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12/11/2025

COP30: Igreja faz referência aos POBRES cuja JORNADA MUNDIAL celebra-se nesta semana*

 



*NA COP30, representante da Igreja faz referência aos POBRES cuja JORNADA MUNDIAL celebra-se nesta semana*

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Parolin, iniciou o seu discurso na COP30 com um chamado à consciência do mundo e dos governantes: “ _há dez anos, a comunidade internacional adotou o Acordo de Paris. Os desafios identificados nele são hoje mais relevantes do que eram há dez anos, mas a consecução de seus objetivos ainda parece distante. Não podemos nos dar ao luxo de mais uma década de oportunidades perdidas. Devemos nos perguntar o que está faltando?_

O discurso do cardeal, que participou de uma mesa redonda com o título claro e desafiador “ *10 anos do Acordo de Paris: contribuições determinantes em nível nacional e financiamentos* ”, chama a atenção para a importância desse acordo que _*“não tem apenas um significado ambiental, econômico e político, mas também uma relevância social e ética, pois diz respeito principalmente à vida dos mais pobres e dos mais frágeis* ”._

_“Devemos aumentar nossa vontade política para empreender conscientemente esse caminho. A Santa Sé está pronta para apoiar esse processo, consciente de que, sob nosso Pai comum, somos uma única família humana: não há fronteiras ou barreiras, políticas ou sociais, atrás das quais possamos nos esconder”_ , concluiu o cardeal.

11/11/2025

Mensagem do Papa Leão XIV para o Dia Mundial dos Pobres

Papa Leão almoça com os pobres (Ag. Ecclesia)

                             

33º Domingo do Tempo Comum
16 de novembro de 2025

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Tu és a minha esperança (cf. Sl 71,5)

1. «Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus» (Sl 71,5). Essas palavras emanam de um coração oprimido por graves dificuldades: «Fizeste-me sofrer grandes males e aflições mortais» (v. 20), diz o Salmista. Apesar disso, o seu espírito está aberto e confiante, porque firme na fé reconhece o amparo de Deus e o professa: «És o meu rochedo e a minha fortaleza» (v. 3). Daí deriva a confiança inabalável de que a esperança n’Ele não decepciona: «Em ti, Senhor, me refugio, jamais serei confundido» (v. 1).

No meio das provações da vida, a esperança é animada pela firme e encorajadora certeza do amor de Deus, derramado nos corações pelo Espírito Santo. Por isso, ela não decepciona (cf. Rm 5, 5) e São Paulo pode escrever a Timóteo: «Pois se nós trabalhamos e lutamos, é porque pomos a nossa esperança no Deus vivo» (1 Tm 4, 10). O Deus vivo é, verdadeiramente, o «Deus da esperança» (Rm 15, 13), que em Cristo, pela sua morte e ressurreição, se tornou a «nossa esperança» (1 Tm 1, 1). Não podemos esquecer que fomos salvos nesta esperança, na qual precisamos permanecer enraizados.

2. O pobre pode tornar-se testemunha de uma esperança forte e confiável, precisamente porque professada numa condição de vida precária, feita de privações, fragilidade e marginalização. Ele não conta com as seguranças do poder e do ter; pelo contrário, sofre-as e, muitas vezes, é vítima delas. A sua esperança só pode repousar noutro lugar. Reconhecendo que Deus é a nossa primeira e única esperança, também nós fazemos a passagem entre as esperanças que passam e a esperança que permanece. As riquezas são relativizadas perante o desejo de ter Deus como companheiro de caminho porque se descobre o verdadeiro tesouro de que realmente precisamos. Ressoam claras e fortes as palavras com que o Senhor Jesus exortou os seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam» (Mt 6, 19-20).

3. A pobreza mais grave é não conhecer a Deus. Recordou-nos isso o Papa Francisco quando escreveu na Evangelii gaudium: «A pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual. A imensa maioria dos pobres possui uma especial abertura à fé; tem necessidade de Deus e não podemos deixar de lhe oferecer a sua amizade, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos Sacramentos e a proposta dum caminho de crescimento e amadurecimento na fé» (n. 200). Há aqui uma consciência fundamental e totalmente original sobre como encontrar em Deus o próprio tesouro. Realmente, insiste o apóstolo João: «Se alguém disser: “Eu amo a Deus”, mas tiver ódio ao seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê» (1 Jo 4, 20).

É uma regra da fé e um segredo da esperança: embora importantes, todos os bens desta terra, as realidades materiais, os prazeres do mundo ou o bem-estar económico não são suficientes para fazer o coração feliz. Frequentemente, as riquezas iludem e conduzem a situações dramáticas de pobreza, sendo a primeira dessas ilusões pensar que não precisamos de Deus e conduzir a nossa vida independentemente d’Ele. Vêm-me à mente as palavras de Santo Agostinho: «Seja Deus todo motivo de presumires. Sente necessidade d’Ele para que Ele te cumule. Tudo o que possuíres fora d’Ele é imensamente vazio» (Enarr. in Ps. 85,3).

4. A esperança cristã, à qual a Palavra de Deus remete, é certeza no caminho da vida, porque não depende da força humana, mas da promessa de Deus, que é sempre fiel. Por isso, desde os primórdios, os cristãos quiseram identificar a esperança com o símbolo da âncora, que oferece estabilidade e segurança. A esperança cristã é como uma âncora, que fixa o nosso coração na promessa do Senhor Jesus, que nos salvou com a sua morte e ressurreição e que retornará novamente no meio de nós. Esta esperança continua a indicar como verdadeiro horizonte da vida os «novos céus» e a «nova terra» (2 Pe 3, 13), onde a existência de todas as criaturas encontrará o seu sentido autêntico, visto que a nossa verdadeira pátria está nos céus (cf. Fl 3, 20).

Consequentemente, a cidade de Deus compromete-nos com as cidades dos homens, que, desde agora, devem começar a assemelhar-se àquela. A esperança, sustentada pelo amor de Deus derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5, 5), transforma o coração humano em terra fértil, onde pode germinar a caridade para a vida do mundo. A Tradição da Igreja reafirma constantemente esta circularidade entre as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. A esperança nasce da fé, que a alimenta e sustenta, sobre o fundamento da caridade, que é a mãe de todas as virtudes. E precisamos de caridade hoje, agora. Não é uma promessa, mas uma realidade para a qual olhamos com alegria e responsabilidade: envolve-nos, orientando as nossas decisões para o bem comum. Em vez disso, quem carece de caridade não só carece de fé e esperança, mas tira a esperança ao seu próximo.

5. O convite bíblico à esperança traz consigo o dever de assumir, sem demora, responsabilidades coerentes na história. Com efeito, a caridade é «o maior mandamento social» (Catecismo da Igreja Católica, 1889). A pobreza tem causas estruturais que devem ser enfrentadas e eliminadas. À medida que isso acontece, todos somos chamados a criar novos sinais de esperança que testemunhem a caridade cristã, como fizeram, em todas as épocas, muitos santos e santas. Os hospitais e as escolas, por exemplo, são instituições criadas para expressar o acolhimento aos mais fracos e marginalizados. Eles deveriam fazer parte das políticas públicas de todos os países, mas as guerras e as desigualdades frequentemente ainda o impedem. Hoje, cada vez mais, as casas-família, as comunidades para menores, os centros de acolhimento e escuta, as refeições para os pobres, os dormitórios e as escolas populares tornam-se sinais de esperança: são tantos sinais, muitas vezes ocultos, aos quais talvez não prestemos atenção, mas que são muito importantes para se desvencilhar da indiferença e provocar o empenho nas diversas formas de voluntariado!

