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31/08/2025

Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação 2025




 

PAPA LEÃO XIV

PARA O X DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO

PELO CUIDADO DA CRIAÇÃO 2025


[1º de setembro de 2025]


Sementes de paz e esperança


Queridos irmãos e irmãs!

O tema para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação deste ano, escolhido pelo nosso amado Papa Francisco, é “Sementes de Paz e Esperança”. No décimo aniversário da instituição deste Dia de oração, que coincidiu com a publicação da Encíclica Laudato si’, encontramo-nos em pleno Jubileu, “peregrinos de Esperança”. E é precisamente neste contexto que o tema adquire todo o seu significado.

Na sua pregação, Jesus usa com frequência a imagem da semente para falar do Reino de Deus e, na véspera da Paixão, aplica-a a Si mesmo, comparando-Se ao grão de trigo, que deve morrer para dar fruto (cf. Jo 12, 24). A semente entrega-se inteiramente à terra e aí, com a força impetuosa do seu dom, a vida germina, mesmo nos lugares mais inesperados, numa surpreendente capacidade de gerar um futuro. Pensemos, por exemplo, nas flores que crescem à beira da estrada: ninguém as plantou, mas elas crescem graças às sementes que foram parar ali quase por acaso e conseguem decorar o cinzento do asfalto e até mesmo penetrar na sua dura superfície.

Assim, em Cristo, somos sementes. Não só isso, mas “sementes de Paz e Esperança”. Como diz o profeta Isaías, o Espírito de Deus é capaz de transformar o deserto árido e ressequido num jardim, num lugar de repouso e serenidade: «Uma vez mais virá sobre nós o espírito do alto. Então o deserto se converterá em pomar, e o pomar será como uma floresta. Na terra, agora deserta, habitará o direito, e a justiça no pomar. A paz será obra da justiça, e o fruto da justiça será a tranquilidade e a segurança para sempre. O povo de Deus repousará numa mansão serena, em moradas seguras e em lugares tranquilos» (Is 32, 15-18).

Estas palavras proféticas que, de 1º de setembro a 4 de outubro, acompanharão a iniciativa ecumênica do “Tempo da Criação”, afirmam com força que, junto à oração, são necessárias vontades e ações concretas que tornem perceptível esta “carícia de Deus” sobre o mundo (cf. Carta enc. Laudato si’, 84). Com efeito, a justiça e o direito parecem remediar a inospitalidade do deserto. Trata-se de um anúncio extraordinariamente atual. Em várias partes do mundo, já é evidente que a nossa terra está a cair na ruína. Por todo o lado, a injustiça, a violação do direito internacional e dos direitos dos povos, a desigualdade e a ganância provocam o desflorestamento, a poluição, a perda de biodiversidade. Os fenômenos naturais extremos, causados pelas alterações climáticas provocadas pelo homem, estão a aumentar de intensidade e frequência (cf. Exort. ap. Laudate Deum, 5), sem ter em conta os efeitos, a médio e longo prazo, da devastação humana e ecológica provocada pelos conflitos armados.

Parece ainda haver uma falta de consciência de que a destruição da natureza não afeta todos da mesma forma: espezinhar a justiça e a paz significa atingir principalmente os mais pobres, os marginalizados, os excluídos. A este respeito, o sofrimento das comunidades indígenas é emblemático.

E não basta: a própria natureza torna-se, por vezes, um instrumento de troca, uma mercadoria a negociar para obter ganhos econômicos ou políticos. Nestas dinâmicas, a criação transforma-se num campo de batalha pelo controle dos recursos vitais, como testemunham as zonas agrícolas e as florestas que se tornaram perigosas por causa das minas, a política da “terra queimada” [1] , os conflitos que eclodem em torno das fontes de água, a distribuição desigual das matérias-primas, penalizando as populações mais fracas e minando a própria estabilidade social.

Estas várias feridas devem-se ao pecado. Não era certamente isso que Deus tinha em mente quando confiou a Terra ao homem criado à sua imagem (cf. Gn 1, 24-29). A Bíblia não promove «o domínio despótico do ser humano sobre a criação» (Carta enc. Laudato si’, 200). Pelo contrário, «é importante ler os textos bíblicos no seu contexto, com uma justa hermenêutica, e lembrar que nos convidam a “cultivar e guardar” o jardim do mundo (cf. Gn 2, 15). Enquanto “cultivar” quer dizer lavrar ou trabalhar um terreno, “guardar” significa proteger, cuidar, preservar, velar. Isto implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a natureza» (ibid., 67).

