruz Pátea tem o seu início num Ponto, o qual para além de representar a origem de tudo quanto existe, representa também a Força Criadora do Cosmos, a síntese de todos os possíveis tangíveis e intangíveis, o princípio de toda a Emanação Divina.

Sem o poder do Ponto, que trouxe a desordem para o Universo, a Natureza não teria conhecido a desarmonia, e por conseguinte, nunca se teria separado das leis prescritas pelo Eterno. Todavia, apesar da sua aparente desordem, quando a consideramos como sendo a câmara que gera e difunde universalmente a vida, percebemos quanto ela é maravilhosa em suas criações, e por isso estamos muito gratos a esse ponto divino que a gerou.

Neste princípio, tal como o Universo conhecido nasceu a partir do ponto, também a partir deste, onde a dualidade não se manifesta, começa também a ser traçada a Cruz Pátea, e tal como a manifestação divina se expande em todas as direcções do espaço, também os braços da Cruz Pátea o fazem, até encontrarem a limitação circular que lhe fora imposta pelo Compasso, símbolo do espírito e da precisão matemática, cujo testemunho simbólico é de que o Caos já se encontra ordenado e que o regresso da pluralidade à unidade é uma verdade latente e incontestável das leis universais.

Por outro lado, os “Quatro Braços Externos” da Cruz Pátea, a “cheio” e de cor vermelha,  representam o Mundo Material, a Obra Manifestada por excelência, que nas ciências herméticas é simbolizada pelos Quatro Elementos: Fogo, Ar, Terra e Água.

Em verdade, os “Quatro Braços Externos” da Cruz Pátea também advertem o Iniciado para a importância que têm as Quatro Virtudes Cardeais: Força, Justiça, Temperança e Prudência, no contacto que este estabelece com o mundo exterior, como também o adverte para a existência dos Quatro verbos Mágicos: Saber, Ousar, Querer e Calar. Pois será através destes princípios fundamentais que o Iniciado poderá transformar as suas ideias em manifestações materializadas. E tanto mais, que tendo os braços externos da Cruz Pátea origem no Centro, as Quatro Virtudes e os Quatro Verbos Mágicos representam também a forma que o Criador deu à Obra Manifestada. Pelo que o Iniciado ao desenvolver as Virtudes mencionadas a par com os Verbos Mágicos, poderá expressar na materialidade a Vontade Divina.

Por sua vez, os Braços Externos da Cruz Pátea dão lugar à formação de “Quatro Braços Internos”, formados pelo espaço “invisível”, não material e de trajecto contrário aos Braços Externos. Pelo que estes simbolizam o Mundo invisível e as manifestações não visíveis. Relembrando assim ao Iniciado, que o que imprime movimento ao mundo Criado é a Força e a Vontade do mundo não manifestado, pois é através do espaço representado pelos Braços Internos que os Braços Externos da Cruz Pátea adquirem a capacidade de se movimentarem. Pois, tal como estes, será a Força Interior do Iniciado que terá de se manifestar no exterior e não o seu contrário. Em verdade, o desenvolvimento interno conduz posteriormente a uma manifestação externa.

Os Quatro Braços Internos, ao contrário dos Quatro Braços Externos da Cruz Pátea, apontam, como setas, para o centro, representado pelo Ponto. Estas “setas” lembram ao Iniciado a efusão do Espírito Santo no Pentecostes e a caridade que reúne os graus do ser. Símbolo por excelência do homem novo.

Por outro lado, a soma dos Quatro Braços Externos (Mundo Externo) com os Quatro Braços Internos (Mundo Interno) conduz-nos ao Número Oito. O número que personifica a Unidade indispensável ao início de um novo ciclo. O Iniciado ao compreender e aplicar no seu desenvolvimento pessoal os segredos revelados pela Cruz Pátea, sentirá a necessidade de procurar o seu Centro, a sua Matriz criadora. E, ao encontrar este Centro divino, ele dará inicio a uma nova vida, a um novo ciclo.

O Oito simboliza a encarnação do Espírito na Matéria, a ideia de Morte e Transformação encontra-se sempre nele presente. Claro que trata-se de uma Morte Mística, na qual o Iniciado morre para a sua velha natureza e renasce como um Novo Homem pronto a cumprir o seu Ministério, ou seja, de uma existência inconsciente e regida pela sua natureza inferior, o Iniciado passa a uma existência consciente regida pelo seu Eu Superior. Então, este Novo Homem perfeito passa a ser simbolizado pelo Ponto. Pois ele soube metamorfosear-se num Deus em potência e em acção. A partir desse momento o Iniciado poderá dar início à construção da sua própria Cruz Pátea. Partindo do Ponto, com o esquadro e o compasso traça o seu eixo e o Círculo limitador. Em suma, o Número Oito, o número templário por excelência simboliza a síntese dos ensinamentos da Cruz Pátea.

A outra é o sautor vermelho


A Bandeira de São Patrício (irlandês: Cros Phádraig) é uma bandeira da Irlanda que compõe a bandeira do Reino Unido. É um sautor gules (uma cruz em forma de X) num campo argent. Diz-se representar São Patrício, o santo padroeiro da Irlanda. Também é conhecida como a Cruz de São Patrício ou Sautor de São Patrício.O sautor foi originalmente o emblema da Ordem de São Patrício, fundada na Irlanda em 1783, porém, a cruz pátea é a mais antiga, datando a 1461.

No Brasil, o primeiro registro de Dia do São Patrício foi ocorrido em 17 de março de 1770 em uma igreja construída em homenagem ao santo por Lancelot Belfort (1708-1775). A igreja estava localizada em sua propriedade, conhecida como Kilrue, às margens do rio Itapecurú, em Maranhão, no norte do Brasil.



Rezo com São Patrício


Cristo guarde-me hoje,

Cristo comigo, 

Cristo à minha frente, 

Cristo atrás de mim,

Cristo em mim,

 Cristo abaixo de mim, 

Cristo acima de mim,

Cristo à minha direita, 

Cristo à minha esquerda,

Cristo quando durmo

Cristo quando me levanto,

Cristo no coração de todos 

os que pensarem em mim,

Cristo na boca de todos 

que falarem em mim,

Cristo em todos os olhos 

que me virem,

Cristo em todos os ouvidos 

que me ouvirem.

Levanto-me, 

Por uma grande força,

pela invocação da Trindade,

Pela fé na Trindade,

Pela afirmação da Unidade,

Pelo Criador da Criação.

Amém. 

 (São Patrício, 377-461)




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