Os pobres não são um passatempo para a Igreja, mas sim os irmãos e irmãs mais amados, porque cada um deles, com a sua existência e também com as palavras e a sabedoria que trazem consigo, levam-nos a tocar com as mãos a verdade do Evangelho. Por isso, o Dia Mundial dos Pobres pretende recordar às nossas comunidades que os pobres estão no centro de toda a ação pastoral. Não só na sua dimensão caritativa, mas igualmente naquilo que a Igreja celebra e anuncia. Através das suas vozes, das suas histórias, dos seus rostos, Deus assumiu a sua pobreza para nos tornar ricos. Todas as formas de pobreza, sem excluir nenhuma, são um apelo a viver concretamente o Evangelho e a oferecer sinais eficazes de esperança.

6. Este é o convite que emerge da celebração do Jubileu. Não é por acaso que o Dia Mundial dos Pobres seja celebrado no final deste ano de graça. Quando a Porta Santa for fechada, deveremos conservar e transmitir os dons divinos que foram derramados nas nossas mãos ao longo de um ano inteiro de oração, conversão e testemunho. Os pobres não são objetos da nossa pastoral, mas sujeitos criativos que nos estimulam a encontrar sempre novas formas de viver o Evangelho hoje. Diante da sucessão de novas ondas de empobrecimento, corre-se o risco de se habituar e resignar-se. Todos os dias, encontramos pessoas pobres ou empobrecidas e, às vezes, pode acontecer que sejamos nós mesmos a possuir menos, a perder o que antes nos parecia seguro: uma casa, comida suficiente para o dia, acesso a cuidados de saúde, um bom nível de educação e informação, liberdade religiosa e de expressão.

Promovendo o bem comum, a nossa responsabilidade social tem o seu fundamento no gesto criador de Deus, que dá a todos os bens da terra: assim como estes, também os frutos do trabalho do homem devem ser igualmente acessíveis. Com efeito, ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade. Como observa Santo Agostinho: «Damos pão a quem tem fome, mas seria muito melhor que ninguém passasse fome e não precisássemos ser generosos para com ninguém. Damos roupas a quem está nu, mas Deus queira que todos estejam vestidos e que ninguém passe necessidades sobre isto» (Comentário à 1 Jo, VIII, 5).

Desejo, portanto, que este Ano Jubilar possa incentivar o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas formas de pobreza, além de novas iniciativas de apoio e ajuda aos mais pobres entre os pobres. Trabalho, educação, habitação e saúde são condições para uma segurança que jamais se alcançará com armas. Congratulo-me com as iniciativas já existentes e com o empenho que é manifestado diariamente a nível internacional por um grande número de homens e mulheres de boa vontade.

Confiemos em Maria Santíssima, Consoladora dos aflitos, e com Ela entoemos um canto de esperança, fazendo nossas as palavras do Te Deum: «In Te, Domine, speravi, non confundar in aeternum – Em Vós espero, Meu Deus, não serei confundido eternamente».

Vaticano, 13 de junho de 2025, memória de Santo António de Lisboa, Patrono dos pobres

LEÃO PP. XIV

 Fonte: https://www.vatican.va/

05/11/2025

Nota sobre os títulos de Maria: "Mater Populi Fidelis"


 “Mater Populi Fidelis” é o título da Nota doutrinária publicada esta terça-feira, 4 de novembro, pelo Dicastério para a Doutrina da Fé. Assinada pelo Prefeito, cardeal Víctor Manuel Fernández, e pelo secretário da seção doutrinária, monsenhor Armando Matteo, a Nota foi aprovada pelo Papa em 7 de outubro passado. É fruto de um longo e articulado trabalho colegiado. Trata-se de um documento doutrinal sobre a devoção mariana, com foco na figura de Maria, associada à obra de Cristo como Mãe dos fiéis. A Nota fornece um importante fundamento bíblico para a devoção a Maria, além de reunir diversas contribuições dos Padres, dos Doutores da Igreja, dos elementos da tradição oriental e do pensamento dos últimos Pontífices.

Dentro desse quadro positivo, o texto doutrinal analisa diversos títulos marianos, valorizando alguns deles e alertando para o uso de outros. Títulos como Mãe dos fiéis, Mãe espiritual e Mãe do povo fiel são particularmente apreciados pela Nota. O título de Corredentora, por sua vez, é considerado impróprio e inadequado. O título de Medianeira é considerado inaceitável quando assume um significado que é exclusivo de Jesus Cristo, mas é considerado precioso quando expressa uma mediação inclusiva e participativa que glorifica o poder de Cristo. Os títulos de Mãe da graça e Medianeira de todas as graças são considerados aceitáveis ​​em alguns sentidos muito específicos, mas uma explicação particularmente ampla é oferecida em relação aos significados que podem apresentar riscos.

Essencialmente, a Nota reafirma a doutrina católica, que sempre enfatizou como tudo em Maria é direcionado para a centralidade de Cristo e sua ação salvífica. Portanto, embora alguns títulos marianos possam ser explicados por meio de uma exegese correta, considera-se preferível evitá-los. Em sua apresentação, o cardeal Fernández valoriza a devoção popular, mas adverte contra grupos e publicações que propõem um desenvolvimento dogmático particular e levantam dúvidas entre os fiéis, inclusive por meio das redes sociais. O principal problema, na interpretação desses títulos aplicados à Virgem Maria, diz respeito à forma de compreender a associação de Maria na obra da redenção de Cristo (3).

Corredentora

Em relação ao título “Corredentora”, a Nota recorda que alguns Pontífices “utilizaram este título sem se deterem demasiado em explicá-lo. Geralmente, apresentaram-no de duas maneiras diversas: em relação à maternidade divina e em referência à união de Maria com Cristo junto à Cruz redentora. O Concílio Vaticano II decidiu não usar este título “por razões dogmáticas, pastorais e ecumênicas”. São João Paulo II “utilizou-o, ao menos em sete ocasiões, relacionando-o especialmente com o valor salvífico da nossa dor oferecida junto à de Cristo, ao qual se une Maria sobretudo na Cruz” (18).

O documento cita uma discussão interna na então Congregação para a Doutrina da Fé, que em fevereiro de 1996 discutiu o pedido para proclamar um novo dogma sobre Maria como “Corredentora ou Medianeira de todas as graças”. O parecer de Ratzinger era contrário: “O significado preciso dos títulos não é claro e a doutrina neles contida não está madura… Desta maneira, não se vê em modo claro como a doutrina expressa nos títulos esteja presente na Escritura e na tradição apostólica”. Posteriormente, em 2002, o futuro Bento XVI também se expressou publicamente da mesma forma: “A fórmula ‘Corredentora’ distancia-se em demasia da linguagem da Escritura e da Patrística e, portanto, provoca mal-entendidos… Tudo procede d’Ele, como dizem sobretudo as Cartas aos Efésios e aos Colossenses. Maria é o que é graças a Ele.” A palavra “Corredentora” obscureceria essa origem”. O cardeal Ratzinger, esclarece a Nota, “não negava que houvesse na proposta de uso deste título boas intenções e aspectos válidos, porém sustentava que era um “vocábulo equívoco” (19).

