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01/07/2025

Arcebispos receberam do Papa Leão XIV, o Pálio

Na manhã do domingo (29/06), 54 arcebispos receberam do Papa Leão XIV o pálio, símbolo de comunhão com a Igreja. Durante a cerimônia, fizeram o juramento de fidelidade à Igreja.

Entre eles, 5 brasileiros: 

D. Ângelo Ademir Mezzari, r.c.i., arcebispo de Vitória (ES); 

D. Odelir J. Magri, mccj, Chapecó (SC); 

D.Francisco Carlos Bach, Joinville (SC); 

D. Antônio Emídio Vilar, s.d.b., arcebispo de São José do Rio Preto (SP).

D. Vítor Agnaldo de Menezes, Vitória da Conquista (BA)

O Pálio  (do latim “pallium”, manto de lã) é uma veste litúrgica usada na Igreja Católica, uma faixa de lã branca colocada sobre ombros dos Arcebispos.

Esta faixa representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros, assim como fez Cristo com a ovelha perdida.


30/06/2025

MENSAGEM DO PAPA LEÃO XIV aos SACERDOTES



POR OCASIÃO DO DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO
PELA SANTIFICAÇÃO DOS SACERDOTES

[27 de junho de 2025 - Solenidade do Sagrado Coração de Jesus]

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Queridos irmãos no sacerdócio!

Neste dia mundial de oração pela santificação dos sacerdotes, que se celebra na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, dirijo-me a cada um de vós com sentimentos de gratidão e de grande confiança.

O Coração de Cristo, trespassado por amor, é a carne viva e vivificante que acolhe cada um de nós, transformando-nos à imagem do Bom Pastor. É ali que se compreende a verdadeira identidade do nosso ministério: ardentes da misericórdia de Deus, somos testemunhas alegres do seu amor que cura, acompanha e redime.

Por isso, a festa de hoje renova nos nossos corações o chamamento ao dom total de nós mesmos no serviço do povo santo de Deus. Esta missão começa com a oração e continua na união com o Senhor, que continuamente reaviva em nós o seu dom: a santa vocação ao sacerdócio.

Fazer memória desta graça, como afirma Santo Agostinho, significa entrar num «santuário amplo e sem limites» (Confissões, X, 8.15), que não se limita a conservar algo do passado, mas torna sempre novo e atual o que aí está guardado. Só fazendo memória é que vivemos e fazemos reviver o que o Senhor nos entregou, pedindo-nos que, por nossa vez, o transmitíssemos em seu nome. A memória unifica o nosso coração no Coração de Cristo e a nossa vida na vida de Cristo, para que nos tornemos capazes de levar a Palavra e os Sacramentos da salvação ao povo santo de Deus, a fim de termos um mundo reconciliado no amor. Só no Coração de Jesus encontramos a nossa verdadeira humanidade de filhos de Deus e de irmãos entre nós. Por estas razões, gostaria de vos dirigir hoje um convite urgente: sede construtores de unidade e de paz!

Num mundo marcado por crescentes tensões, mesmo no seio das famílias e das comunidades eclesiais, o sacerdote é chamado a promover a reconciliação e a gerar comunhão. Ser construtores de unidade e de paz significa ser pastores capazes de discernimento, hábeis na arte de compor os fragmentos de vida que nos são confiados, para ajudar as pessoas a encontrar a luz do Evangelho no meio das tribulações da existência; significa ser leitores sábios da realidade, indo para além das emoções do momento, dos medos e das modas; significa oferecer propostas pastorais que geram e regeneram a fé, construindo boas relações, laços de solidariedade, comunidades onde brilha o estilo da fraternidade. Ser construtores de unidade e de paz não significa impor-se, mas servir. Em particular, a fraternidade sacerdotal torna-se um sinal crível da presença do Senhor Ressuscitado entre nós quando caracteriza o caminho comum dos nossos presbitérios.

Convido-vos, por isso, a renovar hoje, diante do Coração de Cristo, o vosso “sim” a Deus e ao seu povo santo. Deixai-vos plasmar pela graça, acalentai o fogo do Espírito recebido na Ordenação, para que, unidos a Ele, sejais sacramento do amor de Jesus no mundo. Não tenhais medo da vossa fragilidade: o Senhor não procura sacerdotes perfeitos, mas corações humildes, abertos à conversão e prontos a amar como Ele mesmo nos amou.

Queridos irmãos sacerdotes, o Papa Francisco propôs-nos de novo a devoção ao Sagrado Coração como espaço de encontro pessoal com o Senhor (cf. Carta Encíclica Dilexit nos, 103), ou seja, como lugar onde podemos levar e resolver os nossos conflitos interiores e os que dilaceram o mundo contemporâneo, pois «n’Ele tornamo-nos capazes de nos relacionarmos uns com os outros de forma saudável e feliz, e de construir neste mundo o Reino de amor e de justiça. O nosso coração unido ao de Cristo é capaz deste milagre social» (ibid., 28).

Ao longo deste Ano Santo, que nos convida a ser peregrinos de esperança, o nosso ministério será tanto mais fecundo quanto mais enraizado estiver na oração, no perdão, na proximidade aos pobres, às famílias e aos jovens em busca da verdade. Não esqueçais: um sacerdote santo faz florescer, à sua volta, a santidade.

Confio-vos a Maria, Rainha dos Apóstolos e Mãe dos Sacerdotes, e a todos abençoo de coração.

Vaticano, 27 de junho de 2025

LEÃO PP. XIV

Solenidade dos Santos Apóstlos Pedro e Paulo - Homilia do Papa Leão

 



SANTA MISSA E BÊNÇÃO DOS PÁLIOS PARA OS NOVOS ARCEBISPOS METROPOLITANOS

NA SOLENIDADE DOS SANTOS APÓSTOLOS PEDRO E PAULO

CAPELA PAPAL

HOMILIA DO PAPA LEÃO XIV

Basílica de São Pedro
Sábado, 29 de junho de 2025

[Multimídia]

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Queridos irmãos e irmãs:

Hoje celebramos dois irmãos na fé, Pedro e Paulo, que reconhecemos como colunas da Igreja e veneramos como patronos da diocese e da cidade de Roma.

A história destes dois Apóstolos interpela-nos de perto também a nós, Comunidade peregrina dos discípulos do Senhor no nosso tempo. Em particular, olhando para o seu testemunho, gostaria de sublinhar dois aspectos: a comunhão eclesial e a vitalidade da fé.

Em primeiro lugar, a comunhão eclesial. A liturgia desta solenidade mostra-nos como Pedro e Paulo foram chamados a viver um único destino, o do martírio, que os associou definitivamente a Cristo. Na primeira leitura, encontramos Pedro que, na prisão, aguarda a execução da sentença (cf. Act 12, 1-11); na segunda leitura, o apóstolo Paulo afirma, numa espécie de testamento e estando também ele preso, que o seu sangue está prestes a ser derramado e oferecido a Deus (cf. 2 Tim 4, 6-8.17-18). Assim, tanto Pedro como Paulo dão a vida pela causa do Evangelho.