A justiça ambiental - implicitamente anunciada pelos profetas - já não pode ser considerada um conceito abstrato ou um objetivo distante. Ela representa uma necessidade urgente que ultrapassa a mera proteção do ambiente. Trata-se verdadeiramente de uma questão de justiça social, econômica e antropológica. Para os que creem em Deus, além disso, é uma exigência teológica, que para os cristãos tem o rosto de Jesus Cristo, em quem tudo foi criado e redimido. Num mundo onde os mais frágeis são os primeiros a sofrer os efeitos devastadores das alterações climáticas, do desflorestamento e da poluição, cuidar da criação torna-se uma questão de fé e de humanidade.

Chegou verdadeiramente o tempo de dar seguimento às palavras com obras concretas. «Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã» (ibid., 217). Trabalhando com dedicação e ternura, muitas sementes de justiça podem germinar, contribuindo para a paz e a esperança. Por vezes, são precisos anos para que a árvore dê os primeiros frutos, anos que envolvem todo um ecossistema na continuidade, na fidelidade, na colaboração e no amor, sobretudo se este amor se tornar um espelho do Amor oblativo de Deus.

Entre as iniciativas da Igreja, que são como sementes lançadas neste campo, gostaria de recordar o projeto “Borgo Laudato si’”, que o Papa Francisco nos deixou como herança em Castel Gandolfo, uma semente que pode dar frutos de justiça e paz. Trata-se de um projeto de educação para a ecologia integral que visa ser um exemplo de como se pode viver, trabalhar e fazer comunidade aplicando os princípios da Encíclica Laudato si’.

Peço ao Todo-Poderoso que nos envie em abundância o seu «espírito do alto» (Is 32, 15), para que estas sementes e outras semelhantes possam dar frutos abundantes de paz e esperança.

A Encíclica Laudato si’ acompanha a Igreja Católica e muitas pessoas de boa vontade desde há dez anos: que ela continue a inspirar-nos, e que a ecologia integral seja cada vez mais escolhida e partilhada como caminho a seguir. Assim se multiplicarão as sementes de esperança, a serem “guardadas e cultivadas” com a graça da nossa grande e indefectível Esperança, Cristo Ressuscitado. Em seu nome, envio a todos vós a minha bênção.

Vaticano, 30 de junho de 2025, Memória dos Santos Protomártires da Igreja Romana.

LEÃO PP. XIV             

________________

[1] Cf. Pontifício Conselho Justiça e Paz, Terra e Pão, LEV 2015, 51-53

29/08/2025

Novos santos: Frassati e Acutis santos sem superpoder, símbolo de "normalidade"


Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, que serão canonizados juntos em 7 de setembro, foram o foco do painel "Novos Santos", realizado na quarta-feira, 27 de agosto, em Rimini, norte da Itália. 

Alguns aspectos destacados no painel: o santo não tem "superpoderes", mas "adere ao ideal para o qual foi criado". 

Na "normalidade", ele agita as coisas e é "uma reação ao marasmo geral".


 Ele sabe "aprofundar-se" na vida cotidiana, "aproveitando ao máximo" a própria existência, inclusive por meio do humor e da ironia. E talvez seja propriamente um santo a "salvar, em última análise, a sociedade".

24/07/2025

Chegou o Jubileu dos Jovens

                 

freepik
De 28 de julho a 3 de agosto com participantes de 146 países, acontece o Jubileu dos Jovens.  

No dia 29 de julho, terão início os Diálogos com a cidade: 70 eventos,  terça, quarta e quinta-feira, “terão lugar nas praças de Roma”. 

Dia 1º de agosto, será  a “jornada penitencial ” no Circo Massimo, com 200 sacerdotes se alternando sob grandes tendas. 

Dia 2 de agosto, a partir das 9h, em Tor Vergata,  várias bandas e artistas se apresentam, até às 20h30, quando inicia a Vigília com o Papa Leão XIV. Jovens farão perguntas ao Papa. 