O Papa Francisco expressou sua posição claramente contra o uso do título Corredentora pelo menos três vezes. O documento doutrinal a esse respeito conclui: “É sempre inoportuno o uso o título de Corredentora para definir a cooperação de Maria. Este título corre o risco de obscurecer a mediação salvífica única de Cristo e, portanto, pode gerar confusão e desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã… Quando uma expressão requer muitas e constantes explicações, para evitar que se desvie do significado correto, não presta um bom serviço à fé do Povo de Deus e torna-se inconveniente” (22).


Medianeira

A Nota enfatiza que a expressão bíblica referente à mediação exclusiva de Cristo “é peremptória”. Cristo é o único Mediador (24). Por outro lado, destaca o “uso muito comum da palavra ‘mediação’ nos mais âmbitos da vida social, onde é entendido simplesmente como cooperação, ajuda, intercessão. Por consequência, é inevitável que se aplique a Maria no sentido subordinado e de nenhum modo pretende acrescentar alguma eficácia, ou potência, à única mediação de Jesus Cristo” (25). Além disso – reconhece o documento –, “é evidente que houve um modo real de mediação de Maria para tornar possível a verdadeira encarnação do Filho de Deus na nossa humanidade” (26).

Mãe dos fiéis e Medianeira de todas as graças

A função materna de Maria “de modo algum ofusca ou diminui” esta única mediação de Cristo, “manifesta antes a sua eficácia”. Assim entendida, “a maternidade de Maria não pretende debilitar a única adoração que se deve somente a Cristo, mas estimulá-la”. Por isso, devem-se evitar, afirma a Nota, os “títulos e expressões referidas a Maria que a apresentem como uma espécie de ‘para-raios’ diante da justiça do Senhor, como se Maria fosse uma alternativa necessária da insuficiente misericórdia de Deus” (37, b). O título de “Mãe dos fiéis” permite falar de “uma ação de Maria também em relação à nossa vida da graça” (45).


Devemos, no entanto, ter cuidado com expressões que possam transmitir “conteúdos menos aceitáveis” (45). O cardeal Ratzinger expressou que o título de Maria medianeira de todas as graças não era claramente fundado na Revelação, e em sintonia com essa convicção – explica o documento – podemos reconhecer as dificuldades que este título implica tanto na reflexão teológica como na espiritualidade” (45). De fato, “Nenhuma pessoa humana, nem sequer os apóstolos ou a Santíssima Virgem, pode atuar como dispensadora universal da graça. Apenas Deus pode conceder a graça e fá-lo por meio da humanidade de Cristo” (53). Títulos como Medianeira de todas as graças têm, portanto, “limites que não facilitam a correta compreensão do lugar único de Maria. Com efeito, ela, a primeira redimida, não pode ter sido a medianeira da graça que ela mesma recebeu” (67). Contudo, reconhece por fim o documento, “a expressão ‘graças’, referida à materna ajuda de Maria, em distintos momentos da vida, pode ter um sentido aceitável”. O plural, de fato, expressa “todos os auxílios, também materiais, que o Senhor pode dar-nos escutando as intercessões da Mãe” (68).

Nota Doutrinal Mater Populi Fidelis na integra

19/10/2025

Os novos santos e santas mantiveram acesa a lâmpada da fé

Neste domingo, 19 de outubro, Dia Mundial das Missões, o Papa Leão XIV presidiu a missa de canonização de sete beatos, na Praça São Pedro. São eles: Inácio Maloyan, Pedro To Rot, Vincenza Maria Poloni, Maria Carmen Rendiles Martínez, Maria Troncatti, José Gregório Hernández Cisneros e Bartolo Longo.

Começando a homilia disse o Papa Leão:

 "Quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?" "Esta pergunta nos revela o que é mais precioso aos olhos do Senhor: a fé, ou seja, o vínculo de amor entre Deus e o ser humano".

“Hoje, temos precisamente diante de nós sete testemunhas, os novos santos e as novas santas, que mantiveram acesa, com a graça de Deus, a lâmpada da fé, ou melhor, eles mesmos se tornaram lâmpadas capazes de difundir a luz de Cristo.”

Disse ainda o Papa Na homilia: "Uma terra sem fé seria povoada por filhos que vivem sem Pai, ou seja, por criaturas sem salvação".

“Caríssimos, é precisamente por isso que Cristo fala aos seus discípulos «sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer»: tal como não nos cansamos de respirar, também não nos cansemos de orar! Do mesmo modo que a respiração sustenta a vida do corpo, a oração sustenta a vida da alma: a fé, com efeito, expressa-se na oração e a oração autêntica vive da fé.

Segundo comunicado assinado pelo mestre de Cerimônias Litúrgicas Pontifícias, Mons. Diego Ravelli, os novos santos serão: Inácio Maloyan, Pedro To Rot, Vincenza Maria Poloni, Carmen Rendiles Martínez, Maria Troncatti, José Gregorio Hernández Cisneros e Bartolo Longo.

Inácio Choukrallah Maloyan nasceu na Turquia em 1869, foi bispo de Mardin dos Armênios e morto durante ações violentas contra os cristãos perpetradas naquela região. Por se recusar a abraçar outra fé, foi fuzilado junto com muitos outros correligionários. Na prisão, chegou a consagrar o pão para o conforto espiritual dos companheiros. Ele foi beatificado em 2001 pelo Papa João Paulo II. Segundo o Dicastério das Causas dos Santos, em vista da canonização e reconhecendo a atualidade do seu exemplo, foi acolhida a súplica feita por Sua Beatitude Raphaël Bedros XXI Minassian, Catolicos, Patriarca da Cilícia dos Armênios Católicos, em fevereiro de 2024, dispensando o estudo de um suposto milagre, junto à documentação que ilustra os motivos que sustentam a canonização. A devoção a Maloyan é particularmente forte pela Igreja Católica Armênia e há provas da sua intercessão, manifestada pela obtenção de graças materiais e espirituais.

Pedro To Rot nasceu na Papua Nova Guiné em 1912. Mártir, pai de família e catequista, foi preso durante a Segunda Guerra Mundial por ter perseverado em seu ministério e sofreu o martírio com uma injeção de veneno letal. Ele foi beatificado por João Paulo II em 1995. Em 2024, os bispos do país e também das Ilhas Salomão fizeram um pedido para dispensar o primeiro beato de Papua do milagre para seguir com a canonização, o que foi acolhido junto a muitas provas que demonstraram a dificuldade de constatação do mesmo.

Vincenza Maria Poloni nasceu na Itália em 1802. Fundadora do Instituto das Irmãs da Misericórdia; o carisma do Instituto foi marcado pela sua experiência, que se dedicou constantemente a assistir doentes, idosos e órfãos até à morte após anos de tratamento de um câncer. A Venerável em 2006 foi beatificada por Papa Bento XVI em 2008.