No entanto, esta comunhão na única confissão de fé não é uma conquista pacífica. Os dois Apóstolos alcançam-na como uma meta a que chegam depois de um longo caminho, no qual cada um abraçou a fé e viveu o apostolado de forma diferente. A sua fraternidade no Espírito não apaga as diferenças de onde partiram: Simão era um pescador da Galileia, Saulo um intelectual rigoroso pertencente ao grupo dos fariseus; o primeiro deixa imediatamente tudo para seguir o Senhor; o segundo persegue os cristãos até ser transformado por Cristo Ressuscitado; Pedro prega sobretudo aos judeus; Paulo é impelido a levar a Boa Nova aos gentios.

Como sabemos, não faltaram conflitos entre os dois no que diz respeito à relação com os pagãos, a ponto de Paulo afirmar: «quando Cefas veio para Antioquia, opus-me frontalmente a ele, porque estava a comportar-se de modo condenável» (Gl 2, 11). E esta questão, conhecemo-lo bem, será tratada no Concílio de Jerusalém, no qual os dois Apóstolos voltarão a confrontar-se.

Caríssimos, a história de Pedro e Paulo ensina-nos que a comunhão a que o Senhor nos chama é uma harmonia de vozes e rostos, e não apaga a liberdade de cada um. Os nossos Padroeiros percorreram caminhos diferentes, tiveram ideias diferentes, por vezes confrontaram-se e discordaram com franqueza evangélica. Mas isso não os impediu de viver a concordia apostolorum, ou seja, uma viva comunhão no Espírito, uma sintonia fecunda na diversidade. Como afirma Santo Agostinho, «temos um só dia para as Paixões dos dois Apóstolos. Eles eram dois e formavam um só ser. Embora tivessem sofrido em dias diferentes, eles formavam um só ser» (Sermão 295, 7.7).

Tudo isto nos interroga sobre o caminho da comunhão eclesial. Ela nasce do impulso do Espírito, une a diversidade e constrói pontes de unidade na variedade de carismas, dons e ministérios. É importante aprender desta forma a viver a comunhão, como unidade na diversidade, para que a variedade dos dons, ligados na confissão da única fé, contribua para o anúncio do Evangelho. Por este caminho somos chamados a caminhar, olhando precisamente para Pedro e Paulo, porque todos temos necessidade desta fraternidade. A Igreja precisa dela, as relações entre os leigos e os presbíteros, entre os presbíteros e os Bispos, entre os Bispos e o Papa precisam dela; assim como precisam dela a vida pastoral, o diálogo ecuménico e a relação de amizade que a Igreja quer manter com o mundo. Empenhemo-nos em fazer da nossa diversidade um laboratório de unidade e comunhão, de fraternidade e reconciliação, para que cada pessoa na Igreja, com a sua história pessoal, aprenda a caminhar junto dos outros.

Os santos Pedro e Paulo interpelam-nos também sobre a vitalidade da nossa fé. Com efeito, na experiência do discipulado há sempre o risco de cair no hábito, no ritualismo, em padrões pastorais que se repetem sem renovação e sem captar os desafios do presente. Na história dos dois Apóstolos, pelo contrário, inspiramo-nos na sua disponibilidade para se abrirem à mudança, para se deixarem interpelar pelos acontecimentos, pelos encontros e pelas situações concretas das comunidades, para procurarem novos caminhos de evangelização a partir dos problemas e das questões colocadas pelos seus irmãos e irmãs na fé.

E, no centro do Evangelho que escutámos, está a pergunta que Jesus faz aos seus discípulos, e que hoje dirige também a nós, para que possamos discernir se o caminho da nossa fé conserva ainda o dinamismo e a vitalidade, se a chama da nossa relação com o Senhor continua acesa: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» (Mt 16, 15)

Todos os dias, em cada hora da história, devemos estar sempre atentos a esta pergunta. Se não quisermos que o nosso ser cristão se reduza a uma herança do passado, como tantas vezes nos alertou o Papa Francisco, é importante sair do risco de uma fé cansada e estática, para nos perguntarmos: quem é Jesus Cristo para nós hoje? Que lugar ocupa ele na nossa vida e na ação da Igreja? Como podemos testemunhar esta esperança na vida quotidiana e anunciá-la àqueles que encontramos?

Irmãos e irmãs, o exercício do discernimento, que nasce destas perguntas, permite que a nossa fé e a Igreja continuamente se renovem e experimentem novos caminhos e novas práticas no anúncio do Evangelho. Isto, juntamente com a comunhão, deve ser o nosso primeiro desejo. Hoje, de modo particular, gostaria de me dirigir à Igreja que está em Roma, porque, mais do que qualquer outra, é chamada a tornar-se sinal de unidade e comunhão, uma Igreja que arde com uma fé viva, uma Comunidade de discípulos que testemunham a alegria e a consolação do Evangelho em todas as situações humanas.

Na alegria desta comunhão, que o caminho dos Santos Pedro e Paulo nos convida a cultivar, saúdo os meus irmãos Arcebispos que hoje recebem o Pálio. Caríssimos, este sinal, ao mesmo tempo que recorda a tarefa pastoral que vos está confiada, exprime a vossa comunhão com o Bispo de Roma, para que, na unidade da fé católica, cada um de vós a alimente nas Igrejas locais que vos foram confiadas.

Em seguida, gostaria de saudar os membros do Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana: obrigado pela vossa presença aqui e pelo vosso zelo pastoral. Que o Senhor conceda a paz ao vosso povo!

E com sincera gratidão saúdo a Delegação do Patriarcado Ecuménico, aqui enviada pelo nosso querido irmão Sua Santidade Bartolomeu.

Queridos irmãos e irmãs, edificados pelo testemunho dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, caminhemos juntos na fé e na comunhão e invoquemos a sua intercessão para todos nós, para a cidade de Roma, para a Igreja e para o mundo inteiro.

27/06/2025

80 anos da Carta da ONU, guerras em curso


As guerras em curso, o declínio do multilateralismo, a voz profética dos Papas
Andrea Tornielli

Em 26 de junho de 1945, era assinada em São Francisco a Carta das Nações Unidas, que em seu Preâmbulo indica o propósito de "salvar as futuras gerações do flagelo da guerra" e de "promover o progresso social e um mais elevado padrão de vida dentro de uma liberdade mais ampla". Ela foi assinada pelos representantes de 50 países emergentes da mais catastrófica – e ainda não concluída – guerra mundial vivida pela humanidade. Uma guerra que marcaria o recorde macabro de aproximadamente 50 milhões de mortes, a maioria civis.

Oitenta anos depois desta instituição – templo do multilateralismo, que tem sua razão de ser na primazia da negociação sobre o uso da força, na manutenção da paz e no respeito ao direito internacional – mostra todas as suas rugas. No entanto, sua instituição representou um verdadeiro milagre, ocorrido na cidade estadunidense que leva o nome do Santo de Assis. Um milagre frágil, como o vidro do Palácio de Vidro, que levou a resultados importantes: a codificação e o desenvolvimento do direito internacional, a construção das normativas dos direitos humanos, o aprimoramento do direito humanitário, a resolução de muitos conflitos e muitas operações de paz e reconciliação.