O Dicastério para a Comunicação  fornecerá tradução e comentários em oito idiomas.                                                                                                                             

 Fonte: Vatican news , 23/07    Imagem: freepik

Vamos celebrar a Semana Nacional da Família

 


Um tempo especial para colocar a família no centro da missão da Igreja que teve início, em âmbito nacional, em 1992.

 

Imagem: freepik

De 10 a 16 de agosto celebramos a Semana Nacional da Família, em sintonia com o  Ano Jubilar, com o tema: “É tempo de Júbilo em nossa vida”, com o lema “Ora a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5)”.

 

O que é a Semana Nacional da Família?

A Semana Nacional da Família (SNF) é um momento forte no qual a Pastoral Familiar, em articulação com as demais pastorais, movimentos, serviços e a sociedade em geral, intensifica seus esforços no sentido de evangelizar a família na globalização de seus diversos aspectos e realidades. O momento é marcado por encontros, formações, momentos de oração e gestos concretos de evangelização.

 

Sugestões

A Pastoral Familiar oferece sugestões de ações que podem ser desenvolvidas para melhor aprofundamento das reflexões do Hora da Família e ter uma experiência evangelizadora de encontro com Cristo e valorização da família.

Comunhão

Seja na paróquia ou na Diocese, é fundamental que haja a articulação da Pastoral Familiar com as demais pastorais, movimentos, escolas e serviços. Isso para que a promoção da Semana Nacional da Família seja universal e participativa. Cada grupo pode contribuir com seu testemunho de Igreja e de unidade, juntando todos os que amam a família para somar esforços a fim de protegê-la e defendê-la.

 

Celebrações

O subsídio Hora da Família é um material fundamental para quem deseja rezar em e pela família. Nele são oferecidos os encontros para cada dia da Semana Nacional da Família e sugestões de celebrações. As indicações para bem viver este momento é que sejam incentivadas nas comunidades a realização de missa de abertura e encerramento da Semana, distribuição de orações e mensagens sobre a família. Realização de caminhadas com reza do terço nas ruas e momentos de reflexão nas residências das famílias também são importantes.

O subsídio Hora da Família 2025 pode ser adquirido pelo WhatsApp (61) 3443-2900.

 

Ato concreto

Uma ação interessante é marcar a presença da família na rotina da cidade por meio de uma carreata no momento de movimento do comércio, com carros de som e música da família ou uma caminhada paroquial em favor da família, com faixas e cartazes.

No contexto da Semana Nacional da Família, as comunidades poderão promover também ações caritativas em favor das famílias carentes como gesto concreto dos encontros do Hora da Família.

 

Divulgação

Os coordenadores paroquiais, diocesanos ou regionais da Pastoral Familiar podem se disponibilizar a atender jornalistas dos meios de comunicação impressos, do rádio, da televisão ou da internet. Além disso, é importante reforçar a campanha nas redes sociais. Não esqueça de marcar a Pastoral Familiar Nacional (@pastoralfamiliarcnbb) nas redes sociais para também compartilhar as programações e as iniciativas realizadas.

 

Pensando nisso, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) disponibilizou alguns arquivos (material gráfico), dicas de fontes e imagens da Semana Nacional da Família. Acesse aqui. Arquivos

 

Encerramento

Depois  do último encontro do Hora da Família, os grupos participantes podem se reunir para partilhar as experiências e bênçãos recebidas durante a realização de cada momento de oração em família. Este encerramento festivo da Semana da Família pode também um grande momento de evangelização.

 

Imagem: freepik


 




Leão XIV pede a Netanyahu cessar-fogo e fim da guerra

O Papa Leão XIV, recebeu em Castel Gandolfo um telefonema do primeiro-Ministro de Israel, Sr. Benjamin Netanyahu, após o ataque militar israelense de ontem contra a Igreja da Sagrada Família em Gaza, que resultou na morte de três pessoas e ferimentos em outras, algumas com gravidade.

Durante a conversa, o Santo Padre renovou seu apelo por um novo impulso nas negociações, por um cessar-fogo e pelo fim da guerra. Ele reiterou sua preocupação com a dramática situação humanitária da população de Gaza, cujo preço doloroso está sendo pago especialmente por crianças, idosos e doentes.

Leão reiterou a urgência de proteger os locais de culto e, acima de tudo, os fiéis e todas as pessoas na Palestina e em Israel.