Carmen Elena Rendíles Martínez nasceu na Venezuela em 1903. Religiosa, fundadora das Irmãs Servas de Jesus (Servas de Jesus da Venezuela); confiando em Deus, abria seu coração a todos, sobretudo aos pobres. Também os sacerdotes eram objeto de sua devoção e de seus cuidados e, para muitos, tornou-se conselheira sábia e maternal. Junto com suas irmãs, serviu com amor nas paróquias, nas escolas e ao lado dos mais necessitados. Ela foi beatificada pelo Papa Francisco em 2018.

Maria Troncatti nasceu na Itália em 1883. Religiosa, religiosa professa da Congregação das Filhas de Maria Auxiliadora e missionária: enfermeira durante a Primeira Guerra Mundial, partiu depois para o Equador, onde se dedicou inteiramente ao serviço das populações da selva, na evangelização e na promoção humana. Em uma viagem que a levaria a Quito, em 1969, ela morreu tragicamente após o avião cair logo depois da decolagem. Ela foi beatificada por Papa Bento XVI em 2012.

José Gregorio Hernández Cisneros nasceu na Venezuela. Leigo, bacharel em Filosofia e médico de profissão, dedicou-se a ajudar os mais necessitados, sendo chamado de “o médico dos pobres” e testemunho do amor eucarístico através do seu compromisso com os vulneráveis. Morreu vítima de um acidente de carro, em 1919, enquanto se deslocava para atender um doente. Ele foi beatificado por Papa Francisco em 2021.

Bartolo Longo nasceu na Itália em 1841. Leigo, dedicado ao culto mariano e à educação cristã dos agricultores e das crianças, fundou, com a ajuda da esposa, o Santuário do Rosário em Pompeia e a Congregação das Irmãs que leva o mesmo nome. Foi definido como o "apóstolo do Rosário" e "instrumento da Providência" na defesa da fé cristã. Ele foi beatificado em 1980 pelo Papa João Paulo II.

Participaram presencialmente da celebração, na Praça São Pedro, em Roma, cerca de 70 mil fiéis.

CCPaulinas - Ir. Patrícia Silva, fsp


10/10/2025

Associação MINDS Internacional encontra-se com o Papa Leão

Repórter de guerra na Faixa de Gaza   (AFP or licensors)

Leão XIV recebeu nesta quinta-feira (9/10), os participantes da 39ª Conferência da Associação MINDS Internacional. 

A MINDS reúne mais de 20 Agências de Informação. Entre elas: Reuters, PTI – Press Trust Of India, PAP – Polska Agencja Prasowa, LUSA – Agência de Notícias de Portugal, KYODO News, Japão; Agencia EFE, Espanha, Deutsche Presse, CP – The Canadian Press, APA – Austria Presse, AP – The Associated Press, ANSA – Agenzia Nazionale Stampa Associata, AFP – AGENCE FRANCE-PRESSE.

Em seu discurso, destacou a responsabilidade ética dos meios de comunicação, a defesa da verdade e o papel essencial das agências de notícias na promoção de uma informação livre e confiável.

Na manhã da quinta-feira, 9 de outubro, no Palácio Apostólico, o Papa Leão XIV recebeu os participantes da 39ª Conferência da Associação MINDS Internacional - rede global que reúne as principais agências de notícias do mundo -  dedicada à inovação e ao desenvolvimento digital da comunicação. Em seu discurso, o Papa destacou o papel essencial dos meios de comunicação “na formação das consciências e do pensamento crítico”, pedindo discernimento e responsabilidade diante dos desafios da era digital.

O Papa iniciou saudando os presentes e reconhecendo o paradoxo de uma época marcada pela abundância de meios de comunicação, mas também por uma crise profunda na confiança e na qualidade da informação. “Na era da comunicação, as agências de informação atravessam um período de crise — e os próprios consumidores se encontram em crise, confundindo frequentemente o falso com o verdadeiro, o autêntico com o que é artificial”, afirmou. Ainda assim, encorajou os profissionais “em seu serviço tão importante” e nas iniciativas de diálogo e reflexão conjunta que fortalecem o setor.

A informação como bem público

Segundo o Papa, a informação deve ser reconhecida como um bem público. “O que é verdadeiramente construtivo é a aliança entre cidadãos e jornalistas sob o signo do compromisso com a responsabilidade ética e civil”, disse, sublinhando que a confiança entre público e imprensa cria “um círculo virtuoso que beneficia o corpo social”. O Santo Padre recordou também o testemunho corajoso de jornalistas que arriscam a própria vida para levar a verdade ao mundo:

“A informação é um bem público que todos devemos proteger. [...] Todos os dias há repórteres que se arriscam pessoalmente para que as pessoas possam saber como as coisas realmente são. E, em tempos como os nossos, de conflitos violentos e disseminados, são muitos os que caem em campo: vítimas da guerra e da ideologia da guerra, que pretende impedir os jornalistas de estar presentes. Não devemos esquecê-los! Se hoje sabemos o que aconteceu em Gaza, na Ucrânia e em tantas outras terras ensanguentadas por bombas, devemos isso, em grande parte, a eles.”

Ao recordar seu primeiro encontro com jornalistas, logo após o Conclave, quando fez um apelo pela libertação dos jornalistas injustamente perseguidos e presos por tentarem contar a verdade, reafirmou esse pedido, e exortou: “Ser jornalista nunca pode ser considerado um crime, mas sim um direito a ser protegido”.

Comunicação livre e responsabilidade ética

Em referência ao Papa Francisco, Leão XIV lembrou a necessidade de proteger a comunicação da degradação e da manipulação digital. “Precisamos de empresários corajosos, de engenheiros informáticos corajosos, para que a beleza da comunicação não seja corrompida” Em seguida advertiu contra a “poluição cognitiva” e a lógica do "clickbait", pedindo que as agências conciliem sustentabilidade econômica com “o direito a uma informação correta e plural”.

O Pontífice também elogiou o papel das agências de notícias, que muitas vezes são as primeiras a divulgar os fatos, especialmente em tempos de crise. “O serviço de vocês é precioso e deve ser um antídoto contra a proliferação da chamada ‘informação-lixo’; portanto, exige competência, coragem e senso ético”.

Inteligência artificial e o futuro da comunicação

Sobre os avanços tecnológicos e a inteligência artificial, “onde a verdade já não possa ser distinguida da ficção”, o Papa fez um alerta: 

“Os algoritmos geram conteúdos e dados em uma dimensão e com uma velocidade jamais vistas. Mas quem os governa? A inteligência artificial está mudando a forma como nos informamos e comunicamos — mas quem a dirige, e com quais objetivos? Devemos estar atentos para que a tecnologia não substitua o ser humano, e para que a informação e os algoritmos que hoje a regem não fiquem nas mãos de poucos.”

A defesa da liberdade e da objetividade

Ao concluir seu discurso, o Papa destacou que o mundo precisa de uma informação “livre, rigorosa e objetiva”. Citando Hannah Arendt, lembrou que “o súdito ideal do regime totalitário não é o nazista convicto nem o comunista convicto, mas a pessoa para quem já não há diferença entre realidade e ficção”.