Precisamos desse frágil milagre mais do que nunca hoje. Devemos torná-lo menos frágil, acreditar nele como demonstraram acreditar os Sucessores de Pedro, que de 1965 a 2015 visitaram o Palácio de Vidro, reconhecendo que as Nações Unidas foram e continuam sendo a resposta jurídica e política adequada aos tempos em que vivemos, marcados por um poder tecnológico que, nas mãos de ideologias, pode produzir atrocidades terríveis.

Nestes dias, pronunciando-se em uma conferência na Universidade de Pádua, o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, afirmou com lúcido realismo: "Devemos proteger as conquistas de anos que nos levaram a codificar o direito internacional, que é totalmente diferente de uma ordem internacional e, muitas vezes, em contraposição a uma ordem internacional. Porque a ordem internacional — acrescentou o ministro — é normalmente imposta por alguém, pelo mais forte, que pode decidir que essa lei, em alguns casos, não conta. Que é o que estamos vivendo hoje... Isso porque o multilateralismo está morto e a ONU conta tanto quanto a Europa no mundo, nada!".

Não é preciso muita imaginação para entender a que se referem suas palavras: basta observar o que aconteceu nos últimos três anos, desde a agressão russa contra a Ucrânia até o ataque desumano do Hamas contra Israel em 7 de outubro; desde a guerra que arrasou Gaza, transformando-a em uma pilha fantasmagórica de escombros e cadáveres, até o perturbador conflito entre Israel e Irã, que também contou com a intervenção dos Estados Unidos. É verdade, infelizmente, que a ordem internacional é imposta pelo mais forte, que decide quando proclamar e quando esquecer o direito internacional e o direito humanitário, conforme a conveniência.

Por isso, oitenta anos após o início daquele frágil milagre, com a voz de Leão XIV, repetimos as palavras “mais urgentes do que nunca” do profeta Isaías: «Uma nação não levantará a espada contra outra nação, e não se adestrarão mais para a guerra». “Que seja ouvida esta voz que vem do Altíssimo”, disse o Papa, “sejam curadas as feridas causadas pelas ações sangrentas dos últimos dias. Rejeite-se toda a lógica da arrogância e da vingança e seja escolhida com determinação a via do diálogo, da diplomacia e da paz.” Os caminhos do multilateralismo e da negociação. Os caminhos trilhados há oitenta anos, que representam a única alternativa para o nosso mundo tão próximo do abismo da autodestruição.

Vatican news


01/06/2025

Jubileu das Famílias, Crianças e Idosos

Pixabay

Dias 30,31 de maio e 1º de junho, acontece o Jubileu das Famílias em Roma. São  60 mil peregrinos a Roma de 131 países.

Dia 30 aconteceram as peregrinação de muitas famílias às portas santas das  basílicas: São Pedro, no Vaticano; São João de Latrão; Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros, em Roma. 

Na tarde de sábado (31), é a "Festa da Família", com um concerto musical e momentos de oração. na praça São João de Latrão, das 18h30 às 20h.

Domingo (1º), todos participam da missa celebrada por Leão XIV na praça de São Pedro, às 10h30 (5h30 no horário de Brasília). 

 Na ocasião serão distribuídos 10 mil exemplares da nova edição da Bíblia Infantil. 

24/05/2025

Aniversário de 10 anos da Laudato sì

                           


                                                                                                     

Hoje, 24 de maio, celebramos 10 anos da publicação da Laudato sì.                                                  

Agradecemos a Deus, rezando com o querido  Papa Francisco:                                                                                                                         


   Nós Vos louvamos, Pai,

com todas as vossas criaturas,

que saíram da vossa mão poderosa.

São vossas e estão repletas da vossa presença

e da vossa ternura.

Louvado sejais!

Filho de Deus, Jesus,

por Vós foram criadas todas as coisas.

Fostes formado no seio materno de Maria,

fizestes-Vos parte desta terra,

e contemplastes este mundo

com olhos humanos.

Hoje estais vivo em cada criatura

com a vossa glória de ressuscitado.

Louvado sejais!

Espírito Santo, que, com a vossa luz,

guiais este mundo para o amor do Pai

e acompanhais o gemido da criação,

Vós viveis também nos nossos corações

a fim de nos impelir para o bem.

Senhor Deus, Uno e Trino,

comunidade estupenda de amor infinito,

ensinai-nos a contemplar-Vos

na beleza do universo,

onde tudo nos fala de Vós.

Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão

por cada ser que criastes.

Dai-nos a graça de nos sentirmos

intimamente unidos

a tudo o que existe.

Deus de amor,

mostrai-nos o nosso lugar neste mundo

como instrumentos do vosso carinho

por todos os seres desta terra,

porque nem um deles sequer

é esquecido por Vós.

Iluminai os donos do poder e do dinheiro

para que não caiam no pecado da indiferença,

amem o bem comum, promovam os fracos,

e cuidem deste mundo que habitamos.

Os pobres e a terra estão bradando:

Senhor, tomai-nos

sob o vosso poder e a vossa luz,

para proteger cada vida,

para preparar um futuro melhor,

para que venha o vosso Reino

de justiça, paz, amor e beleza.

Louvado sejais!

 (LS  246)      

21/05/2025

Leão XIV: confio o início do Pontificado à intercessão do Apóstolo dos Gentios

Leão XIV visita a São Paulo além muros 


Foto: Vatican.media

O Papa Leão XIV visitou a Basílica de São Paulo Fora dos Muros na tarde da terça-feira, 20 de maio. Em sua homilia, o Santo Padre destacou três grandes temas da Carta de São Paulo aos Romanos: graça, fé e justiça, e confiou "o início deste novo Pontificado à intercessão do Apóstolo dos Gentios".

Meditando sobre a mensagem desse grande Apóstolo, Leão XIV ressaltou que "São Paulo diz, primeiramente, que recebeu de Deus a graça da vocação, ou seja, reconhece que o seu encontro com Cristo e o seu ministério estão ligados ao amor com que Deus o amou primeiro, chamando-o a uma nova existência, quando ele ainda estava longe do Evangelho e perseguia a Igreja".

"Pedimos-lhe que saibamos cultivar e difundir a sua caridade, tornando-nos próximos uns dos outros, no mesmo combate de sentimentos que, a partir do encontro com Cristo, levou o antigo perseguidor a fazer-se «tudo para todos», até ao martírio."

Fonte: Vatican.news


11/05/2025

A vida e história de Papa Leão XIV: Robertum Franciscum Prevost


O Escritório das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice divulgou a fotografia do Papa Leão XIV, acompanhada de sua assinatura e da data de sua eleição.