10/07/2025

Diretoria e Conselho Fiscal da CRB Nacional - 2025-2028

 


A diretoria da Conferência, eleita no dia 10 de julho de 2025,  ficou assim constituída:

Irmão Heládio Firmino Rodrigues (Irmãos de Nossa Senhora de Lourdes – FNDL) – Psicólogo, atua na formação de lideranças e coordena sua congregação no Brasil.

Pe. Francisco Sydney de Macêdo Gonçalves (Salvatorianos) – Especialista em espiritualidade, com ampla experiência na formação e na gestão eclesial.

Ir. Eurides Alves de Oliveira (Irmãs do Imaculado Coração de Maria) – Cientista social, com destacada atuação nas CEBs, em redes de enfrentamento ao tráfico de pessoas e na educação popular.

Ir. Nilvete Soares Gomes (Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã) – Psicóloga, com experiência em formação, espiritualidade e atuação missionária em comunidades rurais.

Ir. Vera Maria Richter (Filhas do Sagrado Coração de Jesus) – Formadora e atual superiora provincial, com experiência na pastoral juvenil e vocacional.

Ir. Guaracema Siqueira Tupinambá (Congregação de Nossa Senhora – Cônegas de Santo Agostinho) – Assistente social, com forte inserção pastoral na Amazônia e nas pastorais sociais.


Conselho Fiscal

Pe. Didi Mathew (Missionários do Verbo Divino) – Doutor em Ciências Sociais, com atuação formativa e pastoral em diversas regiões do país, inclusive na Amazônia.

Irmão Antonio Benedito de Oliveira (Irmãos Maristas) – Educador e gestor, com experiências nacionais e internacionais na área da educação e liderança institucional.

Ir. Leonarda Veiga (Filhas de Maria Auxiliadora) – Mestre em Administração, com trajetória consolidada em gestão de recursos e formação juvenil.

Ir. Neuza Maria Delazari (Irmãs de São José de Chambéry) – Advogada e biblista, com atuação em núcleos da CRB e na formação pastoral.

Ir. Adriana do Carmo Costa (Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré) – Contadora e teóloga, com atuação junto às juventudes e na gestão financeira institucional.


Eleita Presidente da CRB Nacional, Ir Maria do Disterro Rocha Santos, fcim


Em  Assembleia, a CRB Nacional, em Brasília,  elegeu hoje, 10,  Ir. Maria do Disterro Rocha Santos , da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria – Irmãs Cordimarianas, como presidente para o triênio 2025-2028.

Mestre em Teologia Espiritual. Foi Superiora Geral de sua congregação por três mandatos, além de ter atuado como membro da Diretoria da CRB Nacional, da Coordenação da USGCB e atual  coordenadora da Regional da CRB, do Ceará.

Natural de Picos (PI), Ir. Maria do Disterro tem 65 anos e um extenso histórico de serviço à Vida Religiosa. Integra a Comunidade Dirigente do Colégio Nossa Senhora das Graças, em Fortaleza, e atua como assessora de espiritualidade. Sua eleição representa a força da escuta atenta aos clamores dos mais necessitados e da mística do cuidado, tão necessárias à missão da CRB neste novo ciclo.

Em  Assembleia, a CRB Nacional, em Brasília,  elegeu hoje, 10,  Ir. Maria do Disterro Rocha Santos, da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria – Irmãs Cordimarianas, como presidente para o triênio 2025-2028.

Mestre em Teologia Espiritual. Foi Superiora Geral de sua congregação por três mandatos, além de ter atuado como membro da Diretoria da CRB Nacional, da Coordenação da USGCB e atual  coordenadora da Regional da CRB, do Ceará.

Natural de Picos (PI), Ir. Maria do Disterro tem 65 anos e um extenso histórico de serviço à Vida Religiosa. Integra a Comunidade Dirigente do Colégio Nossa Senhora das Graças, em Fortaleza, e atua como assessora de espiritualidade. Sua eleição representa a força da escuta atenta aos clamores dos mais necessitados e da mística do cuidado, tão necessárias à missão da CRB neste novo ciclo.     

MInistério da Visitação - Ir. Patricia Silva

Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação 2025

  PAPA LEÃO XIV PARA O X DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELO CUIDADO DA CRIAÇÃO 2025 [1º de setembro de 2025] Sementes de paz e esperança Queridos ir...