“Com o trabalho de vocês — paciente e rigoroso — podem ser uma barreira contra aqueles que, por meio da antiga arte da mentira, buscam criar divisões para governar separando”, afirmou. E concluiu com um apelo: “Peço-lhes: nunca vendam a preço vil a sua autoridade moral! Que o Espírito de Deus, que é verdade e força, os sustente e os acompanhe sempre”.

FONTE: Vatican news


09/10/2025

“Dilexi te”, Leão XIV: não se pode separar a fé do amor pelos pobres


O site Vatican news publicou uma síntese da  primeira exortação apostólica de Leão XIV, um trabalho iniciado por Francisco sobre o tema do serviço aos pobres, em cujo rosto encontramos “o sofrimento dos inocentes”. O Papa denuncia a economia que mata, a falta de equidade, a violência contra as mulheres, a desnutrição, a emergência educacional. Ele faz seu o apelo de Bergoglio pelos migrantes e pede aos fiéis que façam ouvir “uma voz que denuncie”, porque “as estruturas da injustiça devem ser destruídas com a força do bem"

Dilexi te, “Eu te amei”

O amor de Cristo que se encarna no amor aos pobres, entendido como cuidado dos doentes; luta contra a escravidão; defesa das mulheres que sofrem exclusão e violência; direito à educação; acompanhamento aos migrantes; esmola que “é justiça restabelecida, não um gesto de paternalismo”; equidade, cuja falta é “a raiz de todos os males sociais”. Leão XIV assina sua primeira exortação apostólica, Dilexi te, texto em 121 pontos que brota do Evangelho do Filho de Deus que se tornou pobre desde sua entrada no mundo e que relança o Magistério da Igreja sobre os pobres nos últimos cento e cinquenta anos. “Uma verdadeira mina de ensinamentos”.

LEIA AQUI O TEXTO INTEGRAL DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA LEÃO XIV

Seguindo os passos dos seus antecessores

Com este documento assinado a 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis,Leão XIV segue assim os passos dos seus antecessores: João XXIII com o apelo aos países ricos na Mater et Magistra para que não permaneçam indiferentes perante os países oprimidos pela fome e pela miséria (83); Paulo VI, com a Populorum progressio e o discurso na ONU “como advogado dos povos pobres”; João Paulo II, que consolidou doutrinariamente “a relação preferencial da Igreja com os pobres”; Bento XIV e a Caritas in Veritate, com sua leitura “mais marcadamente política” das crises do terceiro milênio. Por fim, Francisco, que fez do cuidado “pelos pobres” e “com os pobres” um dos pilares do seu pontificado.

Um trabalho iniciado por Francisco e relançado por Leão

Foi o próprio Francisco que, nos meses que antecederam sua morte, iniciou o trabalho sobre a exortação apostólica. Assim como aconteceu com a Lumen Fidei, de Bento XVI, recolhida em 2013 por Francisco, também desta vez é o sucessor que completa a obra, que representa uma continuação da Dilexit Nos, a última encíclica do Papa argentino sobre o Coração de Jesus. Porque é forte a “ligação” entre o amor de Deus e o amor pelos pobres: através deles, Deus “ainda tem algo a nos dizer”, afirma o Papa Leão. E ele retoma o tema da “opção preferencial” pelos pobres, expressão nascida na América Latina (16) não para indicar “um exclusivismo ou uma discriminação em relação a outros grupos”, mas “a ação de Deus” que se move por compaixão pela fraqueza da humanidade.

No rosto ferido dos pobres encontramos impresso o sofrimento dos inocentes e, portanto, o próprio sofrimento de Cristo (9)

Se Pedro nos lembra que os pobres são o coração do Evangelho

A exortação de Leão XIV: um texto que propõe os fundamentos da Revelação cristã e da tradição da Igreja

Os “rostos” da pobreza

São numerosos os pontos para reflexão, numerosas as motivações para a ação na exortação, na qual são analisados os “rostos” da pobreza. A pobreza daqueles que “não têm meios de subsistência material”, de “quem é marginalizado socialmente e não possui instrumentos para dar voz à sua dignidade e suas capacidades”; a pobreza “moral”, “espiritual”, “cultural”; a pobreza “de quem não tem direitos, nem lugar, nem liberdade” (9).

Novas formas de pobreza e falta de equidade

Diante desse cenário, o Papa considera “insuficiente” o compromisso de eliminar as causas estruturais da pobreza em sociedades marcadas por “numerosas desigualdades”, pelo surgimento de novas formas de pobreza “mais sutis e perigosas” (10) e por regras econômicas que aumentaram a riqueza, “mas sem equidade”.

A falta de equidade é a raiz dos males sociais (94)

A ditadura de uma economia que mata

“Quando dizem que o mundo moderno reduziu a pobreza, fazem-no medindo-a com critérios doutros tempos não comparáveis à realidade atual”, afirma Leão XIV (13). Deste ponto de vista, ele saúda “com satisfação” o fato de que “as Nações Unidas tenham colocado a erradicação da pobreza como um dos objetivos do Milênio”. No entanto, o caminho é longo, especialmente numa época em que continua a vigorar a “ditadura de uma economia que mata”, em que os ganhos de poucos “crescem exponencialmente”, enquanto os da maioria estão “cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz” e em que se difundem “ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira” (92).

Cultura do descarte, liberdade de mercado, pastoral das elites

Tudo isso é sinal de que ainda persiste – “por vezes bem disfarçada” – uma cultura do descarte que “tolera com indiferença que milhões de pessoas morram de fome ou sobrevivam em condições indignas do ser humano” (11). O Papa condena então os “critérios pseudocientíficos” segundo os quais será “a liberdade do mercado” a levar à “solução” do problema da pobreza, bem como a “pastoral das chamadas elites”, segundo a qual “em vez de perder tempo com os pobres, é melhor cuidar dos ricos, dos poderosos e dos profissionais” (114).

Realmente, os direitos humanos não são iguais para todos (94)

Mudar a mentalidade

O que o Papa invoca é, portanto, uma “mudança de mentalidade”, libertando-se antes de tudo da “ilusão de uma felicidade que deriva de uma vida confortável”. Isso leva muitas pessoas a uma visão da existência centrada na riqueza e no sucesso “a todo custo”, mesmo em detrimento dos outros e por meio de “sistemas político-econômicos injustos” (11).

A dignidade de cada pessoa humana deve ser respeitada já agora, não só amanhã (92)

Em cada migrante rejeitado está Cristo batendo à porta

Leão XIV dedica um amplo espaço ao tema das migrações. Para ilustrar suas palavras, ele usa a imagem do pequeno Alan Kurdi, o menino sírio de 3 anos que se tornou, em 2015, símbolo da crise europeia dos migrantes com a foto de seu corpinho sem vida em uma praia. “Infelizmente, à parte de alguma momentânea comoção, acontecimentos semelhantes estão a tornar-se cada vez mais irrelevantes, como notícias secundárias” (11), constata o Pontífice.

Ao mesmo tempo, ele lembra a obra secular da Igreja em favor daqueles que são forçados a abandonar suas terras, expressa em centros de acolhimento, missões de fronteira, esforços da Caritas Internacional e outras instituições (75).