Primeiro papa agostiniano, é o segundo pontífice americano depois de Francisco, mas, ao contrário de Bergoglio, o estadunidense Robert Francis Prevost, de 69 anos, é originário do norte do continente. De fato, o novo bispo de Roma nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois, filho de Louis Marius Prevost, de ascendência francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de ascendência espanhola. Ele tem dois irmãos, Louis Martín e John Joseph.

Passou a infância e a adolescência com a família e estudou primeiro no Seminário Menor dos Padres Agostinianos e depois na Villanova University, na Pensilvânia, onde se formou em 1977 em Matemática e estudou Filosofia. Em 1º de setembro do mesmo ano, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (OSA) em St. Louis, na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Chicago, e fez sua primeira profissão em 2 de setembro de 1978. Em 29 de agosto de 1981, emitiu seus votos solenes.

Estudou na Catholic Theological Union em Chicago, graduando-se em Teologia. Aos 27 anos, foi enviado por seus superiores a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Na Urbe, foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, no Colégio Agostiniano de Santa Mônica, por Dom Jean Jadot, pró-presidente do Pontifício Conselho para os Não Cristãos, hoje Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.

Prevost obteve a licenciatura em 1984 e, no ano seguinte, enquanto preparava sua tese de doutorado, foi enviado para a missão agostiniana em Chulucanas, Piura, Peru (1985-1986). Em 1987 defendeu sua tese de doutorado sobre "O papel do prior local da Ordem de Santo Agostinho" e foi nomeado Diretor de Vocações e Diretor de Missões da Província Agostiniana "Mãe do Bom Conselho" em Olympia Fields, Illinois (EUA).

No ano seguinte, ingressou na missão de Trujillo, também no Peru, como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Durante onze anos, ocupou os cargos de Prior da comunidade (1988-1992), Diretor de Formação (1988-1998) e formador dos professos (1992-1998) e na Arquidiocese de Trujillo foi Vigário Judicial (1989-1998) e Professor de Direito Canônico, Patrística e Moral no Seminário Maior “São Carlos e São Marcelo”. Ao mesmo tempo, também lhe foi confiado o cuidado pastoral de Nossa Senhora Mãe da Igreja, que mais tarde foi erigida como paróquia com o título de Santa Rita (1988-1999), na periferia pobre da cidade, e foi administrador paroquial de Nossa Senhora de Monserrat de 1992 a 1999.

Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Agostiniana “Mãe do Bom Conselho” de Chicago, e dois anos e meio depois, no Capítulo Geral Ordinário da Ordem de Santo Agostinho, seus coirmãos o escolheram como prior geral, confirmando-o em 2007 para um segundo mandato.

Em outubro de 2013, retornou à sua província agostiniana, em Chicago, e foi diretor de formação no convento de Santo Agostinho, primeiro conselheiro e vigário provincial; cargos que ocupou até que o Papa Francisco o nomeou, em 3 de novembro de 2014, administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo, elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. Ele entrou na diocese em 7 de novembro, na presença do Núncio Apostólico James Patrick Green, que o ordenou bispo pouco mais de um mês depois, em 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral de Santa Maria.

O seu lema episcopal é “In Illo uno unum”, palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”.

Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo pelo pontífice argentino e, em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, na qual também foi membro do Conselho Econômico e presidente da Comissão de Cultura e Educação.

Em 2019, por decisão de Francisco, foi incluído entre os membros da Congregação para o Clero em 13 de julho de 2019 e, no ano seguinte, entre os membros da Congregação para os Bispos (21 de novembro). Nesse meio tempo, em 15 de abril de 2020, recebe a nomeação pontifícia também como administrador apostólico da diocese peruana de Callao.

Em 30 de janeiro de 2023, o Papa o chamou a Roma como Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, promovendo-o a arcebispo. E no Consistório de 30 de setembro do mesmo ano, ele o criou e o tornou cardeal, atribuindo-lhe o diaconato de Santa Mônica. Prevost tomou posse em 28 de janeiro de 2024 e, como chefe do dicastério, participou das últimas viagens apostólicas do Papa Francisco e da primeira e segunda sessões da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, realizadas em Roma de 4 a 29 de outubro de 2023 e de 2 a 27 de outubro de 2024, respectivamente. Uma experiência em assembleias sinodais já adquirida no passado como Prior dos Agostinianos e representante da União dos Superiores Gerais (UGS).

Enquanto isso, em 4 de outubro de 2023, Francisco o incluiu entre os membros dos Dicastérios para a Evangelização, Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares; para a Doutrina da Fé; para as Igrejas Orientais; para o Clero; para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; para a Cultura e a Educação; para os Textos Legislativos; da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano.

Finalmente, em 6 de fevereiro deste ano, ele foi promovido à ordem dos bispos pelo Pontífice argentino, obtendo o título de Igreja Suburbicária de Albano.

Durante a última hospitalização de seu predecessor no hospital ‘Gemelli’, Prevost presidiu o rosário pela saúde de Francisco em 3 de março na Praça São Pedro.

Vatican News

10/05/2025

62º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES


11 de maio de 2025 – IV Domingo da Páscoa

Peregrinos de esperança: o dom da vida

Queridos irmãos e irmãs!

Neste 62ºI Dia Mundial de Oração pelas Vocações, desejo dirigir-vos um alegre e encorajador convite a serdes peregrinos de esperança, doando generosamente a vida.

A vocação é um dom precioso que Deus semeia nos corações, uma chamada a sair de si mesmo para trilhar um caminho de amor e serviço. E cada vocação na Igreja – seja laical, seja ao ministério ordenado, seja à vida consagrada – é sinal da esperança que Deus nutre pelo mundo e por cada um dos seus filhos.

Neste nosso tempo, muitos jovens sentem-se perdidos face ao futuro. Frequentemente vivem na incerteza quanto às perspectivas de emprego e, lá no fundo, experimentam uma crise de identidade que é uma crise de sentido e de valores, que a confusão digital torna ainda mais difícil de atravessar. A injustiça para com os fracos e os pobres, a indiferença do bem-estar egoísta e a violência da guerra ameaçam os projetos de vida boa que cultivam no seu íntimo. Contudo, o Senhor, que conhece o coração do homem, não nos abandona na insegurança; pelo contrário, quer suscitar em cada um a consciência de ser amado, chamado e enviado como peregrino de esperança.

Por isso, nós, membros adultos da Igreja, especialmente os pastores, somos convidados a acolher, discernir e acompanhar o caminho vocacional das novas gerações. E vós, jovens, sois chamados a ser nele protagonistas, ou melhor, co-protagonistas com o Espírito Santo, que suscita em vós o desejo de fazer da vida um dom de amor.