A Igreja, como mãe, caminha com os que caminham. Onde o mundo vê ameaça, ela vê filhos; onde se erguem muros, ela constrói pontes. Pois sabe que o Evangelho só é crível quando se traduz em gestos de proximidade e de acolhimento; e que em cada migrante rejeitado, é o próprio Cristo que bate às portas da comunidade (75)

Ainda sobre o tema das migrações, o Papa faz seus os famosos “quatro verbos” do Papa Francisco: “Acolher, proteger, promover e integrar”. E do Papa Francisco ele também toma emprestada a definição dos pobres não apenas como objeto de nossa compaixão, mas como “mestres do Evangelho”.

Servir aos pobres não é um gesto a ser feito “de cima para baixo”, mas um encontro entre iguais... A Igreja, portanto, quando se curva para cuidar dos pobres, assume sua postura mais elevada (79)

Mulheres vítimas de violência e exclusão

O Sucessor de Pedro olha então para a atualidade marcada por milhares de pessoas que morrem todos os dias “por causas relacionadas com a desnutrição” (12). “Duplamente pobres”, acrescenta, são “as mulheres que padecem situações de exclusão, maus-tratos e violência, porque frequentemente têm menos possibilidades de defender os seus direitos” (12).

“Os pobres não existem por acaso...”

O Papa Leão XIV traça uma reflexão profunda sobre as causas da pobreza: “Os pobres não existem por acaso ou por um cego e amargo destino. Muito menos a pobreza é uma escolha, para a maioria deles. No entanto, ainda há quem ouse afirmá-lo, demonstrando cegueira e crueldade”, sublinha (14). “Obviamente, entre os pobres há também aqueles que não querem trabalhar”, mas há também muitos homens e mulheres que, por exemplo, recolhem papelão de manhã à noite apenas para “sobreviver” e nunca para “melhorar” a vida. Em suma, lê-se em um dos pontos centrais da Dilexi te, não se pode dizer “que a maioria dos pobres estão nessa situação porque não obtiveram méritos, de acordo com a falsa visão da meritocracia, segundo a qual parece que só têm méritos aqueles que tiveram sucesso na vida” (14).

Ideologias e orientações políticas

Em muitas ocasiões, observa o Papa Leão, são os próprios cristãos que se deixam “contagiar por atitudes marcadas por ideologias mundanas ou por orientações políticas e econômicas que levam a injustas generalizações e conclusões enganosas” (15).

Há quem continue a dizer: “O nosso dever é rezar e ensinar a verdadeira doutrina”. Mas, desvinculando este aspecto religioso da promoção integral, acrescentam que só o Governo deveria cuidar deles, ou que seria melhor deixá-los na miséria, ensinando-lhes antes a trabalhar (114)

A esmola frequentemente desprezada

Sintoma dessa mentalidade é o fato de que o exercício da caridade às vezes é “desprezado ou ridicularizado, como se fosse uma fixação somente de alguns e não o núcleo incandescente da missão eclesial” (15). O Papa detém-se longamente na esmola, raramente praticada e frequentemente desprezada (115).

Como cristãos, não renunciemos à esmola. Um gesto que pode ser feito de várias maneiras, e podemos tentar fazer da forma mais eficaz, mas que deve ser feito. E será sempre melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada. Em todo o caso, tocar-nos-á o coração. Não será a solução para a pobreza no mundo, que deve ser procurada com inteligência, tenacidade e compromisso social. Mas precisamos praticar a esmola para tocar a carne sofredora dos pobres (119)

Indiferença por parte dos cristãos

Na mesma linha, o Papa destaca “a falta ou mesmo a ausência de compromisso” com a defesa e a promoção dos mais desfavorecidos em alguns grupos cristãos (112). Se uma comunidade da Igreja não coopera para a inclusão de todos, adverte ele, “correrá também o risco da sua dissolução, mesmo que fale de temas sociais ou critique os Governos. Facilmente acabará submersa pelo mundanismo espiritual, dissimulado em práticas religiosas, reuniões infecundas ou discursos vazios” (113).

Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres (36)

O testemunho dos santos, beatos e ordens religiosas

Para contrabalançar essa atitude de indiferença, há um mundo de santos, beatos e missionários que, ao longo dos séculos, encarnaram a imagem de “uma Igreja pobre e para os pobres” (35). De Francisco de Assis e seu gesto de abraçar um leproso (7) a Madre Teresa, ícone universal da caridade dedicada aos moribundos da Índia “com uma ternura que era oração” (77). E ainda São Lourenço, São Justino, Santo Ambrósio, São João Crisóstomo, seu Santo Agostinho, que afirmava:

“Aquele que diz amar a Deus e não se compadece dos necessitados, mente” (45).

Leão ainda lembra o trabalho dos Camilianos pelos doentes (49), das congregações femininas em hospitais e casas de repouso (51). Ele lembra o acolhimento nos mosteiros beneditinos a viúvas, crianças abandonadas, peregrinos e mendigos (55). E lembra também os franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos que iniciaram “uma revolução evangélica” através de um “estilo de vida simples e pobre” (63), juntamente com os trinitários e mercedários que, lutando pela libertação dos prisioneiros, expressaram o amor de “um Deus que liberta não só da escravidão espiritual, mas também da opressão concreta” (60).

A tradição destas Ordens não cessou. Pelo contrário, inspirou novas formas de ação diante das escravidões modernas: o tráfico de pessoas, o trabalho forçado, a exploração sexual, as diversas formas de dependência. A caridade cristã, quando encarnada, torna-se libertadora (61)

O direito à educação

O Pontífice recorda também o exemplo de São José de Calasanz, que fundou a primeira escola popular gratuita da Europa (69), para salientar a importância da educação dos pobres: “Não é um favor, mas um dever”.

Os pequenos têm direito à sabedoria, como exigência básica do reconhecimento da dignidade humana (72)

A luta dos movimentos populares

Na exortação, o Papa também menciona a luta contra os “efeitos destrutivos do império do dinheiro” por parte dos movimentos populares, conduzidos por líderes “colocados muitas vezes sob suspeita e até perseguidos” (80). Eles, escreve, “convidam a superar aquela ideia das políticas sociais concebidas como uma política para os pobres, mas nunca com os pobres, nunca dos pobres” (81).

Uma voz que desperte e denuncie

Nas últimas páginas do documento, Leão XIV apela a todo o Povo de Deus para “fazer ouvir, ainda que de maneiras diferentes, uma voz que desperte, denuncie e se exponha mesmo correndo o risco de parecer estúpidos”.

As estruturas de injustiça devem ser reconhecidas e destruídas com a força do bem, através da mudança de mentalidades e também, com a ajuda da ciência e da técnica, através do desenvolvimento de políticas eficazes na transformação da sociedade (97)

Os pobres, não um problema social, mas o centro da Igreja

É necessário que “todos nos deixemos evangelizar pelos pobres”, exorta o Papa (102). “O cristão não pode considerar os pobres apenas como um problema social: eles são uma questão familiar. Pertencem aos nossos”. Portanto, “a relação com eles não pode ser reduzida a uma atividade ou departamento da Igreja” (104).