Acolher o próprio caminho vocacional

Queridos jovens, «a vossa vida não é “entretanto”; vós sois o agora de Deus» (Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 178). É necessário tomar consciência de que o dom da vida exige uma resposta generosa e fiel. Olhai para os jovens santos e beatos que responderam com alegria à chamada do Senhor: Santa Rosa de Lima, São Domingos Sávio, Santa Teresa do Menino Jesus, São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, os Beatos – que em breve serão Santos – Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, e muitos outros. Cada um deles viveu a vocação como um caminho para a felicidade plena, na relação com Jesus vivo. Quando escutamos a sua palavra, o nosso coração arde (cf. Lc 24, 32) e sentimos o desejo de consagrar a vida a Deus! Desejamos, por isso, descobrir de que modo, em que forma de vida é possível retribuir o amor que Ele primeiro nos dá.

Toda a vocação, sentida na profundidade do coração, faz germinar uma resposta como impulso interior ao amor e ao serviço, como fonte de esperança e caridade e não como busca de autoafirmação. Vocação e esperança entrelaçam-se, portanto, no projeto divino pela alegria de cada homem e mulher, todos eles chamados em primeira pessoa a oferecer a sua vida pelos outros (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 268). São muitos os jovens que procuram conhecer o caminho que Deus os chama a percorrer: alguns constatam – muitas vezes com surpresa – a vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada; outros descobrem a beleza da chamada ao matrimónio e à vida familiar, bem como ao empenho pelo bem comum e ao testemunho da fé entre colegas e amigos.

Toda a vocação é animada pela esperança, que se traduz em confiança na Providência. Com efeito, para o cristão, ter esperança é mais do que um simples otimismo humano: é antes uma certeza enraizada na fé em Deus, que age na história de cada pessoa. E, deste modo, a vocação amadurece através do compromisso quotidiano de fidelidade ao Evangelho, na oração, no discernimento e no serviço.

Queridos jovens, a esperança em Deus não engana, porque Ele guia os passos de quem a Ele se entrega. O mundo precisa de jovens peregrinos de esperança, corajosos em dedicar a sua vida a Cristo, cheios de alegria por serem seus discípulos-missionários.

Discernir o próprio caminho vocacional

A descoberta da própria vocação passa por um caminho de discernimento. Este percurso nunca é solitário, mas desenvolve-se no seio da comunidade cristã e com ela.

O mundo, queridos jovens, induz-vos a fazer escolhas precipitadas e a encher os dias de barulho, impedindo a experiência de um silêncio aberto a Deus, que fala ao coração. Tende a coragem de parar, de escutar dentro de vós e de perguntar a Deus o que Ele sonha para vós. O silêncio da oração é indispensável para “interpretar” a chamada de Deus na própria história e para dar uma resposta livre e consciente.

O recolhimento permite compreender que todos podemos ser peregrinos de esperança se fizermos da nossa vida um dom, especialmente ao serviço daqueles que habitam as periferias materiais e existenciais do mundo. Quem se põe a escutar Deus que chama não pode ignorar o grito de tantos irmãos e irmãs que se sentem excluídos, feridos e abandonados. Cada vocação abre para a missão de ser presença de Cristo onde mais se sente necessidade de luz e consolação. Em particular, os fiéis leigos são chamados a ser “sal, luz e fermento” do Reino de Deus, através do empenho social e profissional.

Acompanhar o caminho vocacional

Nesse horizonte, os agentes pastorais e vocacionais, especialmente os conselheiros espirituais, não tenham medo de acompanhar os jovens com a esperançosa e paciente confiança da pedagogia divina. Trata-se de ser para eles pessoas capazes de escuta e respeitoso acolhimento; pessoas em quem podem confiar, guias sábios, disponíveis para os ajudar e atentos a reconhecer os sinais de Deus no seu caminho.

Exorto, portanto, a que se promova o cuidado da vocação cristã nos vários campos da vida e da atividade humana, favorecendo a abertura espiritual de cada pessoa à voz de Deus. Para este fim, é importante que os itinerários educativos e pastorais contemplem espaços adequados para o acompanhamento das vocações.

A Igreja precisa de pastores, religiosos, missionários e esposos que, com confiança e esperança, saibam dizer “sim” ao Senhor. A vocação nunca é um tesouro que fica fechado no coração, mas cresce e fortalece-se na comunidade que crê, ama e espera. E como ninguém pode responder sozinho à chamada de Deus, todos temos necessidade da oração e do apoio dos nossos irmãos e irmãs.

Caríssimos, a Igreja é viva e fecunda quando gera novas vocações. E o mundo, muitas vezes inconscientemente, procura testemunhas de esperança que anunciem com a vida que seguir Cristo é fonte de alegria. Por isso, não nos cansemos de pedir ao Senhor novos operários para a sua messe, certos de que Ele continua a chamar com amor. Queridos jovens, confio o vosso seguimento de Jesus à intercessão de Maria, Mãe da Igreja e das vocações. Caminhai sempre como peregrinos de esperança no caminho do Evangelho! Acompanho-vos com a minha bênção e peço-vos que rezeis por mim.

Roma, Hospital Gemelli, 19 de março de 2025.

FRANCISCO

09/05/2025

Cardeais brasileiros em Coletiva de Imprensa

 

Coletiva de Imprensa dos Cardeais Brasileiros

Na sexta-feira (9 de maio de 2025), sete cardeais brasileiros que participaram do conclave concedem uma entrevista coletiva em Roma. Os religiosos compartilham suas experiências na escolha de Leão XIV.

https://www.youtube.com/watch?v=FDzyp5VbbWE&t=28s

Leão XIV - primeira missa com os cardeais


 

Leão XIV: "O Senhor me chamou para carregar uma cruz e realizar uma missão"

Depois de eleito, Leão XIV celebra sua primeira missa com os cardeais. Em sua homilia, citou o Concílio Vaticano II, Santo Inácio de Antioquia e seu predecessor Francisco.

Após a eleição na tarde de 8 de maio, o Papa Leão XIV voltou esta manhã à Capela Sistina para presidir à Santa Missa com todos os membros do Colégio Cardinalício.

No início de sua homilia, fez em inglês uma saudação aos cardeais, repetindo as palavras do Salmo responsorial: “Cantarei um cântico novo ao Senhor, porque ele fez maravilhas”.

"E, de fato, não apenas comigo, mas com todos nós. Meus irmãos cardeais, ao celebrarmos esta manhã, convido-os a refletir sobre as maravilhas que o Senhor fez, as bênçãos que o Senhor continua a derramar sobre todos nós por meio do Ministério de Pedro. O Senhor me chamou para carregar essa cruz e realizar essa missão, e sei que posso contar com cada um de vocês para caminhar comigo, continuamos como Igreja, como uma comunidade de amigos de Jesus, como fiéis para anunciar a Boa Nova, para anunciar o Evangelho."

Fiel administrador a favor de todo o Corpo místico da Igreja

Em seguida, começou a ler o texto previamente preparado, em que refletiu sobre a frase que Simão Pedro dirige a Jesus, contida no capítulo 16 do Evangelho de Mateus: 'Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo'."

Essas palavras de Pedro, afirma o Papa recém-eleito, expressam em síntese o patrimônio que há dois mil anos a Igreja preserva, aprofunda e transmite através da sucessão apostólica. Ou seja, Jesus é o único Salvador e o revelador da face do Pai.

Citando a “Gaudium et spes” do Concílio Vaticano II, Leão XIV recorda que o Filho de Deus se revela a nós através dos olhos confiantes de uma criança, mostrando-nos assim um modelo de humanidade santa que todos podemos imitar.

Este tesouro agora “é confiado também a mim, para que eu seja um fiel administrador a favor de todo o Corpo místico da Igreja, de modo que esta seja sempre mais cidade colocada sobre o monte (cfr Ap 21,10), arca de salvação que navega através das ondas da história, farol que ilumina as noites do mundo. E isso não tanto pela grandiosidade de suas estruturas, mas pela santidade dos seus membros".

Chamados a testemunhar a alegria da fé

Retomando o episódio bíblico narrado em Mateus, Leão XIV reflete ainda sobre a resposta de Jesus a Pedro, quando diz “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?”.

Não se trata de uma questão banal, afirma o Papa, pelo contrário, é de grande atualidade. Pois há duas possíveis interpretações. A primeira é a que identifica Jesus como uma pessoa sem importância alguma, ao máximo um personagem curioso, como fizeram os habitantes de Cesareia de Filipe. Outra possível resposta é a das pessoas comuns, que veem Jesus não como um charlatão, mas uma pessoa reta, com coragem e que diz coisas justas. Mas o consideram somente um homem e, por isso, no momento do perigo, durante a Paixão, O abandonam.

“Também hoje, não são poucos os contextos em que a fé cristã é considerada algo absurdo destinada a pessoas débeis e pouco inteligentes; contextos em que a ela preferem-se outras seguranças, como a tecnologia, o dinheiro, o sucesso, o poder e o prazer.”

Trata-se de ambientes onde não é fácil testemunhar nem anunciar o Evangelho, e onde quem acredita se vê ridicularizado, contrastado, desprezado, ou, quando muito, suportado e digno de pena.

No entanto, precisamente por isso, são lugares onde a missão se torna urgente, porque a falta de fé, muitas vezes, traz consigo dramas como a perda do sentido da vida, o esquecimento da misericórdia, a violação da dignidade da pessoa, a crise da família e tantas outras feridas das quais a nossa sociedade sofre, e não pouco.

“Ainda hoje, não faltam contextos nos quais Jesus, embora apreciado como homem, é simplesmente reduzido a uma espécie de líder carismático ou super-homem, e isto não apenas entre quem não crê, mas também entre muitos batizados, que acabam por viver, a este nível, num ateísmo prático.”

Este, portanto, é o mundo que nos está confiado e no qual, como tantas vezes nos ensinou o Papa Francisco, somos chamados a testemunhar a alegria da fé em Jesus Salvador.

Antes de concluir, citou a frase de Santo Inácio de Antioquia ao se encaminhar para o seu martírio: «Então serei verdadeiro discípulo de Jesus, quando o meu corpo for subtraído à vista do mundo» (Carta aos Romanos, IV, 1).

Essas palavras, afirmou, recordam um compromisso irrenunciável para quem, na Igreja, exerce um ministério de autoridade: desaparecer para que Cristo permaneça, fazer-se pequeno para que Ele seja conhecido e glorificado gastar-se até ao limite para que a ninguém falte a oportunidade de O conhecer e amar.

“Que Deus me dê esta graça, hoje e sempre, com a ajuda da terna intercessão de Maria, Mãe da Igreja.

08/05/2025

A vida e história de Papa Leão XIV: Robertum Franciscum Prevost




Primeiro papa agostiniano, é o segundo pontífice americano depois de Francisco, mas, ao contrário de Bergoglio, o estadunidense Robert Francis Prevost, de 69 anos, é originário do norte do continente. De fato, o novo bispo de Roma nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois, filho de Louis Marius Prevost, de ascendência francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de ascendência espanhola. Ele tem dois irmãos, Louis Martín e John Joseph.


Passou a infância e a adolescência com a família e estudou primeiro no Seminário Menor dos Padres Agostinianos e depois na Villanova University, na Pensilvânia, onde se formou em 1977 em Matemática e estudou Filosofia. Em 1º de setembro do mesmo ano, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (OSA) em St. Louis, na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Chicago, e fez sua primeira profissão em 2 de setembro de 1978. Em 29 de agosto de 1981, emitiu seus votos solenes.


Estudou na Catholic Theological Union em Chicago, graduando-se em Teologia. Aos 27 anos, foi enviado por seus superiores a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Na Urbe, foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, no Colégio Agostiniano de Santa Mônica, por Dom Jean Jadot, pró-presidente do Pontifício Conselho para os Não Cristãos, hoje Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.


Prevost obteve a licenciatura em 1984 e, no ano seguinte, enquanto preparava sua tese de doutorado, foi enviado para a missão agostiniana em Chulucanas, Piura, Peru (1985-1986). Em 1987 defendeu sua tese de doutorado sobre "O papel do prior local da Ordem de Santo Agostinho" e foi nomeado Diretor de Vocações e Diretor de Missões da Província Agostiniana "Mãe do Bom Conselho" em Olympia Fields, Illinois (EUA).


No ano seguinte, ingressou na missão de Trujillo, também no Peru, como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Durante onze anos, ocupou os cargos de Prior da comunidade (1988-1992), Diretor de Formação (1988-1998) e formador dos professos (1992-1998) e na Arquidiocese de Trujillo foi Vigário Judicial (1989-1998) e Professor de Direito Canônico, Patrística e Moral no Seminário Maior “São Carlos e São Marcelo”. Ao mesmo tempo, também lhe foi confiado o cuidado pastoral de Nossa Senhora Mãe da Igreja, que mais tarde foi erigida como paróquia com o título de Santa Rita (1988-1999), na periferia pobre da cidade, e foi administrador paroquial de Nossa Senhora de Monserrat de 1992 a 1999.


Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Agostiniana “Mãe do Bom Conselho” de Chicago, e dois anos e meio depois, no Capítulo Geral Ordinário da Ordem de Santo Agostinho, seus coirmãos o escolheram como prior geral, confirmando-o em 2007 para um segundo mandato.


Em outubro de 2013, retornou à sua província agostiniana, em Chicago, e foi diretor de formação no convento de Santo Agostinho, primeiro conselheiro e vigário provincial; cargos que ocupou até que o Papa Francisco o nomeou, em 3 de novembro de 2014, administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo, elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. Ele entrou na diocese em 7 de novembro, na presença do Núncio Apostólico James Patrick Green, que o ordenou bispo pouco mais de um mês depois, em 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral de Santa Maria.


O seu lema episcopal é “In Illo uno unum”, palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”.


Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo pelo pontífice argentino e, em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, na qual também foi membro do Conselho Econômico e presidente da Comissão de Cultura e Educação.


Em 2019, por decisão de Francisco, foi incluído entre os membros da Congregação para o Clero em 13 de julho de 2019 e, no ano seguinte, entre os membros da Congregação para os Bispos (21 de novembro). Nesse meio tempo, em 15 de abril de 2020, recebe a nomeação pontifícia também como administrador apostólico da diocese peruana de Callao.