Os pobres ocupam um lugar central na Igreja (111)

28/09/2025

Jubileu dos Catequistas

 


A programação do Jubileu dos Catequistas começou na sexta-feira (26/09).

Do Brasil foram 228 pessoas. 

Foram três dias de intensas atividades, inclusive com dois encontros com o Papa Leão XIV .

No domingo (28/09)  o Papa presidiu a missa com instituição de 39 novos catequistas, entre eles, dois brasileiros.   

Na homilia, o Papa Leão disse:

"O nome do ministério que os catequistas exercem vem do verbo grego katēchein, que significa instruir de viva voz, fazer ressoar. Isto quer dizer que o catequista é uma pessoa de palavra, uma palavra que pronuncia com a própria vida. ”                                                                                             

23/09/2025

Série Amoris Laetitia: Fundamentos Bíblicos

 


Padre Jonas Emerim  comenta na revista Família Cristã digital que o Papa Francisco cita a Sagrada Escritura em todos os capítulos da Exortação Apostólica Amoris Laetitia.

São 270 citações bíblicas em todo o documento. A amplitude de textos citados e as páginas de reflexão em torno deles mostram que a Bíblia não é citada somente para justificar afirmações, mas ela mesma é fonte de onde vêm os ensinamentos para a vida conjugal e familiar.

“A Palavra de Deus não aparece como uma consequência de teses abstratas, mas como uma companheira de viagem para todas as famílias”

VER  MAIS em: FAMILIA CRISTÃ digital

31/08/2025

Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação 2025




 

PAPA LEÃO XIV

PARA O X DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO

PELO CUIDADO DA CRIAÇÃO 2025


[1º de setembro de 2025]


Sementes de paz e esperança


Queridos irmãos e irmãs!

O tema para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação deste ano, escolhido pelo nosso amado Papa Francisco, é “Sementes de Paz e Esperança”. No décimo aniversário da instituição deste Dia de oração, que coincidiu com a publicação da Encíclica Laudato si’, encontramo-nos em pleno Jubileu, “peregrinos de Esperança”. E é precisamente neste contexto que o tema adquire todo o seu significado.

Na sua pregação, Jesus usa com frequência a imagem da semente para falar do Reino de Deus e, na véspera da Paixão, aplica-a a Si mesmo, comparando-Se ao grão de trigo, que deve morrer para dar fruto (cf. Jo 12, 24). A semente entrega-se inteiramente à terra e aí, com a força impetuosa do seu dom, a vida germina, mesmo nos lugares mais inesperados, numa surpreendente capacidade de gerar um futuro. Pensemos, por exemplo, nas flores que crescem à beira da estrada: ninguém as plantou, mas elas crescem graças às sementes que foram parar ali quase por acaso e conseguem decorar o cinzento do asfalto e até mesmo penetrar na sua dura superfície.

Assim, em Cristo, somos sementes. Não só isso, mas “sementes de Paz e Esperança”. Como diz o profeta Isaías, o Espírito de Deus é capaz de transformar o deserto árido e ressequido num jardim, num lugar de repouso e serenidade: «Uma vez mais virá sobre nós o espírito do alto. Então o deserto se converterá em pomar, e o pomar será como uma floresta. Na terra, agora deserta, habitará o direito, e a justiça no pomar. A paz será obra da justiça, e o fruto da justiça será a tranquilidade e a segurança para sempre. O povo de Deus repousará numa mansão serena, em moradas seguras e em lugares tranquilos» (Is 32, 15-18).

Estas palavras proféticas que, de 1º de setembro a 4 de outubro, acompanharão a iniciativa ecumênica do “Tempo da Criação”, afirmam com força que, junto à oração, são necessárias vontades e ações concretas que tornem perceptível esta “carícia de Deus” sobre o mundo (cf. Carta enc. Laudato si’, 84). Com efeito, a justiça e o direito parecem remediar a inospitalidade do deserto. Trata-se de um anúncio extraordinariamente atual. Em várias partes do mundo, já é evidente que a nossa terra está a cair na ruína. Por todo o lado, a injustiça, a violação do direito internacional e dos direitos dos povos, a desigualdade e a ganância provocam o desflorestamento, a poluição, a perda de biodiversidade. Os fenômenos naturais extremos, causados pelas alterações climáticas provocadas pelo homem, estão a aumentar de intensidade e frequência (cf. Exort. ap. Laudate Deum, 5), sem ter em conta os efeitos, a médio e longo prazo, da devastação humana e ecológica provocada pelos conflitos armados.

Parece ainda haver uma falta de consciência de que a destruição da natureza não afeta todos da mesma forma: espezinhar a justiça e a paz significa atingir principalmente os mais pobres, os marginalizados, os excluídos. A este respeito, o sofrimento das comunidades indígenas é emblemático.

E não basta: a própria natureza torna-se, por vezes, um instrumento de troca, uma mercadoria a negociar para obter ganhos econômicos ou políticos. Nestas dinâmicas, a criação transforma-se num campo de batalha pelo controle dos recursos vitais, como testemunham as zonas agrícolas e as florestas que se tornaram perigosas por causa das minas, a política da “terra queimada” [1] , os conflitos que eclodem em torno das fontes de água, a distribuição desigual das matérias-primas, penalizando as populações mais fracas e minando a própria estabilidade social.

Estas várias feridas devem-se ao pecado. Não era certamente isso que Deus tinha em mente quando confiou a Terra ao homem criado à sua imagem (cf. Gn 1, 24-29). A Bíblia não promove «o domínio despótico do ser humano sobre a criação» (Carta enc. Laudato si’, 200). Pelo contrário, «é importante ler os textos bíblicos no seu contexto, com uma justa hermenêutica, e lembrar que nos convidam a “cultivar e guardar” o jardim do mundo (cf. Gn 2, 15). Enquanto “cultivar” quer dizer lavrar ou trabalhar um terreno, “guardar” significa proteger, cuidar, preservar, velar. Isto implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a natureza» (ibid., 67).

A justiça ambiental - implicitamente anunciada pelos profetas - já não pode ser considerada um conceito abstrato ou um objetivo distante. Ela representa uma necessidade urgente que ultrapassa a mera proteção do ambiente. Trata-se verdadeiramente de uma questão de justiça social, econômica e antropológica. Para os que creem em Deus, além disso, é uma exigência teológica, que para os cristãos tem o rosto de Jesus Cristo, em quem tudo foi criado e redimido. Num mundo onde os mais frágeis são os primeiros a sofrer os efeitos devastadores das alterações climáticas, do desflorestamento e da poluição, cuidar da criação torna-se uma questão de fé e de humanidade.

Chegou verdadeiramente o tempo de dar seguimento às palavras com obras concretas. «Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã» (ibid., 217). Trabalhando com dedicação e ternura, muitas sementes de justiça podem germinar, contribuindo para a paz e a esperança. Por vezes, são precisos anos para que a árvore dê os primeiros frutos, anos que envolvem todo um ecossistema na continuidade, na fidelidade, na colaboração e no amor, sobretudo se este amor se tornar um espelho do Amor oblativo de Deus.