Em 30 de janeiro de 2023, o Papa o chamou a Roma como Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, promovendo-o a arcebispo. E no Consistório de 30 de setembro do mesmo ano, ele o criou e o tornou cardeal, atribuindo-lhe o diaconato de Santa Mônica. Prevost tomou posse em 28 de janeiro de 2024 e, como chefe do dicastério, participou das últimas viagens apostólicas do Papa Francisco e da primeira e segunda sessões da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, realizadas em Roma de 4 a 29 de outubro de 2023 e de 2 a 27 de outubro de 2024, respectivamente. Uma experiência em assembleias sinodais já adquirida no passado como Prior dos Agostinianos e representante da União dos Superiores Gerais (UGS).


Enquanto isso, em 4 de outubro de 2023, Francisco o incluiu entre os membros dos Dicastérios para a Evangelização, Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares; para a Doutrina da Fé; para as Igrejas Orientais; para o Clero; para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; para a Cultura e a Educação; para os Textos Legislativos; da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano.


Finalmente, em 6 de fevereiro deste ano, ele foi promovido à ordem dos bispos pelo Pontífice argentino, obtendo o título de Igreja Suburbicária de Albano.


Durante a última hospitalização de seu predecessor no hospital ‘Gemelli’, Prevost presidiu o rosário pela saúde de Francisco em 3 de março na Praça São Pedro.


Vatican news

Habemus Papam: Leão XIV



 

Habemus Papam


Habemus Papam: Leão XIV

O Conclave elegeu o cardeal Robert Prevost como o 267º Bispo de Roma. O anúncio à multidão foi dado pelo cardeal protodiácono Dominique Mambert


Annuntio vobis gaudium magnum; Habemus Papam! "Anuncio-vos uma grande alegria; temos um Papa!".

Há poucos instantes, da Sacada Central da Basílica de São Pedro, o cardeal protodiácono Dominique Mamberti pronunciou a tão aguardada fórmula em latim, comunicando a Roma e ao mundo o nome do novo Sucessor de Pedro:

“Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Robertum Franciscum, Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinali Prevost, qui sibi nomen imposuit Leonem XIV.

Traduzindo para o português: "O eminentíssimo e reverendíssimo senhor, senhor Robert Francis, cardeal da Santa Igreja Romana PREVOST, que se impôs o nome de Leão XIV".


Vatican News

06/05/2025

Querido Francisco

 Por Maria Clara Bingemer

Querido Francisco


Por Maria Clara Bingemer


Parece mentira que não veremos mais seu rosto bondoso e tantas vezes brincalhão. Ultimamente andava diferente, mas os olhos não perderam a luz e a vivacidade, expressando o que os lábios só conseguiam fazer com dificuldade: afeto, proximidade e até a proverbial sensibilidade cheia de humor que marcou seus 12 anos de pontificado. Como quando viu a senhora que frequentava assiduamente a praça levando flores amarelas e disse: Brava!


Agora fica conosco sua memória, nossa saudade e o extenso, imenso legado por você deixado. O choque da notícia de sua partida foi sendo amenizado ao longo destes dias em que tentávamos fazer o luto da perda que insistia em misturar-se com a gratidão e o louvor a Deus pelo dom que foi você para esta querida Igreja. E também e não menos para um mundo que parece perder o rumo e a cada dia aprofunda o que você tão sabiamente nomeou como “uma terceira guerra mundial em capítulos. “


Eu o conheci ainda Bergoglio e em nossa amada Buenos Aires. Não ainda Francisco de Roma. Recordo-me de sua sisudez e seriedade, em nada parecidas com o sorriso permanente e carinhoso que marcou seu pontificado. Mas já então, em meio a comentários de todo tipo sobre sua pessoa, sentia destacar-se a admiração por sua austeridade. O cardeal que caminhava a pé ou tomava ônibus e metrô para chegar de surpresa às comunidades pobres a fim de celebrar com os padres “villeros”. O prelado que telefonava a uma comunidade religiosa e chamava por uma certa irmã. E que perguntado por sua identidade respondia: Jorge. Quando a pergunta era insistente: Que Jorge? Respondia: Jorge Bergoglio, causando reboliço e agitação na comunidade de irmãs que não esperavam que seu arcebispo adotasse um estilo tão informal para comunicar-se com uma delas.


Assim aconteceu também quando de sua eleição à sé de Pedro. Seus telefonemas, cartas escritas de punho e letra, mensagens personalizadas confirmavam a presença do Papa com sua marca mais característica: “cercania”, termo de língua castelhana que em português se traduz por proximidade. Mas que é mais que isso. Se trata de uma proximidade afetiva e carregada de carinho, livre e abertamente demonstrado.


Parece que você adotou desde o início o estilo que recomendou a todos para construir uma Igreja em saída. Como orientação para que isso acontecesse, recomendou algo inusitado “Hagan lío” ou seja, “Façam agitação, criem movimento”. A pessoa do Papa era a primeira a fazer esse movimento que desconcertava e surpreendia por sua simplicidade, proximidade, cálida afetividade. E novamente, humor denunciado pelos olhos brejeiros e o sorriso contagiante.


Assim fomos sendo conquistados e quando percebemos estávamos a cada dia pendentes da novidade que iria nos surpreender desta vez. Qual seria sua ideia, sua proposta, sua criatividade que chamaria a atenção do mundo e da Igreja para a boa notícia da qual era responsável? Entre encantados, alegres e estupefatos fomos acompanhando e sendo ensinados


Por exemplo: sua ida a Lampedusa e Lesbos e o inflamado discurso que aí você pronunciou, voltando a atenção do mundo inteiro para a tragédia dos migrantes e a trágica “globalização da indiferença”. Em seguida, lemos sua encíclica Laudato Sì, e nos vimos diante de um novo capítulo da Doutrina Social da Igreja, celebrada pelos fiéis e muito,intensamente, por intelectuais agnósticos e cientistas céticos. Aprendemos com você que tudo está interligado e nosso destino está atrelado ao destino de todos os outros e de toda a criação.


Sua comunicação com os jovens foi outra surpresa que mostrou ao vivo e em cores o que você queria dizer com “cultura do encontro”. No Rio de Janeiro em 2013 você veio e depois de burlar a segurança, andar de carro comum com os vidros abertos, entrar nas comunidades mais pobres e tomar café, levantou uma praia de Copacabana com milhões de jovens falando em português palavras de ordem que eles repetiam entusiasmados como “Botar água no feijão” . Depois com um leve sorriso disse ao jornalista que falava da rivalidade entre brasileiros e argentinos: “O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”. Em Lisboa aconteceu algo parecido com a multidão de jovens gritando com você que a Igreja era de “todos, todos, todos”.


Nos últimos tempos, acompanhando sua doença, angustiados e esperançosos, nos pareceu que você ia conseguir outra boa surpresa. E quando apareceu em público no domingo de Páscoa, abraçando a praça cheia de gente, abençoando a todos e com enorme esforço sussurrando poucas palavras, acreditamos que sua convalescença progredia.


Nosso despertar na segunda-feira foi chocante e muito triste. Choramos e sentimos profundamente. Mas ao recordar tudo que foi feito, dito, vivido, padecido e entregue, entendemos que naquela Páscoa seu único desejo era abraçar-nos a todos. E conseguiu fazê-lo. Um gesto derradeiro de sua paternal ternura que consola o sentimento de orfandade que em todos nós passou a habitar.


Muita saudade, querido Francisco. Valorizaremos seu legado. Levantaremos alto suas bandeiras. E continuaremos, com o melhor de nossas forças, a Igreja em saída, pobre e para os pobres que você tanto desejou. Abençoe-nos sempre, não deixe de acompanhar-nos. Por aqui, não rezamos mais por você, mas com você, na comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo que você já vive em plenitude. Amém.


Maria Clara Bingemer, professora do departamento de teologia da PUC-Rio





04/05/2025

Geografia, idade, ordens religiosas: quem são os cardeais chamados a eleger o novo Papa


A partir de 7 de maio, 53 cardeais europeus, 37 americanos (16 da América do Norte, 4 da América Central, 17 da América do Sul), 23 asiáticos, 18 africanos e 4 da Oceania se reunirão no Conclave. O mais jovem é o australiano de adoção Mikola Bychok, 45 anos, originário da Ucrânia, o mais velho é o espanhol Carlos Osoro Sierra, 79. Pela primeira vez, 15 nações com eleitores nativos estarão representadas na Capela Sistina, incluindo Haiti, Cabo Verde, Papua Nova Guiné, Suécia, Luxemburgo e Mianmar

Provêm de 71 países dos cinco continentes os 135 cardeais eleitores chamados a escolher o 267º Pontífice. Dois não participarão. Na quarta-feira, 7 de maio, entrarão para o Conclave 133 cardeais. Estão representadas 17 nações da África, 15 da América, 17 da Ásia, 18 da Europa e 4 da Oceania. Pela primeira vez, 15 Estados, de uma parte a outra do planeta, têm cardeais eleitores nativos: do Haiti, o cardeal Chibly Langlois; de Cabo Verde, Arlindo Furtado Gomes; de Mianmar, Charles Maung Bo; da República Centro-Africana, Dieudonné Nzapalainga; de Papua Nova Guiné, John Ribat; da Malásia, Sebastian Francis; da Suécia, Anders Arborelius; de Luxemburgo, Jean-Claude Hollerich; de Ruanda, Antoine Kambanda; de Timor-Leste, Virgílio do Carmo da Silva; de Tonga, Soane Patita Paini Mafi; de Singapura, William Seng Chye Goh; do Paraguai, Adalberto Martínez Flores; do Sudão do Sul, Stephen Ameyu Martin Mulla; e da Sérvia Ladislav Nemet. No total, 53 cardeais europeus, 37 americanos (16 da América do Norte, 4 da América Central, 17 da América do Sul), 23 asiáticos, 18 africanos e 4 da Oceania se reunirão na Capela Sistina.




Os eleitores criados pelos três últimos Pontífices

O cardeal eleitor mais jovem é o australiano de adoção Mikola Bychok, 45 anos, originário da Ucrânia, bispo da Eparquia dos Santos Pedro e Paulo em Melbourne dos Ucranianos, e o mais velho é o espanhol Carlos Osoro Sierra, 79 anos. Os mais numerosos são os nascidos em 1947, há 13 entre os que votarão, com 78 anos de idade completados ou a serem completados. Apenas o cardeal Baldo Reina é de 1970, e completará 55 anos em 26 de novembro próximo. Os cardeais Leo Frank, de 71, e Rolandas Makrickas, de 72, também não têm coetâneos. Os veteranos do Conclave são os cinco cardeais criados por João Paulo II, Philippe Barbarin, da França; Josip Bozanić, da Croácia; Péter Erdő, da Hungria; Vinco Puljić, da Bósnia e Herzegovina; e Peter Turkson, de Gana. Há 22 eleitores que receberam o barrete cardinalício de Bento XVI e 108 que o receberam por escolha de Francisco.



Cardeais religiosos

Os eleitores incluem 33 cardeais de 18 famílias religiosas; a família religiosa com maior número é a dos salesianos, 5 (Charles Maung Bo, Virgilio Do Carmo da Silva, Ángel Fernández Artime, Cristóbal López Romero, Daniel Sturla Berhouet), há 4 cardeais tanto da Ordem dos Frades Menores (Luis Cabrera Herrera, Pierbattista Pizzaballa, Jaime Spengler e Leonardo Steiner) quanto da Companhia de Jesus (Stephen Chow Sau-yan, Micheal Czerny, Jean-Claude Höllerich e Ángel Rossi), enquanto há 3 franciscanos conventuais (François-Xavier Bustillo, Mauro Gambetti e Dominique Mathieu). Na Capela Sistina, dois dominicanos (Timothy Peter Joseph Radcliffe e Jean-Paul Vesco), dois lazaristas (Vicente Bokalic Iglic e Berhaneyesus Demerew Souraphiel), dois redentoristas (Mykola Bychok e Joseph Tobin) e dois verbitas (Tarcisius Kikuchi e Ladislav Nemet) também votarão, assim como o agostiniano Robert Prevost, o capuchinho Fridolin Ambongo Besungu, o carmelita descalço Anders Arborelius e o cisterciense Orani João Tempesta, Gérald Lacroix do Instituto Secular Pio X, o missionário da Consolata Giorgio Marengo, o missionário do Sagrado Coração de Jesus John Ribat, o scalabriniano Fabio Baggio e o espiritano Dieudonné Nzapalainga.


O cânone 349 do Código de Direito Canônico especifica que os cardeais “constituem um Colégio peculiar ao qual compete providenciar a eleição do Romano Pontífice” e acrescenta que os purpurados “auxiliam” o Papa “seja agindo colegialmente quando são convocados para tratar de assuntos de grande importância, seja como indivíduos, isto é, nos vários cargos que ocupam, prestando-lhe seus serviços no cuidado sobretudo diário da Igreja universal”. É, pois, a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis a estabelecer que elegem o Sucessor de Pedro os cardeais que, antes do dia da morte do Papa “ou do dia em que a Sé Apostólica se tornar vacante”, não tiverem atingido a idade de 80 anos, por essa razão são distinguidos cardeais eleitores e não eleitores. Até o momento, o Colégio cardinalício consiste em um total de 252 cardeais, dos quais 135 são eleitores e 117 são não eleitores.

Tiziana Campisi/Raimundo de Lima - Vatican News

MInistério da Visitação - Ir. Patricia Silva

Arcebispos receberam do Papa Leão XIV, o Pálio

Na manhã do domingo (29/06), 54 arcebispos receberam do Papa Leão XIV o pálio, símbolo de comunhão com a Igreja. Durante a cerimônia, fizera...