Entre as iniciativas da Igreja, que são como sementes lançadas neste campo, gostaria de recordar o projeto “Borgo Laudato si’”, que o Papa Francisco nos deixou como herança em Castel Gandolfo, uma semente que pode dar frutos de justiça e paz. Trata-se de um projeto de educação para a ecologia integral que visa ser um exemplo de como se pode viver, trabalhar e fazer comunidade aplicando os princípios da Encíclica Laudato si’.

Peço ao Todo-Poderoso que nos envie em abundância o seu «espírito do alto» (Is 32, 15), para que estas sementes e outras semelhantes possam dar frutos abundantes de paz e esperança.

A Encíclica Laudato si’ acompanha a Igreja Católica e muitas pessoas de boa vontade desde há dez anos: que ela continue a inspirar-nos, e que a ecologia integral seja cada vez mais escolhida e partilhada como caminho a seguir. Assim se multiplicarão as sementes de esperança, a serem “guardadas e cultivadas” com a graça da nossa grande e indefectível Esperança, Cristo Ressuscitado. Em seu nome, envio a todos vós a minha bênção.

Vaticano, 30 de junho de 2025, Memória dos Santos Protomártires da Igreja Romana.

LEÃO PP. XIV             

________________

[1] Cf. Pontifício Conselho Justiça e Paz, Terra e Pão, LEV 2015, 51-53

29/08/2025

Novos santos: Frassati e Acutis santos sem superpoder, símbolo de "normalidade"


Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, que serão canonizados juntos em 7 de setembro, foram o foco do painel "Novos Santos", realizado na quarta-feira, 27 de agosto, em Rimini, norte da Itália. 

Alguns aspectos destacados no painel: o santo não tem "superpoderes", mas "adere ao ideal para o qual foi criado". 

Na "normalidade", ele agita as coisas e é "uma reação ao marasmo geral".


 Ele sabe "aprofundar-se" na vida cotidiana, "aproveitando ao máximo" a própria existência, inclusive por meio do humor e da ironia. E talvez seja propriamente um santo a "salvar, em última análise, a sociedade".

24/07/2025

Chegou o Jubileu dos Jovens

                 

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De 28 de julho a 3 de agosto com participantes de 146 países, acontece o Jubileu dos Jovens.  

No dia 29 de julho, terão início os Diálogos com a cidade: 70 eventos,  terça, quarta e quinta-feira, “terão lugar nas praças de Roma”. 

Dia 1º de agosto, será  a “jornada penitencial ” no Circo Massimo, com 200 sacerdotes se alternando sob grandes tendas. 

Dia 2 de agosto, a partir das 9h, em Tor Vergata,  várias bandas e artistas se apresentam, até às 20h30, quando inicia a Vigília com o Papa Leão XIV. Jovens farão perguntas ao Papa. 

O Dicastério para a Comunicação  fornecerá tradução e comentários em oito idiomas.                                                                                                                             

 Fonte: Vatican news , 23/07    Imagem: freepik

Vamos celebrar a Semana Nacional da Família

 


Um tempo especial para colocar a família no centro da missão da Igreja que teve início, em âmbito nacional, em 1992.

 

Imagem: freepik

De 10 a 16 de agosto celebramos a Semana Nacional da Família, em sintonia com o  Ano Jubilar, com o tema: “É tempo de Júbilo em nossa vida”, com o lema “Ora a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5)”.

 

O que é a Semana Nacional da Família?

A Semana Nacional da Família (SNF) é um momento forte no qual a Pastoral Familiar, em articulação com as demais pastorais, movimentos, serviços e a sociedade em geral, intensifica seus esforços no sentido de evangelizar a família na globalização de seus diversos aspectos e realidades. O momento é marcado por encontros, formações, momentos de oração e gestos concretos de evangelização.

 

Sugestões

A Pastoral Familiar oferece sugestões de ações que podem ser desenvolvidas para melhor aprofundamento das reflexões do Hora da Família e ter uma experiência evangelizadora de encontro com Cristo e valorização da família.

Comunhão

Seja na paróquia ou na Diocese, é fundamental que haja a articulação da Pastoral Familiar com as demais pastorais, movimentos, escolas e serviços. Isso para que a promoção da Semana Nacional da Família seja universal e participativa. Cada grupo pode contribuir com seu testemunho de Igreja e de unidade, juntando todos os que amam a família para somar esforços a fim de protegê-la e defendê-la.

 

Celebrações

O subsídio Hora da Família é um material fundamental para quem deseja rezar em e pela família. Nele são oferecidos os encontros para cada dia da Semana Nacional da Família e sugestões de celebrações. As indicações para bem viver este momento é que sejam incentivadas nas comunidades a realização de missa de abertura e encerramento da Semana, distribuição de orações e mensagens sobre a família. Realização de caminhadas com reza do terço nas ruas e momentos de reflexão nas residências das famílias também são importantes.

O subsídio Hora da Família 2025 pode ser adquirido pelo WhatsApp (61) 3443-2900.

 

Ato concreto

Uma ação interessante é marcar a presença da família na rotina da cidade por meio de uma carreata no momento de movimento do comércio, com carros de som e música da família ou uma caminhada paroquial em favor da família, com faixas e cartazes.

No contexto da Semana Nacional da Família, as comunidades poderão promover também ações caritativas em favor das famílias carentes como gesto concreto dos encontros do Hora da Família.

 

Divulgação

Os coordenadores paroquiais, diocesanos ou regionais da Pastoral Familiar podem se disponibilizar a atender jornalistas dos meios de comunicação impressos, do rádio, da televisão ou da internet. Além disso, é importante reforçar a campanha nas redes sociais. Não esqueça de marcar a Pastoral Familiar Nacional (@pastoralfamiliarcnbb) nas redes sociais para também compartilhar as programações e as iniciativas realizadas.

 

Pensando nisso, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) disponibilizou alguns arquivos (material gráfico), dicas de fontes e imagens da Semana Nacional da Família. Acesse aqui. Arquivos

 

Encerramento

Depois  do último encontro do Hora da Família, os grupos participantes podem se reunir para partilhar as experiências e bênçãos recebidas durante a realização de cada momento de oração em família. Este encerramento festivo da Semana da Família pode também um grande momento de evangelização.

 

Imagem: freepik


 




Leão XIV pede a Netanyahu cessar-fogo e fim da guerra

O Papa Leão XIV, recebeu em Castel Gandolfo um telefonema do primeiro-Ministro de Israel, Sr. Benjamin Netanyahu, após o ataque militar israelense de ontem contra a Igreja da Sagrada Família em Gaza, que resultou na morte de três pessoas e ferimentos em outras, algumas com gravidade.

Durante a conversa, o Santo Padre renovou seu apelo por um novo impulso nas negociações, por um cessar-fogo e pelo fim da guerra. Ele reiterou sua preocupação com a dramática situação humanitária da população de Gaza, cujo preço doloroso está sendo pago especialmente por crianças, idosos e doentes.

Leão reiterou a urgência de proteger os locais de culto e, acima de tudo, os fiéis e todas as pessoas na Palestina e em Israel.

MInistério da Visitação - Ir. Patricia Silva

COP30: Igreja faz referência aos POBRES cuja JORNADA MUNDIAL celebra-se nesta semana*

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